sexta-feira, 29 de maio de 2009

Cinedebate MSTC

Dia 28 de maio de 2009, graças ao esforço de toda a equipe da ONG Um Teto Para Meu País, aconteceu um debate sobre os movimentos sociais que lutam por uma política habitacional melhor em São Paulo e no Brasil inteiro.


Convidamos a coordenadora do MSTC (Movimento dos Sem Teto do Centro), Ivanete Araújo, para debater conosco, assim como o urbanista João Sette Whitaker. O debate foi um sucesso do ponto de vista da qualidade, do nível de debate, das questões levantadas e tudo o mais.
A única coisa que me incomodou foi o fato de que, dentro de uma faculdade de arquitetura, apenas umas 50 pessoas tenham aparecido. Não pela organização ou para sucesso da ONG, mas pela tristeza de ver que muita coisa na FAU é levada apenas pro lado teórico.


Um aluno disse muito bem: quando acontece um seminário sobre a revisão do plano diretor, a faculdade aparece em peso, porque é praticamente sua obrigação estar presente. Quando acontecem discussões sobre a reforma da faculdade, todo mundo aparece e mesmo que não acompanhe até o final, mesmo que não vote no fim das contas, gosta de dizer que esteve presente. Estar presente na assembléia é quase motivo de status.


Agora quando nos surge a tão sonhada oportunidade de enfrentarmos um problema através da ação, onde está todo mundo? Fazendo trabalho, estudando pras provas, correndo contra o tempo. Nada contra, eu realmente acho isso importante.
A questão é que ali existiam pessoas que precisam efetivamente do nosso potencial e da nosso conhecimento para mudar alguma coisa na situação urbana que nosso país enfrenta, e nessas horas não havia ninguém presente. A Ivanete nos convidou para conhecer o movimento, ir nas reuniões e confirmou um fato que todo mundo sabe: os estudantes não aparecem, em sua grande maioria.


Fazer política hoje em dia não é erguer uma bandeira e sair por aí gritando e esperando uma revolução. A revolução e a política agora acontecem de outra forma, e muitos ainda agem como se estivessem na ditadura e fossem “rebeldes”. Só querem ser ouvidos, só querem falar. Fazer, não. As chances de mudar a política estão na academia sim, mas também estão nas ruas, nas favelas, nos cortiços, no abandono que a cidade sofre, na humilhação que a classe baixa enfrenta todos os dias ao pegar horas e horas de ônibus e trens porque moram na periferia da periferia.
Todos nós temos potencial pra mudar alguma coisa. Triste ver que poucos vão.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Pra minha pessoa (Dani)

Contra tudo aquilo que machuca os olhos. Contra tudo aquilo que fere a alma. Pra além de todos os problemas, e pra além de todas as tristezas.

Enquanto você estiver do lado de lá, aqui do lado de cá eu consigo me orientar, voce disse pra mim. E de repente seu lado de lá foi longe demais do meu, do conhecido, do planejado. E eu posso me acostumar com muita coisa. Eu já vi muita coisa. Eu já mostrei mais do que qualquer planejado.

Eu aceito qualquer coisa. Menos apatia. E pra combatê-la eu me desespero, eu grito, eu mostro, eu não escondo. Eu grito. E grito. Eu não me canso. Eu não desisto. Você pode não gostar, você pode achar invasivo, mas eu não desisto.

Porque dias como hoje, onde a nossa risada acaba sendo a risada de dezenas de pessoas, mostram que isso é o certo. Num banco de metrô a gente assumiu uma missão ridícula e feliz de mostrar ao mundo o quanto ele precisa ser feliz. Você desfila no metrô vazio as onze da noite e isso é você, e isso somos nós. Nós mostrando ao mundo que ele não é tão cinza, e se é é porque quer. Nós mostrando a liberdade e o amor acima de qualquer coisa.

Portanto, ao ver você voltar a ser você, eu me alivio. Porque de você, chuzinha, eu não desisto.


PS: Ficou meio lésbico, mas ok... hahahaha

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Dúvidas Felizes (Dani)

Já teve dúvidas? Eu tenho um monte delas.
Já ficou feliz por tê-las?
Pois é.

Nivelando pilotis (Lígia)

Me deu vontade de escrever, por ter lido o que eu talvez não deveria. É com certeza eu leria o e-mail se fosse comigo.
Mas sabe eu realmente não sei o que dizer e nem por onde começar, e essa vontade anda comigo já faz uns bons meses, mas eu olho pro papel e nada, não sei nada. Que coisa louca.
Não tenho idéia do que isso significa, vontade de por pra fora o que nem está dentro, ou está e ele é apenas amorfo, incolor, inodor e também não tem nome.
Acho que é o suspiro eterno que eu sempre senti, eu só ocupava ele com outros nomes. Eu tentei dar tantos nomes a ele, nomes de fases, de lugares, de saudades, de meninos, de comidas, de músicas, de felicidades, de trabalhos, de tristezas, de momentos e até de pobreza e de força de vontade.
Mas a verdade é que isso tá aqui dentro e não lá fora, então essa coisa que se expande e toma o meu peito por completo sou eu mesma.
É toda essa vida que tenta habitar 1,68m, é todo esse jogo de luz e escuridão, todas essas infinitas cores que flutuam dentro de mim.
Eu não faço a menor idéia do que isso quer dizer, mas é incrivelmente aliviante perceber que essa sensação não vai embora, (mesmo que às vezes ela me sufoque e me deixei um pouco ansiosa) ela não vem de um carregamento externo, ela é um esforço interno, ela sou eu, e não uma resposta ao que está acontecendo na minha vida.
E assim ela me incomoda menos, porque ela não é mais um termômetro pra me dizer que algo está ruim, ela é só esse coração que teima em querer explodir e fazer transbordar todo o suspiro, mesmo eu nem sabendo o que raios isso é.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Domingo (Dani)

É aquela covinha que forma mais do lado esquerdo que do direto. Ou o carinho na planta do meu pé enquanto eu usava sapatilhas. A chave do carro dentro da minha bolsa, junto com a caixa de fósforos. O vento que fazia enquanto eu olhava são paulo do alto. O aconchego de assistir um filme sem precisar desgrudar os olhos da tela. O sorriso envergonhado que ainda me dá ao pensar em como um domingo pode ter tanta cara de sábado.

domingo, 10 de maio de 2009

=) (Dani)

Hello, again.
It seems like forever between now and then.
You look the same. I mean, you look different but you haven't changed.
Funny, to think how the time gets away.
Funny, how you take me right back again.
Stole me away...The first time I saw you you did me that way.
What should I say?I saw you laughing, when I was afraid I might get in the way.
I did not think I would see you again, so how have you been?
Do you remember, I mean everything?
Saw you there dancing, when I was afraid I might get in the way.
I did not think I would see you again.
Funny, to think how the time gets away.
Funny, how you take me right back again.
Funny, the feeling when forever ends.
Stole me away.
First time I saw you you did me that way,What should I say?
Saw you there dancing, when I was afraid I might get in the way.
I never thought I would see you again, how have you been?
Watchin' the years as they trickle away? it's everything how time gets away.
Funny, how you take me right back again.
Steal me away...
Like the first time I saw you, you do me that way.
What should I say?
I see you there standing, and I am afraid I might get in the way.
I never thought I would see you again, how have you been?
Do you remember, I mean everything?
You steal me away, like the first time I saw you you do me that way
What can I say?
I see you standing, when I am afraid I might get in your way.

"Stolen Away on 55th & 3rd" Dave Matthews Band

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Guarda, guarda, guarda (Dani)

Manda a tradição vc nunca mais olhar pra nada daquilo. Jogue fora se for melhor. Mas não. Eu ainda tenho o video, eu ainda tenho o email, eu ainda tenho as fotos. Guardo tudo em caixinhas, guardo o meu nome na caixinha de guardar brinco que eu só usei uma vez. Guardo, guardo, guardo.
Porque as vezes eu preciso lembrar. E quando quero lembrar não preciso ficar infernizando os outros com telefonemas inconvenientes. Sua namorada não gostava de mim, o outro me fazia rir porque eu dou apelidos ridículos que demonstram todo o carinho do mundo.

Amar e conhecer talvez eu não saiba mais o que é. E ninguém saiba de mim. Eu mudei de perfume, eu mudei de cabelo, eu mudei até de atitude, olha só. Emails as tres da manha. Limões. Coisas assim. Eu devo cerveja desde sempre. E sempre mais. Me deixa por um nome no monstrinho?
Guarda, guarda, guarda. Porque eu achei que nunca mais ia te ver. Porque eu senti sua falta do outro lado do oceano. Tudo a seu tempo. E nada mais é meu. Ou começa a ser meu, finalmente. Guarda, guarda, guarda.