sábado, 17 de janeiro de 2009

Sábado e Sinatra (Lígia)

Sábado de chuva, almoçando às 5 da tarde sozinha, eu olhei pra prateleira da sala e peguei o CD do Frank Sinatra.
Provavelmente eu deveria estar bebendo vinho e não suco de pêssego, mas muita coisa fez sentido mesmo assim. Eu acho que entendi meu pai quando ele fala que não existe voz como a do Sinatra.
Não existe nada mais romântico do que Frank Sinatra. Romantismo de verdade sabe? Nada de rimas de coração com paixão e amor com dor, romantismo mesmo, simplesmente e absurdamente romântico.
O tipo de romantismo que te faz achar uma tarde cinza e chuvosa uma das coisas mais facilmente apreciáveis. Aquele romantismo que te faz achar a cidade um lugar incrível e a noite um momento maravilhoso. Que faz você se embebedar pela vida, pelo acaso, pelo que te aguarda na próxima esquina.
Romantismo que te faz acreditar que tudo é possível no sentido de que qualquer coisa pode acontecer.
Otimista, ingênua e com ansia de frio na barriga, é como eu me sinto ouvindo Frank Sinatra.


(Não é a toa que Frank Sinatra faz casais mais velhos dançarem no meio da sala de estar!)

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