terça-feira, 30 de junho de 2009

Eu não vou sair daqui (Dani)

Enquanto eu me despia na hora de dormir, percebi que tava tirando também um peso acumulado durante anos. Peça após peça, até perceber que só sobrou aquela pessoa que por se assumir tão frágil criou uma força assustadora. Eu não sei cara, eu não sei fazer. Eu assumo que não sei fazer isso, porque alguém sempre fez por mim.
Eu não sei segurar as pontas, eu não sei ser sempre legal. Porque eu sempre fui tão terrivelmente amada que eu podia estar de mau humor, podia ser mimada, podia dar xilique, podia acordar sem querer falar, podia dormir sozinha, podia dar trimilique dormindo, podia, podia, podia... Eu sempre senti que podia tudo, e isso me estragou.
Não que a culpa tenha sido de alguém. Nem minha, nem de outro. Não é de ninguém, todo mundo era novo e todo mundo tentava ser feliz igual crianças são felizes. Mas de repente eu me pego sem saber nada da vida.
Mas mesmo assim eu tô aqui, cara. E vou segurar as pontas, e vou dar carinho mesmo quando estiver com medo. Eu não vou sair daqui, mesmo quando me der a vontade de sempre de ir embora. Eu não vou fazer minhas malas. Eu não vou fechar a cara. Eu não vou mais dar satisfações. Eu não vou sair daqui.



PS: Brigada chu.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Vou te explicar (Dani)

Eu terminei meu trabalho de história da arquitetura e ele tá animal, e eu consegui fazer uma crítica urbana nele. Eu sou uma garota do urbanismo e ponto, eu quero reconstruir o construído. Eu sou da FAU e as referências brasileiras do Herzog & deMeuron não são novidade. É também porque ontem eu vi no bar meus amigos tocando a música que eles compuseram pra mim,e meu rosto tá na revista, sorrindo por algo que eu acredito. E eu vou passar o fim de semana com ele no frio, e isso já me dá frio desde já. É porque eu almocei com a minha vó quase todos os dias essa semana, e passei duas horas a tarde sem fazer nada com a minha irmã. É porque eu entrei na academia e no segundo dia fui elogiada pelo professor, ninguém aqui corre 3km nesse tempo. E também porque minhas amigas estavam lá, e eu vou ensinar abdominais pra elas. É porque na real eu sei que meus amigos SEMPRE estão lá. E também eu acordei meu pai falando da minha música e ele riu mesmo assim. E descobri o símbolo da tatuagem nova que representa tudo o que eu tenho feito esse ano. E sim, vou ser deixada em paz!!! Aliás, vou ser mantida em paz. E tem sido mais simples simplesmente ir quando o astral abaixa. E tem sido mais simples acordar numa boa, mesmo em final de semestre.
Acho que é meio por aí.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Tribalistas (Dani)

"Vem comemorar, escandalizar, ninguém
Vem me namorar, vou te namorar também
Vamos pra avenida, desfilar a vida, carnavalizar."

Música dos Tribalistas que faz a gente ouvir flutuando... =)

segunda-feira, 15 de junho de 2009

21 anos (Lígia)

Eu nunca tive a pretensão de ser perfeita. E eu acho isso bom. Mas isso deu margem pra, na minha vida toda, eu me desculpar pelos meus erros. “Eu estou aprendendo, eu estou aprendendo”.
Mais vale você olhar hoje pra trás e realmente entender porque errou, ela me diz no telefone. Eu sei disso. Mas de repente eu me pego assumindo todos os erros de uma vida de uma vez só.
E vem uma vontade louca de esclarecer as coisas, de ter integridade e gritar pras pessoas: quero ser decente e honesta e te olhar nos olhos e dizer que errei com você.
E isso me impede de dormir a noite, me impede de simplesmente colocar a cabeça no travesseiro e dormir. Não faz muito tempo, num ônibus que percorreu tantos quilometros eu mentalmente pedi desculpas a todas as pessoas que achava que devesse, mas esse processo de limpeza continua e continua sem parar.
Eu não quero me justificar, pela primeira vez eu não to bolando mil desculpas pra me justificar, pra tentar amenizar meus erros. Pela primeira vez eu quero simplesmente assumir. Eu não quero nunca mais fugir de alguma escolha, ou postura ou atitude que eu tomei ou vou tomar. Nunca mais.
E eu sei que isso é a vida, é perceber coisas ruins em você que você não quer mais, e que na verdade você percebe isso quando o processo já está acontecendo, não é uma decisão tipo “ta amanhã começo a lista”, não.
É como se eu tivesse largando roupas no caminho de santiago, como se eu deixasse tudo pra trás, e ao assumir o meu erro e ao encara-lo eu posso, como sabiamente ela me disse, entender quais motivos me levaram a ele.
E eu olho, cara como eu olho, pra essa garota de 15 anos, pra aquela garota de 16 anos, e mesmo pra aquela de 19 e ta tudo tão longe. Eu não consigo explicar o caminho que eu entrei ano passado, mas é um processo tão longo e tão exaustivo. De olhar pra tudo, de limpar tudo, de desconstruir, de reconstruir, de ficar dentro e dentro e dentro, até a cabeça não agüentar mais.
Eu me sinto dentro do casulo, eu to sempre analisando, analisando antes e analisando o agora. Não é uma fase, é uma crise.
Eu precisava muito daquela cabana dos 21 anos.
Eles é que sabem das coisas.

sábado, 6 de junho de 2009

Manda Aí Brou (Dani)

Dormi umas dez horas hoje. Depois de uma semana onde entraram no mesmo balaio uma conversa foda com meu pai, um ex inconveniente, uma dor de estomago, enjoos e uma enxaqueca terrível, digamos que foram dez horas bem dormidas.
Pronta pra outra. Manda a reforma aí. Manda o projeto aí. Manda aí aquela pesquisa também. E a coordenação da campanha de agosto no teto. Manda aí. E hoje à noite eu ainda vou conseguir escapar e ir ao cinema e depois na pracinha beber, como sempre.
Descobri que é assim mesmo né? Acho que fui promovida e minha vida não explodiu. E nem vai.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Que inferno! (Dani)

Esse blog atingiu proporções estratosféricas.
Sim, porque quem supostamente não deveria nem saber mais meu nome sabe onde eu me encontro, o que eu penso e o que eu escrevo e tem até o direito de me enviar carta resposta.
Que inferno de vida.