terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Três dias! (Dani)

Forget your sorrows and dance
Forget your troubles and dance
Forget your sickness and dance
Forget your weakness and dance...

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

7 dias em Vanduzi (Lígia)

Estava eu, bela e formosa, no cabeleireiro, sentadinha na cadeira e o cabeleireiro me passou umas daquelas revistas bem toscas de mulher, acho que chamava Uma a revista. Como quem não quer nada comecei a folhear sem esperar muita coisa, quando me deparei com uma notícia/reportagem com Ricardo Reis, um fotógrafo e dono de uma empresa de fotos e filmagens, que decidiu passar um tempo na África. Dessa viagem saiu um documentário chamado 7 dias em Vanduzi, uma pequena cidade em Moçambique, no qual ele acompanha o cotidiano das pessoas que moram ali. Ele lançou também um livro de fotografias que ele tirou na viagem, fiquei apaixonada por essa que eu encontrei pela internet.



foto:Ricardo Reis


O Real Sentido das Coisas

"África, continente tão explorado em tempos de colonização, e tão esquecido em meio a globalização. Sua história é complexa, pois sua desigualdade mascara, aquilo que tem de mais valioso: seu povo, o qual possui uma inestimável alegria de viver.
Em uma viagem feita no ultimo mês de julho, pude conhecer estas virtudes um pouco mais de perto. Confesso que me senti ansioso, mas este sentimento deu lugar a outros ainda mais fortes e profundos. Chegando a uma estrada em Beira deparei-me com um caminhão que não fazia o transporte de um carregamento de esperança, sonhos ou expectativas, mas, sim, levava pessoas que viram suas vidas e suas vontades serem massacradas pela AIDS ou SIDA, como é conhecida pelos nativos,que está presente em uma alta parcela da população (29% possui o vírus, segundo a OMS, Organização Mundial da Saúde). A trilha destas pessoas rumo ao cemitério leva consigo os anseios de aproveitar cada dia, cada momento como se ele não voltasse mais. Depois de algumas reflexões, entendi que bens materiais ou aparência não importam. Os sonhos da maioria dessas pessoas podem parecer simples para nós, como fazer três refeições ao dia. Querem ser cidadãos dignos e com condições humanas de vida. Esta viagem foi, com certeza, uma experiência marcante em minha vida. Descobri que estar perto daquelas pessoas e ajudá-las, mesmo que com práticas comuns, como servir caldo de cana em um almoço, (prática incomum aos homens africanos, os quais estranharam o comportamento deste estrangeiro branco que se submeteu a trabalhos domésticos, apenas atribuídos às mulheres) podia significar muito mais. No “caos em meio ao caos” do culto á vários deuses, de desigualdades imensuráveis, de vidas efêmeras, percebi que todos nós podemos ser a esperança, talvez a única, a estas pessoas que necessitam de muito mais do que condições dignas de vida. Esta aventura teve como razão principal a produção de um documentário simples, mas de alto impacto, bem como um livro sobre minhas experiências, algumas exposições e palestras as quais terão renda revertida para projetos de inclusão social, como cooperativas, em Moçambique. Meu intuito? Fazer algo diferente, pelo próximo, auxiliar, a medida do possível, agindo de forma simples e com esperança de transformar as condições de vida de algumas pessoas".

Ricardo Reis


Em um dos sites que eu pesquisei, obtive a informação que "o DVD – “7 dias em Vanduzi” – custa R$20, e as vendas por enquanto estão sendo feitas através do telefone (11) 3051 3367"

domingo, 20 de dezembro de 2009

Escrito num guardanapo (Dani)

Sensação de grande, de vazio, de infinito. Sensação de sozinha, se é que isso existe. O vento, a terra seca, o calor. Andar. Poderia ser aqui ou no deserto. Tudo se transforma num grande deserto cor de sol.
Pensamentos em círculos que também sofrem com o calor. Solidão. Uma velhinha com sua bengala, parada, no meio da rua sem carros.
Sede. Transbordo de sede, apesar de todo o vazio de hoje.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

O universo todo numa flor (Lígia)

Alguma coisa mudou em mim nesse final de semana, ainda é difícil explicar. Eu sempre volto mais centrada de Vinhedo, mas dessa vez eu voltei completamente no eixo. Saber que meu pai, quando criança, empurrava carros na enchente pra ganhar uns trocados explica muita coisa sobre mim, faz com que eu me entenda muito melhor. Deu aquela sensação de “fechar a conta”, sabe?
Na verdade eu ainda to sentindo tudo isso, mas sei lá, durante o show do Forfun mais a noite, mesmo não estando olhando diretamente pra eles, e mesmo o Luis estando semi morto do meu lado, eu tava lá sentada e senti meu coração transbordar completamente, sei lá, é meio esquisito isso, mas eu tive uma experiência de amor muito forte naquele momento e eu fiquei muito feliz de ter tanta gente lá, de aquele lugar estar abarrotado de crianças de 15 anos se achando super malandras hahahahaha, mas pelo menos elas estavam lá, ouvindo aquelas letras, eu me senti muito feliz por isso.
Engraçado o Luis ao mesmo tempo estar xingando meio mundo porque “ninguém nem entende o que eles estão falando”, mas eu tive a percepção exatamente contrária, o que é muito esquisito já que eu que sempre reclamei disso pra ele, dos jovens que na verdade só estão buscando uma imagem dentro da sua própria insegurança. Mas sei lá, às vezes a gente pensa uma coisa, e sente outra. E naquele momento eu senti muito amor, tanto amor, que eu transbordei. Eu senti o peso da verdade em cada palavra e isso me deixou extremamente leve.
Eu não consegui explicar tudo isso pro Lú quando a gente tava subindo a Teodoro e ele tava dissertando sobre “shoppings lotados e bibliotecas vazias”, talvez não estivesse ainda tão claro na minha cabeça. Mas o combo da simplicidade absurda da minha família, da diversão mais inocente que mantém uma vovó de 87 anos e uma criança de 12 juntas e dois irmãos de 59 e 57 voltarem a ter 10 e 8, junto de “nem dinheiro nem prazeres vão trazer o que você está procurando” fez com que eu mergulhasse dentro de mim completamente, numa sensação de paz absurda.

"Eu vejo, e eu não estou só
Enxergo, contemplo
Almejo, e eu não estou só
Eu corro, e eu não estou só
Respiro, e eu não estou só
Eu canto e danço
A certeza que desata o nó
Sentindo que eu não estou só
Eu penso, e eu não estou só
Reflito e calo
Sorrio, e eu não estou só
Eu choro, e eu não estou só
Viajo, e eu não estou só
Eu erro e aprendo
A água, o fogo, o ar e o pó
Sou tudo, logo não estou só"

domingo, 13 de dezembro de 2009

Se eu fosse (Dani)

se eu fosse um mês: eu seria janeiro.
se eu fosse um dia da semana: eu seria a sexta-feira.
se eu fosse uma hora do dia: eu seria às 07:00 da noite.
se eu fosse uma estação do ano: eu seria o verão.
se eu fosse um planeta: eu seria a Terra.
se eu fosse uma direção: eu seria o norte.
se eu fosse um móvel: eu seria uma cama.
se eu fosse um pecado: eu seria a gula.
se eu fosse um sentido: eu seria o tato.
se eu fosse uma pedra: eu seria uma esmeralda.
se eu fosse uma planta: eu seria um cacto!
se eu fosse uma flor: eu seria uma azaléa.
se eu fosse um clima: eu seria brisa fresca.
se eu fosse um prato: eu seria um temaki.
se eu fosse um instrumento musical: eu seria um violino
se eu fosse um elemento: eu seria o ar.
se eu fosse uma cor: eu seria azul.
se eu fosse um animal: eu seria um esquilo.
se eu fosse um som: eu seria uma gargalhada.
se eu fosse uma música: eu seria "Resposta ao Tempo".
se eu fosse um sentimento: eu seria o carinho.
se eu fosse um lugar: eu seria Floripa.
se eu fosse um sabor: eu seria picanha.
se eu fosse uma palavra: eu seria alegria.
se eu fosse um verbo: eu seria tentar.
se eu fosse um objeto: eu seria uma canetinha colorida.
se eu fosse uma parte do corpo: eu seria os olhos.
se eu fosse um número: eu seria o 14.
se eu fosse um símbolo: eu seria uma mandala.

Copiei do site: http://passarinhosborboletas.blogspot.com/

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

11/12/2009 (Lígia)

Hoje eu já senti tanta coisa que eu to até cansada, eu fico brava e cansada e meu bom humor insiste em voltar só pra eu brigar de novo comigo mesma e ficar cansada de novo! Mais metafórico impossível! 2009 foi um ano muito longo, hoje o dia foi muito longo. Post desconexo porque se eu tentar fazer sentido vai ficar pior, e eu preciso escrever porque se eu fico muito tempo sem postar as expectativas aumentam e fica cada vais mais difícil, e vira uma grande bola de neve. Dessa vez eu culpo o Angus, que me fez querer planejar um post e isso não existe, eu só sei escrever se for de uma vez, se for vomitando, se for atropelando os pensamentos com palavras. A confusão é tanta que o intervalo são segundos, tava há alguns segundos atrás rindo que nem uma idiota da história do “molecão” sendo Lígia e Bruno da maneira mais Lígia e Bruno que a gente consegue ser, falando em códigos, sendo bestas, de um jeito que só existe o nosso jeito no mundo, e quando correram alguns segundos todo o caos e as minhas costas que começam a doer e eu fico me sentindo uma velha, tudo porque eu não sei detalhar aquele meleca de serralheria e fica difícil fazer o que eu tenho que fazer se eu fico sendo desviada e fico tapando buraco dos outros, que besteira, escrevendo assim parece que é uma coisa idiota e eu nem me lembro mais porque minhas costas doeram, acho que é a tristezinha das costas tarem doendo mesmo eu tendo dormido no Lux Bonell, e isso nunca aconteceu, mas essa noite foi uma noite de estréias, não das melhores, eu sei, mas como a Dani sempre diz, isso já me aliviou depois que eu conversei com meu irmão, amigos homens são uma necessidade pra uma mulher, eles deixam tudo mais leve! E eu to escrevendo isso que nem uma maluca sem nem olhar pra trás, quanto mais rápido o Bob Dylan canta no meu ouvido mais rápido eu digito! E no fim das contas o que importa é que o bom humor insiste em voltar, e se isso também for metafórico, é tudo que eu preciso saber por enquanto.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Um banho de chuva (Dani)



Acabei de chegar em casa depois de um ligeiro banho de chuva. Acabei de fazer uma amiga no ônibus, ela me conhecia quando eu tinha 10 anos e estudou comigo. E ela vai casar esse mês! Foi bom ter ficado feliz pelo casamento de uma desconhecida, apesar disso ser absurdamente distante da minha vida.

E o que fez meu banho de chuva mais feliz foi estar voltando pra casa com as passagens de Florianópolis compradas, e as reservas da pousada feitas! É muito boa a sensação de familiaridade que eu sinto com as pessoas de lá, mesmo com uma simples conversa ao telefone. Saber que em poucos dias estarei perto dos pescadores e dos barcos, dos pratos gigantescos de camarão e das pranchas e do mar.

A maior lição que a portuguesinha me ensinou foi: Se isso não está mais fazendo sentido, porque insistir? E é verdade, porque insistimos? Por hábito, por comodismo ou por uma vontade real? Não sei mais, não tenho essas respostas certas dentro do meu coração, o que quer dizer muitas coisa pra mim. E muita coisa não está mais fazendo sentido, quando olho de frente.

Então talvez meu hábito me leve a certas coisas. A certos telefonemas sem sentido, a certos apegos sem explicação... Mas é esse mesmo hábito que me faz esquecer de tudo isso, quando tenho a passagem pra Florianópolis guardadinha na minha carteira.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Vamos ver o sol nascer (Dani)


Chega dezembro, é inevitável. Minha vontade de fazer as malas cresce, minha ânsia por praia aumenta a ponto de eu contar os dias para as férias chegarem.

Chega dezembro e junto também vem a vontade de fazer planos. Eu tenho sonhos bobos, que são tão fáceis de serem realizados que eu não sei como ainda não os realizei. Essas férias vou pedir pra um pescador pra ir pescar com ele, às quatro da manhã. Vou fazer uma aula de surf, junto com as crianças de oito anos. Vou apostar corrida de sandboard.

Às vezes, em dias feios como hoje, eu sinto vontade de ir embora para a Grécia. Ficar lá uns meses, vendo a vida e vivendo outras coisas. Mas grego irrita demais, e eu não quero me irritar com a Grécia. Talvez em julho eu vá pra lá, ficar uns dias.

Esse ano eu trabalhei demais, talvez mais que todos os outros anos juntos da minha vida. Fico feliz de ter construído coisas, mesmo que tenha me deixado um pouquinho de lado algumas várias vezes. Sinto que deixei de lado minha família também, mas acho que tudo fez parte do processo. Nunca tinha realizado tantas coisas como em 2009, e parece que isso é só o começo.

Queria tirar seis meses de 2010 pra mim. Pra me conhecer, pra conhecer lugares, fotografar, pensar, andar por aí. Ver novos mercados, novos olhares, novas frutas pela manhã. Criar bons hábitos, como me ensinou um havaiano no começo de 2009. Nunca quero me rotular ou deixar que coloquem rótulos nas minhas coisas e na minha vida.

Quero ir pro Chile ver o deserto de novo, nadar no Pacífico de novo. Conhecer Santiago, a oficina central do Teto, ir pra Machu Picchu. Quero ver, ver, ver. Quero saber sempre mais sobre quem eu sou pra que eu nunca esqueça que eu nasci com a capacidade de acreditar nas coisas. Quero ver pra não me deixar soterrar pelo trabalho e pelas "responsabilidades" que te jogam a partir de um certo momento na vida.

Quero ver pra continuar com a certeza de que cada comportamento seu é uma escolha, e cada direção a se tomar na vida também. Que venha o verão de 2010.

What's the history? (Dani)

Need a little time to wake up
Need a little time to rest your mind
You know you should so I guess that you might as well
What's the story, morning glory?

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Ouve DMB que passa, Dani (Dani)

"I find sometimes it's easy to be myself.
Sometimes, I find it's better to be somebody else." DMB

"Celebrate we will
'cause life is short but sweet for certain" DMB

sábado, 28 de novembro de 2009

Eu sei, mas não devia (Dani)

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.

Marina Colasanti

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Beach Boys Vibrations (Lígia)

To aqui no trabalho, alucinadamente pensando num pufe infantil, e durante um processo de criação às vezes eu preciso me fechar no meu mundo, e nada melhor que um belo fone de ouvido e a música certa! E como meu Ipod tá com a bateria acabando e uma volta de metrô ainda me espera, eu comecei a caçar coisas no computador que eu pudesse ouvir, quando eu acho um CD escrito "música", coloquei no computador e deixei vir o que viesse! Passei um tarde delicia ao som de Architecture In Helsinki, que eu conhecia só de nome, mas foi quando trocou de CD e começou a tocar Beach Boys que eu abri um ultra sorriso!!
Não sou uma suuuper conhecedora, mas os caras sabem como te deixar feliz e te fazer lembrar que o mundo pode ser incrivelmente ensolarado e colorido!


foto: Elena Kalis - série Pure Pleasure

Beach Boys - Good Vibrations

I love the colorful clothes she wears
And the way the sunlight plays upon her hair
I hear the sound of a gentle word
O the wind that lifts her perfume through the air

I'm pickin' up good vibrations, she's givin' me the excitations
Good, good, good, , she's givin' me the excitation

Close my eyes, she's somehow closer now
Sftly smile, I know she must be kind
When I look in her eyes
She goes with me to a blossom world

My, my, my, what elation, I don't know where, but she sends me there
My, my, my, what a sensation, my, my, my, what elation

Gotta keep those love good vibrations are happening with her

Sem nome (Dani)

Tomar susto com os seus tremiliques faz as coisas terem mais sentido e meu dia começar mais brilhante.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Settle down (Dani)

Eu sinto quase a mesma coisa. Como se cada vez que eu estivesse chegando perto, tudo virasse uma grande farsa da qual eu não tenho o direito de participar. Como se fosse bonito demais, perfeito demais e gostoso demais e minha vida nada perfeita de repente não se encaixa. E da aquela vontade de ficar, mas é como se alguem me expulsasse e eu não sei quem é esse quem. E dá uma tristezinha, mas parece sempre que eu mereço ser expulsa.
É como se eu sempre estivesse esperando a peça acabar e minha vida voltar ao "real".

sábado, 14 de novembro de 2009

Romance Cotidiano III (Dani)

"- Antes, eu só via cor nele, ele era meu arco-íris, e o mundo inteiro ficou sem cor.
- E quando foi que o Luís deixou de ser seu arco-íris, Lígia?
- O Luis nunca deixou de ser meu arco-íris! O resto do mundo é que voltou a ter cor."

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Edgar Mueller (Lígia)

O Google é mesmo uma caixinha de surpresa, eu pesquisando "pufes infantis" pro meu novo trabalho e encontro um site muito legal falando de um artista MAIS legal ainda!
O cara chama Edgar Mueller, é um artista alemão e ele faz umas pinturas na rua que dá a sensação de que aquilo é 3D!!
A primeira que ele fez, é essa cachoeira ai embaixo, e foi feita no Canadá em um festival chamado Prairie Arts, em 2007.
Achei absurdamente insano e quis vir postar aqui! Os outros trabalhos estão na Irlanda, na Eslovênia e na Alemanha, respectivamente!

(pra aumentar é só clicar na imagem!)

quem quiser saber mais entra no site dele : http://www.metanamorph.com/




domingo, 8 de novembro de 2009

Dash (Dani)

And from the ballroom floor we are a celebration.
One good stretch before our hibernation.
Our dreams assured and we all will sleep well, sleep well.
Sleep well, sleep well, sleep well.

Fazia muito tempo que eu não ouvia!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

De longe (Dani)

De repente eu senti como se tivesse saído de mim e subido muito alto. Não tão alto a ponto de não saber mais quem é quem, mas alto o suficiente pra que todas as picuinhas sumissem.
E lá as coisas importantes viraram ainda mais importantes e se tornaram tão claras que eu não liguei por alguns momentos pra essas pequenas chatices da vida.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Pra ser feliz II (Dani)

Pra ser feliz eu preciso mesmo de algumas coisas...
Uma varanda, uma Heineken.
Um chinelo, um fone de ouvido.
Um biquíni, um silêncio.
Uma conversa, uma risada.
Um tênis.
Uma mensagem no meio da noite.
Uma noite bem dormida.

E não é que continua tudo igual?

Música (Dani)


Que delícia ter um momentinho só sem NADA pra fazer. A ponto de digitar "música" no Google e ver o que aparece. Aí apareceu um desenho que me descreve cantando. rs. Porque musica sempre fez parte da minha vida. De um modo irritante até, eu diria. Eu acordo cantando, vou dormi ouvindo música, falo dela o dia todo. Penso em alguma, ou em várias, ou em quem fez, ou como fez, ou porque fez. Musica, musica, musica.
E nas horas que eu não tenho nada pra fazer, ainda assim penso nela.
E é assim cantando que eu percebo que as coisas de repente tão bem, obrigada!

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Flower Power (Lígia)


Aqui no meu trabalho a gente tá fazendo uma painel de madeira que o tema é "Flower Power", e nele nós vamos recortar desenhos, que vão ficar vazados e preenchidos com um material translucido, e durante o evento uma luz de fora, que vai estar mirada neles vai ficar mudando de cor! (Não preciso nem dizer o tamanho do meu sorriso quando fiquei sabendo que eu ia tomar conta desse projeto).
Cá estou então, pensando nos desenhos, com referências no 3D que o tal do Gusta fez, um brother que eu não faço ideia a cara, mas pra quem eu mando e-mails diário de pdfs para ele fazer os 3Ds ("Lííígia, manda isso pro Gusta, tá?").
Eu tenho um problema, que está sendo chamado de problema porque eu não sei outro nome pra chamar, mas quando eu tenho uma idéia pra alguma coisa, eu tendo a fazer isso e bloquear, porque eu gosto de cara da primeira idéia. É um processo meio tenso ficar criando mil tipologias porque eu tendo a gostar de cara da primeira, mas como é importante ter outras idéias, e evoluir, eu sempre me forço a procurar outras soluções. Mas por um segundo eu sempre acredito que já resolvi a questão.
Bom, depois de vomitar minha primeira idéia, me peguei nesse limbo que eu sempre fico e pensei: "Vou procurar referências no Google", e lá fui eu e digitei "Flower Power".
Táááá, todo essa lenga-lenga só pra dizer que eu achei uma imagem linda dos Beatles lá no meio, e percebi o quanto eu quero uma flor desenhada na parede do meu quarto, ou da minha futura casa, pode ser também como em uma outra foto que eu vi durante a minha pesquisa por novas idéias, flores na parede de pastilhas de vidro, uma graçinha!
E eu percebi o quanto eu to buscando cor na minha vida, sempre, não importa se o tempo tá nublado ou com sol, eu me pego vestindo uma blusa azul e um sapato vermelho, usando uma bolsa verde, florida.
Eu sempre me intitulei uma garota de cores outonais, mas me percebo cada vez mais primavera.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Férias, urgente (Dani)


Me leva pra passear. Pra tomar um sorvete. Pra acordar na praia. Pra andar de balão. Pra nada no rio. Pra dançar na chuva. Ou no supermercado.
Me leva pra algum lugar com bastante sol. Ou com bastante neve. Me leva pra passear.
Férias, cade voce???

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Compacto (Dani)

Musiquinha engraçada essa. Historinha engraçada essa. Hoje eu ouvi uma música que fez MUITO sentido: se Analia, nao quiser ir, eu vou só. Eu vou só sem a Anália mas eu vou. Grande Dorivas.
Não quer ir Anália? Eu vou só. E feliz.
Conversinhas boas essas, sem levar a nada. Há muito tempo eu não perguntava "qual seu esporte preferido?". Eu devia ter nascido repórter. E eu adoro pessoas atenciosas, lembrei disso.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Querer lembrar e querer esquecer (Lígia)

Algumas coisas acontecem em nossas vidas e dão um chacoalhão inesperado, eu não consigo imaginar o que ela está passando, eu não consigo e me arrepia só de pensar.
Ontem no banho acho que eu me arrepiei umas 5 vezes, pensando no Bruno assistindo TV na sala, imaginando como seria voltar pra casa, uma casa que nunca mais seria a mesma.
Eu tenho estado extremamente feliz, num bom humor quase inexplicável, to trabalhando que nem uma maluca, fazendo 5 matérias na FAU e ainda indo pra academia de noite, to dormindo muito menos e muito mais tarde do que eu to acostumada e mesmo assim acordo com um sorriso no rosto.
Que signo você é?
Cancêr.
Você tem mudanças de humor?
Pensei, pensei e pensei, há um tempo atrás diria sim na lata, mas o meu humor ta tão constante que fiquei sem saber o que responder.
Mas não hoje, e não quando eu percebi que apesar desse humor constante e apesar de ter ido ao shopping com a minha mãe e passado o fim de semana e feriado praticamente só eu e ela, eu não conversei muito com ela.
Eu to com esse bom humor todo, mas to fechada nele quando eu to em casa. Sei lá quando e da onde eu criei essa pequena barreira e uma leve impaciência. E de repente eu me pego, lá naquele banho, me arrepiando só de pensar.
É incrível perceber porque clichês são clichês. E é desesperador querer abraçar alguém quando se está longe dessa pessoa. Porque quando você sente isso, desse jeito, sente com urgência, sente com aflição, com dor no peito.
Me sinto assim por mim, me sinto assim por ela. Vontade de falar sem nem ao menos saber o que, nem por onde começar, escrever uma carta, mandar todo amor que meu coração puder fabricar e toda luz pra percorrer momentos tão escuros.
Eu não consigo imaginar o que ela ta passando.
E não consigo parar de pensar no Bruno. Ontem mesmo que eu fiquei tão brava com ele de manhã, por uma bobeira sem tamanho.
É incrível perceber porque clichês são clichês. E perceber que a gente nunca aprende de uma vez, a gente precisa sempre levar bordoadas da vida pra lembrar que algumas coisas são mais importantes que outras, e que algumas coisas não tem importância nenhuma.
E nessas horas só rezar me acalma.

domingo, 11 de outubro de 2009

Walk on water with me (Dani)

Eu estou aqui, sentada na cama de camiseta e calcinha, ouvindo Aerosmith no meu velho discman, porque por alguma razão meu rádio morreu. Eu estou aqui, de cabelo solto e muito feliz por ter passado o dia com meu pai. Eu estou aqui, com um tênis novo que há alguns meses eu jamais compraria. Eu estou feliz porque apesar de ter sentido muita falta da minha mãe, eu assisti um filme que me trouxe de volta muitas coisas perdidas. Coisas boas. Por isso brindemos.

Um brinde a vida. A mesma vida que vivemos todos os dias. A essa vida que escolhemos ser cinza ou ser colorida, ou ser cinza e colorida, como o meu tênis. Um brinde as manhãs que acordamos com sono, e ainda assim mantemos o bom humor. Um brinde as noites em que dormimos com um bode ao nosso lado, mas acordamos prontos pra outra. Um brinde a essa que faz um dia chuvoso ter sentido quando alguém é gentil com você na rua. A vida que te faz continuar querendo, escolhendo, sendo qualquer coisa, seja lá o que for.

Um brinde a musica. Não consigo imaginar minha vida sem ela. Um brinde ao tango, que te faz chorar como se tudo fosse acabar em segundos. Um brinde ao samba, que me mantém tão empolgada e feliz. Um brinde ao rock! Ah, um brinde muito especial a ele, que faz a gente se sentir vivo.

Um brinde a dança, que faz tudo se encaixar. Que me relembra quem eu sou, o que eu gosto, como eu me sinto quando entro nos eixos. Um brinde a todas as musicas dançantes que me fazem fechar os olhos. Um brinde a todas as danças que me fazem levantar os braços. Um brinde a dor nas pernas depois de uma boa festa.

Um brinde a todos os balcões que eu já subi e dancei.

Um brinde ao amor. Sim, o bom e velho amor clichê que todo mundo espera e procura! Um brinde aquele amor que ta faz querer ouvir o outro por horas, aquele tipo de amor que te faz querer ver o outro dormir.

Um brinde a espontaneidade. Aquela sensação de entrega, de se jogar, de não ter medo. Aquela conversa com o estranho no ônibus, que não tem porque e por isso mesmo é tão boa. Um brinde àquelas conversas que varam a noite onde você se mostra por inteiro, sem razão alguma.

Um brinde à curiosidade. Que te faz ver em uma pessoa mais que uma pessoa, que te faz querer descobrir. Um brinde a quem sempre quer saber mais, ver mais, descobrir mais. Pelo simples fato de ir mais fundo. Um brinde a quem mergulha.

E por fim, um brinde à paixão. Porque é ela quem mais esta ausente nas nossas rotinas. Aquela paixão que incendeia, que explode, que põe cor, que dá graça, que possibilita todo o resto aí em cima. A mesma paixão que me invadiu um dia volta só pra me ajudar a gritar What it Takes com o Steven Tyler. Tell me who’s the blame for thinking twice??? Um brinde a toda essa capacidade de sentir, a toda essa coragem de sentir. Um brinde ao fim do medo, ao fim da mesmice, ao fim da superficialidade.
UM BRINDE MEUS CAROS!

Por mais ridículo que seja, ainda estou aqui, de cabelos soltos e blusa verde, alternando entre escrever no lap e ficar com braços pro alto cantando Yeah, yeah, dude look’s like a lady! Yeah, yeah!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Romance Cotidiano do verão de 2007 (Lígia)

E no meio dessa loucura
É você que me acolhe
É você que me sacode
Pra fazer amor ao amanhecer



Ps: Chuuuuu super me utilizei do seu titulo, mas é porque quando li os seus textos me lembrei desse aqui.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Romance Cotidiano II (Dani)

Era dia de feira e lá foi ela, de manhã, comprar as frutas e legumes de toda semana. Manga, alface, tomate, cenoura, laranja.
Tinha colocado um vestido porque era sexta-feira e porque não? Vou vestida de mulherzinha, como se ainda tivesse toda a vida e a pureza diante de mim.
Indo embora o homem das flores gritou "Dona, leve umas flores que deixam a vida mais leve". Ela comprou uma e colocou no cabelo. Porque não? De uma vez só veio de volta todos os sorrisos, todos os abraços, todos os amores. Voltou sorrindo pra casa.
Ao chegar na cozinha, passou a mão nos cabelos. A flor não estava mais lá. Passou a mão de novo e foi fazer feijão.

domingo, 20 de setembro de 2009

Romance Cotidiano (Dani)

Do alto dos seus sessenta anos, ele se arruma em frente ao espelho. Ajeita a camisa, põe o cinto melhorzinho que está ali atrás da porta, passa perfume, escova o cabelo. Mira-se no espelho tempo suficiente para que a filha perceba e pergunte onde vai o pai, em plena noite de quarta feira. "Não vou a lugar nenhum, filha. É que sua mãe está chegando do trabalho."
E ela chega do trabalho as sete, todos os dias, há mais de vinte anos. E todo dia ele se arruma para ela.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Bicicleta Colorida (Lígia)

Nem todo verde é igual, nem todo amaciante tem o mesmo cheiro, nem todo sonho é bonito.
Mas não importa o que aconteça, se eu tomo um suco de açaí eu abro um sorriso.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Uma noite de chuva (Dani)

Muito engraçado que em dias como hoje, onde eu demoro horas pra chegar em casa e ainda por cima tomo chuva, eu consigo a paz necessária pra olhar pra chuva com calma, com paz.
Trabalho porque sei o que estou fazendo, sei pra onde estou indo e sei porque estou fazendo. Dia após dia, tenho estudado pra fazer cada vez melhor, com cada vez mais consciência, com cada vez mais carinho.
Pra que eu nunca construa edifícios, mas lares. Que eu traga aconchego para os hospitais, que eu traga paz para os parques. Pra que as pessoas tenham mais felicidade por ter um teto, por ter pra onde voltar.
Minha vida se baseia no bem-estar das outras. Isso vai um pouquinho além do dinheiro, que fique bem claro pra alguns desavisados. Eu trabalho muito sim, esperando ganhar dinheiro também, mas um dinheiro que venha de um trabalho bonito, bem feito, que deixe o mundo mais colorido.
Eu me preocupo com o mundo, mas antes de tudo me preocupo com as pessoas, individualmente. Cada pessoa precisa de alguma coisa, e a pior coisa que pode acontecer é a gente se deixar levar pelos clichês e esquecer que cada um precisa de sua cota de atenção, de sua cota de ser gente.
Então eu não me incomodo muito quando dizem que eu estou destruindo o mundo com meus prédios. Eu me incomodo por não perceberem que existe todo um mundo e toda a minha vida e todo o meu tempo por trás disso...

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Eu vejo cores em você (Dani)

Tenho gostado das cores ultimamente. Dos traços. Do desenho de si mesmo e da vontade de se ser quem é, um pouco melhorado talvez.
Da vontade de brilhar um pouco mais, de mostrar um pouco mais. De deixar de se esconder. Não tenho sentido medo das pessoas e por mais clichê que seja, preocupação com o que elas vão pensar.
Cores, cores brilhantes, pra que talvez elas consigam expressar o quão colorido eu quero deixar esse mundo.

O que vc está fazendo?
Coloriiiindo!!!!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O sol tá se pondo, e a vista daqui é linda! (Lígia)

"Esquece as tuas inquietações e dança. Esquece tuas tristezas e dança. Esquece tuas doenças e dança. Esquece tuas fraquezas e dança."

"Meu lar é sempre onde estou. Meu lar está na minha mente Meu lar são meus pensamentos Meu lar é pensar as coisas que eu penso. Esse é meu lar. Meu lar não é um lugar material por ai. Meu lar está na minha mente"

Lendo e-mail antigos, limpando as velharias guardadas, a gente acaba sempre achando coisa boa também. E-mails de frases podem ser bem toscos, mas às vezes eles valem a pena!! Acho que são frases do Bob Marley, mas vai saber né...o que importa é que são realmente boas.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Leveza (Dani)

É eu sei bem. Quando voce chega em casa, tira o cachecol e o mundo parece absurdamente real. Quando todas as coisas e todas as pessoas se encaixam perfeitamente em seus devidos lugares. Quando voce não se superestima nem se subestima. Quando voce é exatamente o que voce deveria ter sido desde sempre. Nem mais, nem menos.
Descobrir os seus limites de forma quase instantanea e mais que isso, descobrir que o mundo tem um limite, e que o mundo tem o seu proprio tempo de girar e girar até qua as folhas nasçam de novo e seja primavera mais uma vez. Cada árvore no seu próprio tempo, formando a coleçao inteira de flores que vai encantar toda uma multidão.
Sei que isso demora, sei.
Sei que isso parece solidão, parece não ter ninguém e ser mais um na multidão apressada que correr para o que nem sabe o que.
Mas isso significa manter-se de pé, saber do próprio tamanho até que qualquer tamanho seja compativel. Não se enganar e não enganar a ninguém querendo ser maior do que é. Não dever nada ao seu mundo interior porque ele te engana, fazendo voce se sentir de formas que só mascaras muito bem encaixadas fazem voce se sentir.
Quando uma verdade vem a tona, aparece bem na sua cara e voce a aceita não de forma resignada, mas de forma realista. Eu não li um só livro, eu não ouvi uma só musica. Mas eu já tenho consciencia de que ainda não li o suficiente, então todos os dramas parecem menores e a vida parece mais bonita. Mais leve.

domingo, 9 de agosto de 2009

Ué (Dani)

Vim aqui escrever e faltou quase que o ar, de tanta falta de inspiração.
Coisa esquisita.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Dirigindo nas tardes ensolaradas de inverno (Lígia)

"I'm not afraid of anything
I just need to know that I can breathe
I don't need much of anything

I am small and the world is big
All around me is fast moving
Surrounded by so many things

I am young and I am free
But I get tired and I get weak
I get lost and I can't sleep

I am small and the world is big
But I am not afraid of anything."

domingo, 2 de agosto de 2009

Pois é (Dani)

Mesmo decepcionada, não vou dividir o mundo. Dividir entre pessoas sabe? Por em caixinhas. Não, não vou. Continuo aqui, acreditando que o amor é importante (porra), que a sinceridade é importante.Continuo querendo alguém que dance no supermercado comigo, continuo botando fé nas pessoas, acreditando que elas não são todas iguais. Continuo fazendo o que me dá vontade e assumindo isso até o fim. Sem mentiras, sem fingimento. E continuo aqui, sendo dani até o último fio de cabelo. Beijocas.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Tô indo ali II (Dani)

Caminhando contra o vento
Sem lenço e sem documento
No sol de quse dezembro
Eu vou...
O sol se reparte em crimes
Espaçonaves, guerrilhas
Em cardinales bonitas
Eu vou...
Em caras de presidentes
Em grandes beijos de amor
Em dentes, pernas, bandeiras
Bomba e Brigitte Bardot...
O sol nas bancas de revista
Me enche de alegria e preguiça
Quem lê tanta notícia
Eu vou...
Por entre fotos e nomes
Os olhos cheios de cores
O peito cheio de amores vãos
Eu vou
Por que não, por que não..
Ela pensa em casamento
E eu nunca mais fui à escola
Sem lenço e sem documento,
Eu vou...
Eu tomo uma coca-cola
Ela pensa em casamento
E uma canção me consola
Eu vou...
Por entre fotos e nomes
Sem livros e sem fuzil
Sem fome, sem telefone
No coração do Brasil...
Ela nem sabe até pensei
Em cantar na televisão
O sol é tão bonito
Eu vou...
Sem lenço, sem documento
Nada no bolso ou nas mãos
Eu quero seguir vivendo, amor
Eu vou...

Tô indo ali (Dani)




Indo buscar a vida. Frase tão bonita essa. E é o que eu tenho feito. Tô indo ali, buscar minha vida, fazer minha vida, já venho já. E volto com aquele sorrisão de criança que ganhou muitos sorvetes na praia. Não um ou dois, mas muitos.

Tesão. Dá tesão ver seu trabalho bem-feito, dá tesão fazer alguma coisa e ver aquilo ficar bom, dá tesão passar o vídeo no projetor e ver todo mundo batendo palma. Dá vontade de fazer mais.Dá vontade de fazer melhor. Pegar meus braços e abraçar esse mundão tão carente de um abraço verdadeiro.

Pessoas. Como eu adoro elas. Apesar de cada pequeno defeito, apesar de cada falha, eu adoro as pessoas. Porque elas erram, porque elas tentam. Eu acho bonito de ver.

Tô sentindo que tô indo, indo buscar o que é meu, construindo o que também é dos outros. Construindo, construindo, construindo. Eu que sempre tive pavor do teórico.




O bicho-papão foi embora.

Mr. Tambourine Man (Lígia)

Ontem eu tava conversando com o Luis sobre isso, e hoje vindo de onibus pro trabalho eu só conseguia escutar Bob Dylan. Porque um tempo assim meio cinza e chuvoso pede Bob Dylan, por mais que ele sempre me leve pra um lugar quente, árido, com muito sol e horizonte.
Eu simplesmente adoro a voz dele. Não como voz, mas como som. É um dos sons que eu mais gosto no mundo. Não tem simbologia, nem significado. Eu adoro as letras, eu adoro a imagem, eu adoro o violão e a gaita, eu adoro tudo que ele representa, mas não é por nada disso que eu gosto da voz dele. O quão maluco é isso?
Eu sempre escuto música prestando muita atenção na letra, e com Bob Dylan foi completamente diferente, eu coloquei o cd pra tocar e até hoje parece que eu sou embalada pela voz dele, eu só escuto melodia e não letras. O que pra mim é muito estranho.
Talvez por isso eu não tenha uma música preferida, e eu não consiga distinguir bem os cds. Eu tenho um monte deles no meu ipod, mas eu não escolho um em especial e nem uma música em especial pra ouvir.
É uma relação tão estranha. Ontem eu tava lendo o caderno que eu e o Luis levamos pra Buenos Aires pra escrever as coisas da viagem, e eu vi um texto meu escrito no segundo dia da viagem de onibus, e eu lembro que não consegui dormir bem aquela noite e fiquei olhando aquela estrada sem fim e a noite estrelada, e obviamente ouvindo Bob Dylan, e eu escrevi assim no meu caderno "A voz dele parece tão perto", e eu lembro da sensação de ele estar ali do meu lado cantando.
O quão louco é o mundo? Como pode uma pessoa parecer tão proxima pra mim e ela não ter ideia de que eu existo!!
Como pode despertar tantos sentimentos em mim?
É muita loucura, é quase bizarro!
Já deixo claro aqui que não existe nenhum tipo de sentimento de paixonite adolescente pelo idolo.
É só um dos sons que eu mais gosto no mundo inteiro. E é a voz de uma pessoa que eu não conheço!

PS. Semana passada eu assisti o filme "Eu não estou lá" que é sobre ele. Eu recomendo fortemente o filme, é muito bom, são vários e ótimos atores representando ele. Só não espere uma bigrafia cronológica e nem muito lógica. Preste atenção nos diálogos.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Bem vindo! (Lígia)

Comer sashimi de salmão até minha barriga doer, reclamando de harry potter que é sempre um assunto feliz, com carona de um amigo que reclama, reclama e reclama só pra fazer graça. Pegar estrada sozinha pela primeira vez ao som da trilha sonora de Across the Universe, abraçar minha vó de 87 anos e ouvir ela dizer que eu estou linda, e eu achar ela tão mais bonita. Estar na presença de um menino de 11 anos e não conseguir parar de dar risada da história da pedra que caiu no telhado da vizinha e ele teve que pagar, e perceber que a casa tinha duas voltagens, a dele e a do resto da familia! Comer lasanha feita em casa e a mesma beringela delicia de sempre, com o pão meio italiano e escutar sua família pedindo pra você trazer seu namorado porque eles querem muito conhece-lo, "e pede pra ele trazer o skate Lígia!".
Olhar aquela cena de sempre meio de fora, e perceber o quanto eu amo ir para Vinhedo.
Colocar a calça nova e pra variar perceber que eu não tenho blusa, pegar o interfone e discar 481 e atacar o armário da mesma amiga, sempre. Vestir todas as mil blusas dela enquanto a tifanny rouba meu chinelo e eu tenho que caçar ele pela casa.
Pegar carona com minha carona oficial, e ir contente ouvindo todas as histórias e pensar que eu tenho certeza que o Luis não tá entendendo nada lá no banco de trás e dar risada por dentro com isso!
Saber que a balada pode ser na padoca da esquina ou num barzinho de rock na barra funda, que a galera vai estar bebendo cerveja ou maria mole do mesmo jeito. Ter uma overdose de Bob Dylan de presente de aniversário e uma bala ardida. Dançar tanto que fez meu pé doer mesmo estando de sapatilha, e ver tanta gente que eu gosto tanto dançando e se divertindo. Ganhar drinks e me sentir absurdamente querida, e querer muito dividir com todo mundo. Ouvir de uma amiga que eu tenho uma familia muito bonita, no mesmo momento que eu vi meu irmão abraçando tão forte a minha irmã ao dar oi pra ela. Ver minha irmã tão feliz e ver a roda de conversa mais engraçada da noite. Sair correndo procurando o Alê quando tava tocando Candy e perceber que ele também tava me procurando.
Chegar às 5:30 em casa sabendo que tinha que acordar às 8:00 e poder dar um beijo no Luis quando eu sai de casa na manhã seguinte, e ver a mão dele buscando o ar tentando me alcançar pra não deixar eu ir embora. Conversar melhor com a minha dupla e ter certeza que a construção vai ser animal, e ter a honra de conhecer o Patrício e poder aprender com o Glaucio como fazer todas as perguntas que eu quero, e ver duas almas jovens presas em corpos cansados e judiados serem tão otimistas, ouvir que até sem as pernas ele continuaria, se ele pudesse ainda respirar ele continuaria. Ouvir histórias que parecem livro do Graciliano Ramos e desejar tanto construir aquela casa e mudar um pouco o destino daquela família.
Acordar no dia seguinte às 7:00 pra ir trabalhar, com o corpo ainda dolorido e com o plus da cólica, e me sentir feliz. Sentir meu corpo inteiro feliz.
Bem vindo, 22.

domingo, 19 de julho de 2009

O Abraço (Dani)

É tudo culpa dele. Quando você se permite gostar de alguém que você sabe que não vai dar certo. Culpa daquele abraço que dura alguns segundos a mais do que os abraços costumam durar. Quando você poe cor, otimista, em coisas que naturalmente são cinzas e que se assumem como tal. Mas poderia ser tão aconchegante...E aí você muda sua vida, muda seus hábitos, a espera de um telefonema que naturalmente você não esperaria. Porque na verdade você não tá esperando o telefonema, você espera aquela falta de ar que vem depois, naquele abraço que é apertado mas você não quer reclamar. E aí você finge que não liga, mas liga sim. Porque raios aquele abraço não vem, não vem de verdade de um jeito que você não precise fingir, não precise se adaptar. Não precise se encaixar.
Sentada na beira da praia, num dia de muito vento, eu fui me desenrolando e me desencaixando, conforme o vento batia e bagunçava todo meu cabelo e eu fazia um esforço gigante pra ele ficar no lugar. E me desenrolei e me desafiei a me por no meu lugar. Porque se tudo tá no lugar errado, eu sei que a falta que eu sinto não é de alguém. É dele, o abraço.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Volta de viagem (Dani)

Eu me ofereço por inteiro e você se satisfaz com a metade. E misturando com Clarice, eu ainda tenho que te agradecer. Você só quer saber do dinheiro que eu gastei ao invés de quem eu conheci. Você só quer uma palavra enquanto eu daria livros. Eu não vou seguir assim, cercada por espinhos, presa numa camisa de força invisível e sem saber que o vento tá lá fora.
Você é um mundo inteiro que está cinza e eu pretendo colorir. Dessa vez sem vergonha ou qualquer tipo de medo. Porque eu quero estar aqui por inteiro, cansei.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Coragem (Dani)

Ter coragem é um troço bizarro. Voce acha que vai morrer de medo e quando respira fundo, o bicho papao vai embora. E se tudo o que voce planejou da errado, tudo bem. Juro que não é o fim do mundo que parecia ser.

Coisas que sustentam (Dani)

Tem pequenas coisas que acontecem que as vezes seguram a minha barra:

Pescada com limão fritinha na hora
Macarrao com parmesao ralado na hora
Jimi Hendrix cantando Fire
Limonada gelada!
Correr na academia e nao sair de lá morrendo
The Fratellis
Fazer a mala!
Saber que amanha tem praia e sol
E depois de amanha também!

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Pode ser (Dani)

Pode ser até que eu faça tudo errado.
Mas pelo menos eu tô fazendo.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Eu não vou sair daqui (Dani)

Enquanto eu me despia na hora de dormir, percebi que tava tirando também um peso acumulado durante anos. Peça após peça, até perceber que só sobrou aquela pessoa que por se assumir tão frágil criou uma força assustadora. Eu não sei cara, eu não sei fazer. Eu assumo que não sei fazer isso, porque alguém sempre fez por mim.
Eu não sei segurar as pontas, eu não sei ser sempre legal. Porque eu sempre fui tão terrivelmente amada que eu podia estar de mau humor, podia ser mimada, podia dar xilique, podia acordar sem querer falar, podia dormir sozinha, podia dar trimilique dormindo, podia, podia, podia... Eu sempre senti que podia tudo, e isso me estragou.
Não que a culpa tenha sido de alguém. Nem minha, nem de outro. Não é de ninguém, todo mundo era novo e todo mundo tentava ser feliz igual crianças são felizes. Mas de repente eu me pego sem saber nada da vida.
Mas mesmo assim eu tô aqui, cara. E vou segurar as pontas, e vou dar carinho mesmo quando estiver com medo. Eu não vou sair daqui, mesmo quando me der a vontade de sempre de ir embora. Eu não vou fazer minhas malas. Eu não vou fechar a cara. Eu não vou mais dar satisfações. Eu não vou sair daqui.



PS: Brigada chu.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Vou te explicar (Dani)

Eu terminei meu trabalho de história da arquitetura e ele tá animal, e eu consegui fazer uma crítica urbana nele. Eu sou uma garota do urbanismo e ponto, eu quero reconstruir o construído. Eu sou da FAU e as referências brasileiras do Herzog & deMeuron não são novidade. É também porque ontem eu vi no bar meus amigos tocando a música que eles compuseram pra mim,e meu rosto tá na revista, sorrindo por algo que eu acredito. E eu vou passar o fim de semana com ele no frio, e isso já me dá frio desde já. É porque eu almocei com a minha vó quase todos os dias essa semana, e passei duas horas a tarde sem fazer nada com a minha irmã. É porque eu entrei na academia e no segundo dia fui elogiada pelo professor, ninguém aqui corre 3km nesse tempo. E também porque minhas amigas estavam lá, e eu vou ensinar abdominais pra elas. É porque na real eu sei que meus amigos SEMPRE estão lá. E também eu acordei meu pai falando da minha música e ele riu mesmo assim. E descobri o símbolo da tatuagem nova que representa tudo o que eu tenho feito esse ano. E sim, vou ser deixada em paz!!! Aliás, vou ser mantida em paz. E tem sido mais simples simplesmente ir quando o astral abaixa. E tem sido mais simples acordar numa boa, mesmo em final de semestre.
Acho que é meio por aí.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Tribalistas (Dani)

"Vem comemorar, escandalizar, ninguém
Vem me namorar, vou te namorar também
Vamos pra avenida, desfilar a vida, carnavalizar."

Música dos Tribalistas que faz a gente ouvir flutuando... =)

segunda-feira, 15 de junho de 2009

21 anos (Lígia)

Eu nunca tive a pretensão de ser perfeita. E eu acho isso bom. Mas isso deu margem pra, na minha vida toda, eu me desculpar pelos meus erros. “Eu estou aprendendo, eu estou aprendendo”.
Mais vale você olhar hoje pra trás e realmente entender porque errou, ela me diz no telefone. Eu sei disso. Mas de repente eu me pego assumindo todos os erros de uma vida de uma vez só.
E vem uma vontade louca de esclarecer as coisas, de ter integridade e gritar pras pessoas: quero ser decente e honesta e te olhar nos olhos e dizer que errei com você.
E isso me impede de dormir a noite, me impede de simplesmente colocar a cabeça no travesseiro e dormir. Não faz muito tempo, num ônibus que percorreu tantos quilometros eu mentalmente pedi desculpas a todas as pessoas que achava que devesse, mas esse processo de limpeza continua e continua sem parar.
Eu não quero me justificar, pela primeira vez eu não to bolando mil desculpas pra me justificar, pra tentar amenizar meus erros. Pela primeira vez eu quero simplesmente assumir. Eu não quero nunca mais fugir de alguma escolha, ou postura ou atitude que eu tomei ou vou tomar. Nunca mais.
E eu sei que isso é a vida, é perceber coisas ruins em você que você não quer mais, e que na verdade você percebe isso quando o processo já está acontecendo, não é uma decisão tipo “ta amanhã começo a lista”, não.
É como se eu tivesse largando roupas no caminho de santiago, como se eu deixasse tudo pra trás, e ao assumir o meu erro e ao encara-lo eu posso, como sabiamente ela me disse, entender quais motivos me levaram a ele.
E eu olho, cara como eu olho, pra essa garota de 15 anos, pra aquela garota de 16 anos, e mesmo pra aquela de 19 e ta tudo tão longe. Eu não consigo explicar o caminho que eu entrei ano passado, mas é um processo tão longo e tão exaustivo. De olhar pra tudo, de limpar tudo, de desconstruir, de reconstruir, de ficar dentro e dentro e dentro, até a cabeça não agüentar mais.
Eu me sinto dentro do casulo, eu to sempre analisando, analisando antes e analisando o agora. Não é uma fase, é uma crise.
Eu precisava muito daquela cabana dos 21 anos.
Eles é que sabem das coisas.

sábado, 6 de junho de 2009

Manda Aí Brou (Dani)

Dormi umas dez horas hoje. Depois de uma semana onde entraram no mesmo balaio uma conversa foda com meu pai, um ex inconveniente, uma dor de estomago, enjoos e uma enxaqueca terrível, digamos que foram dez horas bem dormidas.
Pronta pra outra. Manda a reforma aí. Manda o projeto aí. Manda aí aquela pesquisa também. E a coordenação da campanha de agosto no teto. Manda aí. E hoje à noite eu ainda vou conseguir escapar e ir ao cinema e depois na pracinha beber, como sempre.
Descobri que é assim mesmo né? Acho que fui promovida e minha vida não explodiu. E nem vai.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Que inferno! (Dani)

Esse blog atingiu proporções estratosféricas.
Sim, porque quem supostamente não deveria nem saber mais meu nome sabe onde eu me encontro, o que eu penso e o que eu escrevo e tem até o direito de me enviar carta resposta.
Que inferno de vida.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Cinedebate MSTC

Dia 28 de maio de 2009, graças ao esforço de toda a equipe da ONG Um Teto Para Meu País, aconteceu um debate sobre os movimentos sociais que lutam por uma política habitacional melhor em São Paulo e no Brasil inteiro.


Convidamos a coordenadora do MSTC (Movimento dos Sem Teto do Centro), Ivanete Araújo, para debater conosco, assim como o urbanista João Sette Whitaker. O debate foi um sucesso do ponto de vista da qualidade, do nível de debate, das questões levantadas e tudo o mais.
A única coisa que me incomodou foi o fato de que, dentro de uma faculdade de arquitetura, apenas umas 50 pessoas tenham aparecido. Não pela organização ou para sucesso da ONG, mas pela tristeza de ver que muita coisa na FAU é levada apenas pro lado teórico.


Um aluno disse muito bem: quando acontece um seminário sobre a revisão do plano diretor, a faculdade aparece em peso, porque é praticamente sua obrigação estar presente. Quando acontecem discussões sobre a reforma da faculdade, todo mundo aparece e mesmo que não acompanhe até o final, mesmo que não vote no fim das contas, gosta de dizer que esteve presente. Estar presente na assembléia é quase motivo de status.


Agora quando nos surge a tão sonhada oportunidade de enfrentarmos um problema através da ação, onde está todo mundo? Fazendo trabalho, estudando pras provas, correndo contra o tempo. Nada contra, eu realmente acho isso importante.
A questão é que ali existiam pessoas que precisam efetivamente do nosso potencial e da nosso conhecimento para mudar alguma coisa na situação urbana que nosso país enfrenta, e nessas horas não havia ninguém presente. A Ivanete nos convidou para conhecer o movimento, ir nas reuniões e confirmou um fato que todo mundo sabe: os estudantes não aparecem, em sua grande maioria.


Fazer política hoje em dia não é erguer uma bandeira e sair por aí gritando e esperando uma revolução. A revolução e a política agora acontecem de outra forma, e muitos ainda agem como se estivessem na ditadura e fossem “rebeldes”. Só querem ser ouvidos, só querem falar. Fazer, não. As chances de mudar a política estão na academia sim, mas também estão nas ruas, nas favelas, nos cortiços, no abandono que a cidade sofre, na humilhação que a classe baixa enfrenta todos os dias ao pegar horas e horas de ônibus e trens porque moram na periferia da periferia.
Todos nós temos potencial pra mudar alguma coisa. Triste ver que poucos vão.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Pra minha pessoa (Dani)

Contra tudo aquilo que machuca os olhos. Contra tudo aquilo que fere a alma. Pra além de todos os problemas, e pra além de todas as tristezas.

Enquanto você estiver do lado de lá, aqui do lado de cá eu consigo me orientar, voce disse pra mim. E de repente seu lado de lá foi longe demais do meu, do conhecido, do planejado. E eu posso me acostumar com muita coisa. Eu já vi muita coisa. Eu já mostrei mais do que qualquer planejado.

Eu aceito qualquer coisa. Menos apatia. E pra combatê-la eu me desespero, eu grito, eu mostro, eu não escondo. Eu grito. E grito. Eu não me canso. Eu não desisto. Você pode não gostar, você pode achar invasivo, mas eu não desisto.

Porque dias como hoje, onde a nossa risada acaba sendo a risada de dezenas de pessoas, mostram que isso é o certo. Num banco de metrô a gente assumiu uma missão ridícula e feliz de mostrar ao mundo o quanto ele precisa ser feliz. Você desfila no metrô vazio as onze da noite e isso é você, e isso somos nós. Nós mostrando ao mundo que ele não é tão cinza, e se é é porque quer. Nós mostrando a liberdade e o amor acima de qualquer coisa.

Portanto, ao ver você voltar a ser você, eu me alivio. Porque de você, chuzinha, eu não desisto.


PS: Ficou meio lésbico, mas ok... hahahaha

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Dúvidas Felizes (Dani)

Já teve dúvidas? Eu tenho um monte delas.
Já ficou feliz por tê-las?
Pois é.

Nivelando pilotis (Lígia)

Me deu vontade de escrever, por ter lido o que eu talvez não deveria. É com certeza eu leria o e-mail se fosse comigo.
Mas sabe eu realmente não sei o que dizer e nem por onde começar, e essa vontade anda comigo já faz uns bons meses, mas eu olho pro papel e nada, não sei nada. Que coisa louca.
Não tenho idéia do que isso significa, vontade de por pra fora o que nem está dentro, ou está e ele é apenas amorfo, incolor, inodor e também não tem nome.
Acho que é o suspiro eterno que eu sempre senti, eu só ocupava ele com outros nomes. Eu tentei dar tantos nomes a ele, nomes de fases, de lugares, de saudades, de meninos, de comidas, de músicas, de felicidades, de trabalhos, de tristezas, de momentos e até de pobreza e de força de vontade.
Mas a verdade é que isso tá aqui dentro e não lá fora, então essa coisa que se expande e toma o meu peito por completo sou eu mesma.
É toda essa vida que tenta habitar 1,68m, é todo esse jogo de luz e escuridão, todas essas infinitas cores que flutuam dentro de mim.
Eu não faço a menor idéia do que isso quer dizer, mas é incrivelmente aliviante perceber que essa sensação não vai embora, (mesmo que às vezes ela me sufoque e me deixei um pouco ansiosa) ela não vem de um carregamento externo, ela é um esforço interno, ela sou eu, e não uma resposta ao que está acontecendo na minha vida.
E assim ela me incomoda menos, porque ela não é mais um termômetro pra me dizer que algo está ruim, ela é só esse coração que teima em querer explodir e fazer transbordar todo o suspiro, mesmo eu nem sabendo o que raios isso é.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Domingo (Dani)

É aquela covinha que forma mais do lado esquerdo que do direto. Ou o carinho na planta do meu pé enquanto eu usava sapatilhas. A chave do carro dentro da minha bolsa, junto com a caixa de fósforos. O vento que fazia enquanto eu olhava são paulo do alto. O aconchego de assistir um filme sem precisar desgrudar os olhos da tela. O sorriso envergonhado que ainda me dá ao pensar em como um domingo pode ter tanta cara de sábado.

domingo, 10 de maio de 2009

=) (Dani)

Hello, again.
It seems like forever between now and then.
You look the same. I mean, you look different but you haven't changed.
Funny, to think how the time gets away.
Funny, how you take me right back again.
Stole me away...The first time I saw you you did me that way.
What should I say?I saw you laughing, when I was afraid I might get in the way.
I did not think I would see you again, so how have you been?
Do you remember, I mean everything?
Saw you there dancing, when I was afraid I might get in the way.
I did not think I would see you again.
Funny, to think how the time gets away.
Funny, how you take me right back again.
Funny, the feeling when forever ends.
Stole me away.
First time I saw you you did me that way,What should I say?
Saw you there dancing, when I was afraid I might get in the way.
I never thought I would see you again, how have you been?
Watchin' the years as they trickle away? it's everything how time gets away.
Funny, how you take me right back again.
Steal me away...
Like the first time I saw you, you do me that way.
What should I say?
I see you there standing, and I am afraid I might get in the way.
I never thought I would see you again, how have you been?
Do you remember, I mean everything?
You steal me away, like the first time I saw you you do me that way
What can I say?
I see you standing, when I am afraid I might get in your way.

"Stolen Away on 55th & 3rd" Dave Matthews Band

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Guarda, guarda, guarda (Dani)

Manda a tradição vc nunca mais olhar pra nada daquilo. Jogue fora se for melhor. Mas não. Eu ainda tenho o video, eu ainda tenho o email, eu ainda tenho as fotos. Guardo tudo em caixinhas, guardo o meu nome na caixinha de guardar brinco que eu só usei uma vez. Guardo, guardo, guardo.
Porque as vezes eu preciso lembrar. E quando quero lembrar não preciso ficar infernizando os outros com telefonemas inconvenientes. Sua namorada não gostava de mim, o outro me fazia rir porque eu dou apelidos ridículos que demonstram todo o carinho do mundo.

Amar e conhecer talvez eu não saiba mais o que é. E ninguém saiba de mim. Eu mudei de perfume, eu mudei de cabelo, eu mudei até de atitude, olha só. Emails as tres da manha. Limões. Coisas assim. Eu devo cerveja desde sempre. E sempre mais. Me deixa por um nome no monstrinho?
Guarda, guarda, guarda. Porque eu achei que nunca mais ia te ver. Porque eu senti sua falta do outro lado do oceano. Tudo a seu tempo. E nada mais é meu. Ou começa a ser meu, finalmente. Guarda, guarda, guarda.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Pra ser feliz (Dani)

Pra ser feliz eu preciso mesmo de algumas coisas...
Uma varanda, uma Heineken.
Um chinelo, um fone de ouvido.
Um biquíni, um silêncio.
Uma conversa, uma risada.
Um tênis.
Uma mensagem no meio da noite.
Uma noite bem dormida.

sábado, 25 de abril de 2009

Sometimes even the right is wrong (Dani)

Uma frase linda do Coldplay. Que eu ouço agora porque eu sou assim mesmo, influenciável. Porque é bom e porque eles só cantam quando têm algo a dizer.
E ontem foi isso mesmo que eu senti. Que todos os bom predicados, que todos os bons sujeitos, que todos os bons qualquer coisa às vezes, sem querer, entram na hora errada, saem na hora certa, vem e vão sem qualquer aviso prévio.

E vc olha sem entender, sentindo saudade do que nem aconteceu. Saudade do friozinho na barriga que um dia voce sentiu e que agora não sabe nem ao menos de onde veio, nem porquê.

ps: Letra de Lovers in Japan

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Agora meu (Dani)

Me surge como uma cosquinha de leve. Como um pequeno incômodo feliz. Aparece mais forte quando eu compro aquele um milhão de cervejas e vou praquela praça. Surge um pouco mais sorridente quando minha irmã pinta a Hello Kitty e me dá dizendo: "Esse é da Dani, toma Dani." Eu quase morro por ela. E por falar em Hello Kitty e por falar em morrer, quase morro cada vez que chamo minha amiga de Hello Kitty doida. Porque um dia achei que ela era meiga. Mas ela é má. Tão má que quase me mata cada vez que falo isso. E fico um pouco mais feliz.
Quando eu falo "vou escrever um livro" e ele responde "tava pensando a mesma coisa", eu sei que melhores amigos não vem por acaso. E pra mim a cena mais linda de todos os tempos é a minha mão entrelaçada com a sua, as cores mais lindas do mundo. Não sei como ainda não tirei essa foto. Talvez eu não precise.
Almoçar lanche com voce no bar velho de guerra da esquina é tão bom quanto antes. Porque a gente discute sobre a influência de Jeff Buckley no cd do Padre Marcelo Rossi e eu tento te convencer de que Jack Johnson é bom. E eu nunca dou tanta risada, e eu nunca sou tão idiota. E a cosquinha volta.
Essas musiquinhas com gaita e sotaque de americano caipira. Eu queria mostrar todas pra voce mas elas tem nomes que é melhor não te mostrar agora pra não te assustar. Mas eu já te mostrei Dave Matthews, então você já sabe bastante. E ainda não se assustou, que coisa.
E pra vc também mocinha, eu quero te mostrar o quão feliz é o mundo. Não feliz sempre que isso me irrita, mas o quão não insuportável é o mundo. E vc é sortuda não pela faculdade ou pela sua casa, voce é sortuda porque voce é mais forte que a maioria, eu confio nisso.
Me viciar em três músicas a ponto de dançar na fila do metrô me dá mais cosquinhas. E saber que eu não quero nada, que eu realmente não estou tentando nada. Eu não estou provando nada, eu tô só provando um pouquinho de você, pouco ainda pra não gastar. E eu não imaginava muita coisa... Cosquinhas...
Sei lá... andando e dançando e ficando feliz pela vida...

Tati Bernardi (Dani)

"Agora eu sei que é a parte que a gente se beija com tanto ódio do resto do mundo e com uma cumplicidade bonita de não estar tentando nada. Não estamos tentando absolutamente nada."

"Eu percebi que minha ansiedade é a típica da garota boba que leu nove livros, sabe de sete músicas, viu quatro filmes, conhece dois lugares e acha que ainda ama um homem."

domingo, 12 de abril de 2009

Sem Nome (Dani)

O que eu to sentindo ainda tá sem nome. E na verdade não to procurando. Pode ser um descontentamento, afinal de contas eu tô ouvindo Coldplay porque eles ainda têm algo a dizer, afinal de contas. "Come back and haunt me". Por favor.
Pode ser uma preguiça também. Afinal de contas hoje de manhã eu tava passando frio num ônibus, hoje a tarde eu tava entretendo uma criança de dois anos e hoje a noite eu tava estudando pra mais uma prova chata e sem sentido. E tudo o que eu quis pra hoje foi usar meias e um pijama colorido, talvez até pantufas. E dormir.
Pode ser tipo uma depressãozinha, dessas que atingem a gente depois de viagens. Pela primeira vez eu não refleti sobre problemas, tava bom demais ganhar cerveja de graça por ser amiga da galera. Não pela cerveja, mas pela galera, que fique claro.
Mas provavelmente é mais uma dessas crises. E não adianta, porque estar muito bem e achar meu eixo também me faz entrar em crise. Eu sou um livro de auto-ajuda ambulante, porque sempre acjo crises bem vindas apesar de achar melhor tê-las a cada sete anos. E eu tenho 23 e isso foge completamente da conta.
Eu cansei dessa vidinha, cansei de ser meio adulta e meio adolescente e se até meu pai me entendeu é porque a coisa tá séria. Se nem ele riu e disse: "eu percebi", sem dar nem uma risadinha, é porque a coisa tá bem séria. Eu cansei de comprar cerveja ruim toda sexta feira no meeeesmo lugar. Isso foi bom por três anos, mas já cansei. Cansei daquelas meeeesmas pessoas com cara de bunda reclamando, reclamando e reclamando por anos. Elas não se formam nunca? Quando eu cheguei lá elas já tavam quase se formando, não foram ainda?
Eu quero pegar meus amigos e cair no mundo. Quero minha sala decorada com plantas porque não sei o que me deu mas decidi ter plantinhas espalhadas pela casa. Imagino até minhas almofadas cor de rosa espalhadas pela minha casa que não vai ter cheiro de incenso não. Quero até aprender a cozinhar, olha só. Quero até dormir junto, olha só. Mas não quero morar junto ainda.
Dói pegar o metrô de sempre e ele ter o cinza de sempre e eu pegar os fones pra não começar a gritar e ser presa lá dentro. Porque ninguem se fala, ninguem se olha e ninguem se vê. Porque eu não falo e não olho também. Eu sei que hoje sorri só porque ontem eu tava sorrindo e não quero perder isso.
Pelo amor de Deus tudo o que eu quero é tempo pra ter um emprego legal, ir prum pub a noite e ter minha casinha delícia pra voltar depois.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Poesia (Dani)

Não, eu não vou me atrever a escrever poesia, até porque já me atrevo o suficiente achando que sei escrever "prosa". Não, não.
Mas veja:
"Pinta os lábios para escrever a sua boca em mim.."
"Cartazes te procurando, aeronaves seguem pousando sem você desembarcar, pra eu te dar a mão nessa hora, levar as malas pro Fusca lá fora e eu vou guiando..."
"Ninguém sabia e ninguém viu... que eu estava ao teu lado então..."
Eu poderia escrever um trilhão de frases mais, mas é que agora estou ouvindo Cássia Eller e ficando mais uma vez triste porque ela morreu. E pensando sobre toda essa história de poesia que anda me perseguindo. Eu leio essas frases e imagino cenas tão poéticas...rs Sim, porque agora além de ser simplicidade, amor e liberdade eu também quero poesia.
Não é muito fácil pra mim colocar poesia num papel quando começo um projeto novo. A sensibilidade que a dança tem colocada num Teatro de Dança de quase 20.000m². Não é uma coisa que simplesmente vem, infelizmente. Ainda não.
Mais difícil que isso é por poesia na vida. Andar de bicicleta na hora do almoço só porque deu vontade. Deixar um bilhete pra minha vó em cima do fogão, antes de sair de casa. Tomar uma cerveja de 600ml numa praça às três da manhã enquanto filosofo sobre a vida.
Tem muitas coisas que eu acho poéticas. As plantas da minha casa, tão bem cuidadas. O cheiro de bolo de chocolate saindo do forno. Minha irmãzinha sentada no chão desenhando e cantando. Minha vó costurando à uma da manhã. A noite em si é muito poética. A minha vó em si é pura poesia.
Música, é lógico. Mas música não é pra qualquer um, assim como escrever poesia. Mas uma casa cheia de plantas é sim pra qualquer um. E poesia requer delicadeza, requer atenção e cuidado, só isso. Então, sigo buscando...
"Esse samba é pra você, ó meu amor..." Cássia Eller de novo... quer coisa mais poética que criar um verdadeiro samba pra alguém?

sábado, 28 de março de 2009

Make it simple (Dani)

E o que ela achava que nunca ia acontecer aconteceu. "Você é simples", ele disse, sem mais nem menos. "Com você as coisas vão acontecendo, e você mostra que elas não precisam ser complicadas". Então, afinal de contas, alguém percebeu? E a opinião dele valia muito, porque "afinal de contas ele é meu amigo, ele não mentiria pra mim".

Escutar isso era quase um atestado de sanidade. Finalmente alguém percebeu que era simples, que era mais feliz simplesmente se jogar as vezes. Fazer coisas banais serem memoráveis. Ela poderia viver eternamente com essa certeza, mas seria muito mais fácil se mais alguém visse isso. E de repente alguem viu.
E todo o resto fez muito mais sentido. Ou sem mais nem menos deixou de fazer sentido. Mais do que querer um amor, uma diversão, amigos, ela só queria manter aquela paz de espírito que estava quase que a sufocando, de tão boa que era. "Oras bolas, eu mereço." E ela sentia que não devia mais ser 'encaixada' nos outros, na vida dos outros. Que se criasse junto o encaixe. "Se não, eu sinto muito". Ela nunca saía de casa depois de por o pijama.
"Sim, você é simples, não é impressão sua." Depois de ouvir isso, ela podia tranquilamente dormir num sabado a noite ouvindo Beatles e não se incomodar por ser sabado a noite. "Eu sou simples, eu me criei assim". E ela estava feliz por não ser a única a perceber.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Milk Shake (Dani)

Porque não um shot? Porque não uma cerveja? Sei lá, seja mais chique, um vinho. Uma tequila, deixe claro que é pra se embebedar. Um café, é bem sério. Um chá, é sisudo... Eu daria risada, mas enfim. Um suco, é saudável. Um uísque, um refrigerante, qualquer coisa.
Mas um milk shake? Quebra qualquer tentativa de ser séria, de ser sensual, de ser engraçada, de ser saudável e gostosona. Um milk shake??? Só sobra aDani, a Dani de sempre que brinca com o canudinho. Não sei se queria mostrar ela (eu sei que tá errado). Mas ela queria mesmo se mostrar, disso eu sei.
Vem com aquele gostinho de sorriso, aquele gostinho de historinhas leves no fim da tarde. Ou no fim da noite de domingo. E eu me preocupo, porque geralmente domingos são um porre, eles não costumam ser delicinhas recheadas de milk shake.
Eu tenho tanto o que fazer, tanto o que pensar. Não posso ficar pensando em sorvete com leite batido num copinho plástico. Eu já fiz 23 anos... Mas milk shake é apelação.

Bem Ocupada (Dani)

Vergonhoso, um texto o mês inteiro. Já fui mais criativa, já fui mais paciente... De esperar a história vir, de escrever, de reler... talvez eu esteja bem ocupada. É, é isso, estou bem ocupada.
O que é uma grande mentira verdadeira. Eu estou sim, ocupada, mas não beeeem ocupada.

domingo, 1 de março de 2009

Um texto bem X (Dani)

Sem nenhuma perspectiva de um texto bom, sem nenhuma perspectiva de nada na realidade. Meio como a Dorothy saindo do Kansas, meio na estrada sempre. Uma estrada bonita, ouvindo Jimi Hendrix sem parar, sentindo que o sangue pode sim ser sempre pulsante sem ser sempre sofrido.
Meu choro não dura muito. Isso é fato, meu fundo do poço é muito raso meu Deus. Eu tentei ler os textos de sempre e eu não consegui porque não há quem consiga ser tão deprimido por tanto tempo.
Existem milhões de pessoas pra dizer que você é bonita, pra dizer que você é legal, você pode até pagá-las em último caso. Você precisa delas? Eu sigo aqui tentando decifrar Sagarana, e pensando ao mesmo tempo que tudo são símbolos onde cabe a você decorá-los e entende-los ou não. Ou seja: aprender violão é exatamente igual a aprender francês. E eu ando com uma vontade louca de comprar meu dicionário e sair por aí lendo em ônibus e gramas da vida.
Sem pretensões. Simples. Eu tenho meus fones, tenho meu celular porque eu também sou gente e sempre espero um ou dois telefonemas. Mas um telefonema simples, meu motorola coitado não aguenta mais discussões de relacionamentos. Me chame prum café. Uma torta de maçã com canela. Temaki por enquanto não. Cadê o meu amigo do café? Graças a ele a starbucks é um dos lugares mais aconchegantes da vida.
Eu não quero comprar nada não dona moça. Só tô vendo o quão diferente as chitas podem ser. Eu também achava que era uma só, chita e acabou. Mas é chita com um milhão de sobrenomes, iguais as Marianas da minha sala. E eu gostei muito da chita, mas ela costuma ser brega fora do carnaval.
E meu carnaval teve tanta gente feliz e engraçada que não dá pra voltar pra casa e filosofar. Aí eu vejo muitos fatos dignos de serem filosofados e não consigo! Sigo caminhando na minha estradinha de tijolos. Com meus fones. Meio que dançando. Porque amanha o ano começa e eu sinto cócegas de ser aquela que consegue as coisas. Que faz.
Mas assim, sem muitas pretensões. Que faz. Ponto. Não que faz isso, aquilo e mais aquilo outro. Calma. E seja bem-vindo 2009. Fechei e fechei portas o ano inteiro, tava mais que na hora de abrir janelas.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Talvez eu também esteja aprendendo (Lígia)

Eu venho aqui pedir para o universo que sinceramente leve as minhas desculpas a todos aqueles que eu machuquei durante esses 21 anos.
Todas as lembranças que sempre me vem a mente, eu me desculpo do fundo do coração, e se eu pudesse pegar a dor e as consequências de cada erro e de cada egoísmo meu, eu faria.
Mas eu não posso mais me arrepender de nada disso, isso tudo é meu, eu amo e acolho cada erro, cada vergonha, cada traição, cada tropeço, cada desespero, cada insegurança, cada loucura.
Tudo isso sou eu, faz parte de mim e tudo isso me fez quem eu sou hoje.
Eu adoraria ter nascido assim já, mas não nasci, pelo menos eu posso dizer que tive (e tenho!) coragem de de me encarar por inteiro, porque as pessoas têm o direito de conhecer os seus limites e decidir o que fazer com eles.
Eu me encontrei, eu encontrei meus limites e me aceitei completamente e nunca me senti tão no eixo em toda vida.
Antes eu sentia arrependimento e vergonha de ser, ou ter sido tudo isso. Hoje eu fico triste, sinceramente triste pela tristeza que causei em outras pessoas para poder estar aqui agora.
Eu poderia dizer pra vocês que pra mim também não foi fácil, que eu também sofri, mas isso não poderia fazer bem a ninguém.
Então eu venho aqui, pedir para o universo levar minhas sinceras desculpas àqueles que eu causei algum tipo de dor.


14/02/09 - Na estrada.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Aprendendo (Dani)

Essa noite eu tive meu pior pesadelo. Não vou ficar contando historia triste aqui, mas digo que é um pesadelo horroroso, que eu vira e mexe eu tenho. Eu sei qual é o maior medo da minha vida, e ele sempre aparece nesse pesadelo.
E eu sempre acordo mal, e nao durmo mais. Fico me remexendo na cama, nervosa, sem coragem de levantar, sem coragem de dormir, com a minha cabecinha repetindo: eu não vou dormir, eu não vou dormir.
Mas ontem eu tinha resolvido olhar o mundo com os olhos do coração. Aí quando acordei do pesadelo, respirei bem fundo e disse pra mim mesma: calma, isso tudo é só medo, não é real. Eu tô aqui, e eu vou cuidar de você porque eu te amo.
Aí, pela primeira vez após esse pesadelo, eu dormi. E antes de dormir ainda consegui meditar e mandar tipo uma luz azul, dessas bem de gente doida mística, pras pessoas que tavam no meu sonho. Pra elas também dormirem em paz.
É, acho que eu tô aprendendo.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

O meu significado pra isso (Dani)

De você eu não quero nada. Não quero elogios falsos, como pequenas prendas antes da notícia ruim. Eu não preciso, e não quero, esse tipo de elogio, esse tipo de “agrado” como se eu tivesse 7 anos e alguém me desse um algodão doce antes de dizer que meu peixe morreu.

Espírito livre? O que é isso pra você? É simplesmente ser alguém que viaja? Que tem vontade de conhecer o mundo? Isso pra mim é curiosidade, é querer ver além do próprio umbigo e além do próprio mundinho. Meu olho brilha com a possibilidade de um mar mais azul, de uma tarde ao sol, de um deserto de sal.

Mas meu olho também brilha com a idéia de passar uma tarde com alguém. De dividir uma cerveja num boteco com melhores amigos. Com a idéia de chegar no ônibus e ter um convite pra praia no celular e isso ser motivo de alegria, mas não mais de faniquito e de mudança de planos.

Meu olho quase se enche de lágrima de tanto brilho ao pensar em amar alguém livremente, como esse “espírito livre” pede. Sem convenções e como disse o segundo ser humano mais otimista que eu conheço: sem que liberdade seja confundida com pornografia. Eu quero ser livre, eu quero poder amar de braços abertos e com braços me esperando.

Seu espírito pode me dar isso? É isso que meu “espírito livre” pede. É isso, não uma viagem, que meu “espírito livre” quer. Amor de verdade, sem medo, sem passado. Não só de um homem, mas de uma pessoa. Seu espírito consegue olhar as pessoas? Seu espírito quer olhar as pessoas? Eu tenho minha vida, e ela é bem brilhante. Nela cabem mundos e fundos, favelas e cidades, prédios de última geração e praias intocadas. Cabem pessoas dos mais diversos tipos, pode acreditar. Não se julgue importante a ponto deu chorar por você, pode ser que isso não aconteça. Mas nunca se sabe, eu posso já ter chorado muitas noites em segredo.

O “espírito livre” é mais uma menina feliz, brincando na piscina todos os dias, mesmo quando está doente. É aquela menina que sobe na goiabeira da escola e fica de ponta cabeça, mas mesmo assim nunca conseguiu ter uma cicatriz. É a menina que sabe brincar de carrinho com a irmã no supermercado. É a menina que troca de roupa com a amiga durante o esconde-esconde. Ela é livre. Eu sou só o corpo que guarda ela, que a protege. Na verdade nós viramos melhores amigas.

Viajar não é nada, entenda. Isso me faz feliz, não livre, acredite. Já viajei muitas vezes e percebi depois que minha alma ficou presa em casa. E meu “espírito livre” me impede de sofrer por muito tempo nessa vida, ainda bem. Meu “espírito livre” sabe do clichê da vida curta e do clichê do carpe diem, ainda bem. Meu espírito já era livre quando eu aprendi a andar de patins numa cidade que não deve ter 20 mil habitantes.

De você eu não quero nada. Na verdade só quero que você, se não conseguir desfrutar de tudo isso junto comigo, sem medos, que pelo menos entenda, respeite e me olhe com um sorriso, sem algodão doce pra menina aí de cima. Porque ela prefere coisas salgadas, obrigada.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Eu não gosto de você nem como pessoa, como poderia gostar como homem? (Lígia)

Hoje me fez parar pra pensar: como tantas pessoas podem habitar um mesmo corpo durante o espaço de uma vida!
Eu sabia que tinha mudado, mas a prova foi incrível.
O simples fato de eu cogitar não ir na festa do Gui significa tanta coisa! significa enterrar uma Lígia já enterrada, mas enterrá-la ainda mais fundo.
Eu olho pra trás e realmente não parece minha vida, parece um filme sobre outra pessoa.
E não faz a menor diferença, ver Frederico, ver Gustavo, nem ver o Leite. Nada. Não significa nada. Eu que ansiava pelo dia 31 de janeiro, hoje olho pra essas pessoas e não vejo nada. Um grande vazio.
O Gui se tornou mais bonito que o Gustavo.
Acho que ele sempre foi.
E ainda bem que hoje eu tenho olhos que enxergam assim.
Me senti com 15 anos por rever todas essas pessoas, mas toda a necessidade que eu sentia de ser notada por essas pessoas foi embora.
Eu não preciso mais que elas alimentem meu ego.
Eu mudei muito.
"- Ninguém presta!
- Hoje eu presto"
É uma verdade absoluta. Eu tinha necessidade de flertar com todo mundo e me sentir desejada e especial.
Essa sensualidade forçada e vulgar deu lugar a uma menina que se sente bem com um sutiã sem ferrinho e que tem um namorado que a acha sexy quando ela está o mais confortável possível.
Eu amo a pessoa que sou hoje.
Amo de verdade.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Sim, é por causa do filme (Dani)

Eu quero todo dia diferente, sem hora pra comer, dormir, acordar. Quero um colchão na sala e me sujar quando a gente pintar a parede.
Quero uma máquina de lavar e uma coleção de lençóis bem cheirosos, pra que nosso colchão seja o melhor do mundo.
Quero comprar uma bandeja de café da manhã antes de comprar uma televisão. Quero um violão no canto da sala e aprender a cozinhar junto com ele.
Quero a parede cheia de desenhos e fotografias que eu mesma vou tirar. Dos nossos lugares favoritos e dos nossos dias favoritos. E dos nossos amigos favoritos.
Quero um box de vidro transparente no banheiro e um espelho que não embace.
Quero uma rede na sala e uma cadeira de balanço na varanda. Definitivamente quero uma varanda.

Deixe-se em paz (Dani)

O Dominic tem essa mania. Qualquer coisinha é um tal de me deixa em paz que dá vontade de pegar a cabeça dele e socar na parede até virar um triângulo. Mas dia vai, dia vem, lá estava eu falando "me deixa em paz" pra qualquer um.
Acordar e colocar minha coleção do Jack Johnson pra tocar. Não é Frank Sinatra e talvez não esteja entre os 1001 cds que vc TEM que ouvir antes de morrer, mas eu quero morrer ouvindo Jack Johnson, você que me desculpe. E me deixe em paz.
A cortina amarela nova faz com que a luz na sala seja sempre de por do sol, mesmo quando não tem sol e só chove. Aí entra a cortina e o Jack Johnson e ok, estou em paz.
Então, não, você não vai simplesmente entrar aqui e bagunçar tudo. Não, não, não. Você não vai tirar o amarelo da minha alma rosada, não não não. Eu já senti essa ansiedadezinha antes e hoje eu sei que ela não é boa, então me deixa em paz.
Eu tenho muitos livros pra ler porque eu quero saber como os japoneses moram. Eu quero todo um ideal de casa perfeita porque eu vou desenhar a minha, então me deixa em paz.
Essa sua ânsia por barulho, essa sua ânsia por festas.. calma, o carnaval tá aí. Antes eu ainda tenho as praias do Espirito Santo pra desfrutar só com a manusca, então me deixa em paz,não quero beber agora, não quero dançar agora, só quero um bom livro e um violão.
E aí, porque você também não dá um tempo e me deixa em paz, e se deixa em paz?

PS: Esse exto não é dirigido pra absolutamente ninguém, antes que alguem se estresse hehe

Chinelos (Dani)

Porque será que eu sempre acabo falando deles???

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Lar Doce Lar (Dani)

Eu estou meio ausente do mundo, eu sei. A galera tá saindo, se vendo, e eu aqui, em casa.
Mas eu assisti O Curioso Caso de Benjamin Button e percebi que existem algumas razões pra eu estar tão quieta aqui no meu canto. Eu demorei muito pra aceitar a casa da minha vó como minha casa. E de repente percebi que isso aconteceu, em algum momento que eu não sei dizer.
Existem algumas razões que tornam minha casinha aconchegante e feliz. Aconchegante porque eu moro com a minha vó, então os almoços (geralmente) são como almoços de domingo, tirando os dias em que minha vó simplesmente some e depois aparece dizendo que foi num passeio na Serra da Cantareira com as brothers. Nesses dias rola um miojo e olhe lá, mais provavel um lanche do bar aqui embaixo.
Feliz porque eu, ela e mnha irmã não temos grandes problemas. O grande drama da minha vó é comprar carne no açougue ou então ir buscar mais tinta pra tecido porque a dela acabou. O grande drama da minha irmã... Acho que nem sei dizer, eu e ela não estamos acostumadas a dramas domésticos.
Aí existe meu quarto feliz. Ali eu tenho a liberdade de fazer qualquer coisa... Pintar paredes, colar cartazes, ouvir minhas músicas a vontade. Música é outra coisa sussa: minha vozinha adora reggae e Beatles, então não existem problemas também...
Mas acho que na verdade não é nada disso... Sei lá, é uma sensação de paz, aqui não tem brigas, nem inveja nem gente me olhando feio. Aqui eu passo qualquer coisa na cara, as pessoas riem e depois me deixam em paz. Eu ando igual uma mendiga e tá tudo bem.
Aqui eu sou aceita como em nenhum outro lugar do mundo. Eu faço ioga no meio da sala e tá tudo bem. Eu viro cambalhota no tapete pra acordar o corpo e ta tudo bem. Eu invento uma dieta saudavel nova e tá tudo bem. Eu passo algumas tardes ouvindo música e escrevendo e tá tudo bem. Parece que é um grande tudo bem que eu não tinha percebido antes... Mas aqui já é minha casa.

PS.: Minha vó arrasa.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

18 dias (Dani)

Comentários perdidos no meio da madrugada me fazem pensar por horas. Olhares trocados no começo da manhã em barracos de 1X1m me fazem chorar em silêncio enquanto passa um rato ali, no canto do córrego, mais dono da casa que a moça, bêbada. Conversar de madrugada enquanto sou abraçada e percebo que o mundo é grande mas eu tenho forças e sou ainda maior, ele na verdade é pequeno. O Chile de repente se torna perto, o mundo se torna meu porto perto de você.
Correr com o sol nascendo, fazer parte daquilo te dá forças pra enfrentar qualquer coisa. Eu não pertenço mais a essa cidade, eu não pertenço mais a esse lugar. Eu quero grandes horizontes pra minha vida, eu quero casas com ruas e não com vielas, eu quero a areia sempre perto de mim e água boa sempre perto de vocês.
Construir duas casas. Construir um novo eu. Que por ser mais egoísta é também mais humano, eu me dôo. Eu quero mais porque eu acredito no mundo. O mundo é simples sim, as coisas tem solução sim e eu não sou uma otimista ingênua. Crie seu cotidiano, por favor. Seja você mesmo em qualquer lugar do mundo, por favor. A gente espera demais de Deus e enquanto fica pedindo não faz nada, fica sentado esperando.
Usar chinelo, eu amo usar chinelo, eu amo estar descalça, mesmo que por causa disso meu pé não seja a coisa mais linda do mundo... Você me acostumou com óculos escuros, eu vejo um mundo meio cobre, meio por do sol. Eu vejo crianças com tanto amor pra dar que te abraçam como se você fosse da família. Eu vejo pessoas que desafiam a morte e ainda ajudam os outros, que se tornam exemplos pra mim sem que elas nem saibam. Ou talvez saibam.
Crises de vida. Todo mundo que cresce precisa passar por elas. Então eu não vou atrapalhar seu momento, eu tambem tenho os meus. Eu respeito. Respeito seu silencio, respeito seus momentos, respeito sua saudade. O tempo que eu tive foi totalmente eu. Eu não choro por isso. Eu respeito sua dificuldade em fazer escolhas e escolher caminhos. Eu respeito porque te amo.
Eu tomo banho de lama com a mesma intensidade que tomo banho de mar. Porque os dois pra mim tem causas muito nobres dentro desse coraçãozinho aqui. Eu penso as vezes, dentro da agua, o quanto seria bom você ali do meu lado me pegando no colo um pouquinho. Não por carencia, mas porque era bom e engraçado...
Eu me orgulho de você ser da minha família. De voce se empenhar tanto, se importar tanto, ser tão integra, eu me orgulho de voce quando voce esta em cima do telhado, assim como eu, lá do outro lado da favela, gritando "manusca". Eu te amo manusca. Eu me orgulho.
Eu me sinto mais viva, mais feliz, mais centrada. Eu me sinto completamente inteira. Em 2009, eu posso dizer que vivi todos os 18 dias como se eles fossem os últimos. E o melhor de tudo é que eu sei que eles foram só os primeiros.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Sábado e Sinatra (Lígia)

Sábado de chuva, almoçando às 5 da tarde sozinha, eu olhei pra prateleira da sala e peguei o CD do Frank Sinatra.
Provavelmente eu deveria estar bebendo vinho e não suco de pêssego, mas muita coisa fez sentido mesmo assim. Eu acho que entendi meu pai quando ele fala que não existe voz como a do Sinatra.
Não existe nada mais romântico do que Frank Sinatra. Romantismo de verdade sabe? Nada de rimas de coração com paixão e amor com dor, romantismo mesmo, simplesmente e absurdamente romântico.
O tipo de romantismo que te faz achar uma tarde cinza e chuvosa uma das coisas mais facilmente apreciáveis. Aquele romantismo que te faz achar a cidade um lugar incrível e a noite um momento maravilhoso. Que faz você se embebedar pela vida, pelo acaso, pelo que te aguarda na próxima esquina.
Romantismo que te faz acreditar que tudo é possível no sentido de que qualquer coisa pode acontecer.
Otimista, ingênua e com ansia de frio na barriga, é como eu me sinto ouvindo Frank Sinatra.


(Não é a toa que Frank Sinatra faz casais mais velhos dançarem no meio da sala de estar!)

domingo, 4 de janeiro de 2009

Estar inteira (Dani)

Se minha alma tivesse uma cor hoje, seria cor de suco de abacaxi com acerola. Daqueles rosas meio amarelados, refrescante e colorido.

Uma liberdade que faz minha alma crescer tanto que de repente eu consigo vê-la quase fora de mim. E isso graças a vocês, graças a vocês. Que me mostram todo dia a vida, que me mostram que tá tudo bem.

Eu sou um ciclone passando por mim mesma.