terça-feira, 30 de dezembro de 2008

"A busca pelo adolescente levado pela enxurrada continua" (Lígia)

Olhe pra você, meu bem
Você se acorrenta na grande tristeza da humanidade
Sufocado por motivações egoístas e mesquinhas
Tão acorrentado em si mesmo, meu bem.

A corrente te segura em um pulso
E o outro lado te prende o tornozelo
Nada te segura senão você
Acorde, por favor, apenas acorde.



Pessoas reias, conversas reais, momentos reais, sentimentos reais. É tudo que eu quero de 2009.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

E mais listas! (Dani)

2008 foi o ano de:
Temaki
Descobrir a arquitetura
Redescobrir o urbanismo
Led Zeppelin (antes tarde do que nunca)
Trabalhar
Foo Fighters
Dave Matthews
Jimi Hendrix
PS I Love You
Comer rezar amar
Equador
Um teto para o meu país
Florianópolis
Argentina
Chile
Bolívia
Deserto
Música ao vivo
Deixar ir embora
Ubatuba
Itanhaém
Iniciação Científica
Ser aleatória
Amor Fati
Tatoo nova (Uhu)
Malu
Pontos finais
Atlética
Nietzsche
Starbucks
Manacá
Cepê

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

E lá vem listas! (Dani)

Tá, fim de ano não é fim de ano sem listas e mais listas. Vamos a elas:



A maior conquista de 2008: aprender a ficar sozinha.
Meta para 2009:
me preocupar menos.

  • Eu quero cuidar mais do corpo. Voltar a malhar, não me esquecer porque chegou a época de provas.
  • Continuar desenhando. Mesmo que eu tenha vergonha e ninguém nunca veja.

  • Ir pra praia uma vez pr mês, pelo menos.

  • Juntar dinheiro. Não posso vacilar pro meu intercâmbio.

  • Sair pra fotografar. Isso realmente me anima.

  • Dançar, dançar, dançar.

  • Assinar uma revista boa de arquitetura. Falar mais sobre isso, sem a pressão da nota de projeto.

  • Fazer da ioga um hábito, não um hobbie de férias.

  • Participar mais da vidinha cuti-cuti da Malu. Desde que ela chorou por minha causa porque não me viu indo pro provador, tudo mudou entre nós!

Eu estou feliz porque:
  • Me afastei de tudo que fazia mal.

  • Me afastei de todos a quem eu fazia mal.

  • Superei finalmente uma história difícil. (ou quatro)

  • Me senti amada, respeitada e querida.

  • Deixei meu cabelo crescer.

  • Trabalhei de verdade.

  • Saí do previsível muitas vezes.

  • Conheci o deserto, num mochilão.

  • Trabalhei em outra cidade, meio que de mentirinha.

  • Entrei na água de madrugada, de roupa, depois de trabalhar até as 3 da manhã.

  • Fiz alguns amigos que eu sei que são pra vida toda.

  • Fui de pijama pra praia.

Ainda não é verão (Dani)


Uma da manhã, terça antes de Natal. Aqui to eu, de pijaminha, dente inflamado e chazinho de flores silvestres, sem nada pra fazer! Então aqui vamos nós!

Tá passando Simpsons na tv mas já assisti esse episódio... Cadê o sol? Cadê o verão??? Foi a pergunta que me fiz o dia todo... Ontem peguei aquela tempestade absurda que caiu sobre São Paulo e a única coisa boa foi ter passado a tarde com a minha irmã! Mas foi muito azar reunido, nada do que a gente fez deu certo!!! Mas tudo bem, pra mim foi legal do mesmo jeito!

Resolvi fazer duas tatuagens novas antes de ir viajar (Floripa!!!). Uma é o símbolo da simplicidade do I-Ching (ou me xingue, como diz o Rafa). A outra é o símbolo do mantra Om.

Resolvi, junto com a minha chubinha, tatuar o símbolo da simplicidade porque já vivenciei como viver (tá, ficou estranho, mas ok) a vida de um modo simples é sensacional. Quando eu e ela estávamos em Floripa (sempre ela), dois anos atrás, aconteceram coisas, conhecemos pessoas e vivemos de uma forma que mostrou que algo aqui está errado. Essa pressa, esse eterno reclamar de todo mundo, a falta de tempo e de sorrisos, a pressão por ser perfeito e independente, tudo vindo junto de uma forma ruim... Calma lá! Pára tudo! Mas é difícil parar o trem quando você nem sabe que tá dentro dele. Semana que vem eu tô indo pra lá de novo, e já sei que vou encontrar aquela explosão de vida que é esse amigo australiano queridíssimo, e já sei também que toda a sensação boa de "vamos alugar um trailer e viver a vida" vai voltar. Tem pessoas que são assim, te fazem querer ser hippie hehehe. Eu só quero descobrir um jeito de ser hippie sendo arquiteta, paulistana, uspiana, filha, neta e irmã.

A outra tatuagem é por causa de um fato estranho que me aconteceu semana passada... Um dia, sem mais nem menos, comecei a fazer ioga as tres da manhã. Eu sou assim mesmo, noturna... Mas a questão é que a sequência termina sempre com a meditação, e convenhamos que esse é um ótimo horario para meditar. Calmo, tranquilo, silencioso... Sei lá, num determinado momento eu simplesmente senti que o mundo não era feito pra tantas preocupações, pra tanto problema, pra tanto estresse que a gente mesmo poe na cabeça. Calma, é só viver, é só deixar levar. Escrevendo e falando pras pessoas não faz muito sentido e parece que perde a força, mas foi uma certeza tão absoluta que eu não quero perder isso. Não que eu tenha vivido uma "revelação", uma "cura", uma "visão de deus", nada disso. Só sei que por um momento eu tive certeza que não adianta sofrer tanto por tudo... É, não consigo explicar. Foi só uma paz absurda, uma certeza que tudo acaba bem no final e uma vontade de rir de tanto que eu me preocupei com as coisas esses últimos meses!!!

Continuando minhas férias, hoje comprei a Magali pra minha irmãzinha, a Malu. Gente, que delícia comprar brinquedo pra criança... É meio estranho, confesso, porque eu ainda entro na loja e tenho vontade de levar umas Barbies, ou o Bart novo (quase levei), ou o novo War. Mas é uma sensação boa sair da loja com aquela caixa grandona embrulhada pra Natal e mesmo que ela ainda não entenda muito, quero que ela saiba que Natal=legal! Criança merece isso.

Pintei o cabelo, caso alguém ainda não saiba... To morena (mais)!!! Tava em dúvida quando um amigo falou: você faz arquitetura, pode mudar qualquer coisa! haha Achei engraçado, saí, comprei a tinta e pintei! Foi delícia, libertador. Incrível o poder que eu tenho de me libertar com pouco...

A Kat disse uma vez que só gostava de chá de flores silvestres quando era criança, porque eles eram coloridos. Agora não gosta mais. Eu sou o contrário. Quando eu era criança, morava no interior e só tomava chá de camomila ou de erva cidreira, que tinha no quintal de casa. Delícia. Aí só agora descobri os chás coloridos e me divirto com eles, tô na terceira xícara. Mas na hora da doença, ainda apelo pra hortinha da vovó!

Comprei um monte de coisas de praia já! Calça nova, biquíni novo, protetor solar, saída de praia! Só falta comprar a passagem, coisa que vou fazer amanha de manhã... Já dá uma vontade da semana passar mais rápido!


Hoje foi um post/diário! hahaha Bom, acho melhor ir pros Simpsons... Beijo!!! E Feliz Natal!!!!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Nos cadernos perdidos da Fau (Dani)

Eu reli tudo que já escrvei, todas as cartas que já fiz e não mandei, todas as músicas que ouvi centenas de vezes. Recolhi todas as lágrimas que derrubei no travesseiro e no banheiro. Refiz minha maquiagem, procurando meus olhos inchados. E sorri me olhando no espelho.
Sentei na cama decidida, ia chorar. Sentei. Esperei, até me esforcei um pouco, mas não consegui. Levantei e fiquei parada, olhando pra parede, sem saber se saía do quarto ou ficava lá. Olhei com um desespero contido pra minha cômoda e não sabia se meu pedido ainda fazia sentido. Eu nem sei mais tudo o que pedi.
Escondi meus olhos atrás dos óculos e sorri pro cobrador do ônibus. Hoje eu saí de cabelo preso e sem batom. Hoje eu não tenho o que pedir.
Voltei e dormi e meu telefone tocou e tudo fez mais sentido. Voltei pra casa e não queria mais dormir, é só mais uma noite, já vai passar.
Eu já me enchi, já me transbordei e cada vez que eu pensei esvaziar eu só fazia transbordar mais. E todas as noites de repente fizeram sentido de novo, mas eu tive que voltar e não pude dormir, e quando eu vi já tinha jantado nos mesmos lugares de sempre e visto as mesmas pessoas de sempre.
Um dia eu vi o mundo de cima e as pessoas não eram as de sempre e eu não estava mais sozinha. Eu sorria pro mundo e o preço que ele cobrou foi muito baixo. Eu não me importo de entrar no ônibus errado e descer, eu só quero chegar salva em casa, eu sempre chego salva mas acho que nunca chego sã.
Eu fui sincera como poucas vezesfui e como poucas pessoas são. E perdi o medo de tomar tapa, ninguém tem absolutamente nada a perder. Eu perdi o medo de quase tudo, a chance é sempre um pra seis bilhões, eu já expliquei isso. Mas eu ainda tenho medo de falar tchau. E não tenho mais medo de falar oi. Oooooi, vida. Eu te escalo até ver a vista mais bonita que eu posso ver.
Say goodbye, diz a música. Talvez seja isso.


PS: Escrevi isso sabe Deus quando. Se não faz sentido pra vc, acredite, não faz mto pra mim tb. Mas tá aí mesmo assim.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Estar ali (Dani)

Ontem foi um dia muito mais aleatório do que eu imaginei. Quando eu achei que o combo do post anterior já era suficiente, me vem uma baladinha pra comemorar o final do semestre com a galera. Ok, vamos lá. Eu estava a fim mesmo de sair, beber umas cervejas, dar risada e ver gente. Coloquei meu casaquinho vermelho e meu all star verde, afinal era uma breja na paulista, nada demais. Ok.
Delícia. Meus amigos lá, não todos, mas o suficiente pra mesa ficar gostosa e você trocar, finalmente, uma idéia sem a neura da faculdade. Férias! Finalizando bem o primeiro dia! Vamos pra uma balada na Augusta? Vamos. E aí sim a coisa começou a ser aleatooooria.
Eu acho a rua Augusta uma das ruas mais fascinantes de São Paulo. Tem uma vida, uma diversidade, uma sensualidade que eu não consigo ver em outros lugares. Mas eu não costumo sair muito lá, e ontem fui. Uma balada meio aleatoria, nao. A balada mais aleatoria de todos os tempos. Mas como eu não conhecia absolutamente ninguém além dos meus amigos que já conheço há anos, tudo bem. Dancei que nem uma louca, levantei os braços, exorcizei todos os demoninhos que ficavam enchendo o saco aqui.
E tinha uma moça que me deu uma lição ontem. Era uma moça muito bonita, que tava pegando outra não tão bonita. Mas não é isso que importa, afinal de contas cada um pega quem quiser. A questão é que a moça tinha uma coisa que, durante minhas conversas com Deus, eu pedi muito essa semana. Ela estava ali. de fato. De corpo e alma. Eu achei isso tão bonito, mas tãaaao bonito, que pedi de novo a Deus pra estar sempre ali, seja onde eu estivesse.
Não, eu não curto mulher, mas olhei muito tempo pra ela. Queria ver de onde vinha tanta presença. Do dread solitário que ela usava? Não. Do terceiro olho? Não. Mas ela era mais mulher que qualquer uma ali, isso com certeza. Dançava sozinha ou com os amigos, tanto fazia pra ela. Uma puta presença. Talvez eu não saiba nunca dizer de onde vinha, mas tanto faz.
Estar presente é talvez a coisa mais difícil do mundo. Estar sempre presente, estar sempre ali... E é maravilhoso! É bonito, é verdadeiro, e é minha meta de Ano-Novo!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Minha bolsa de vaquinha (Dani)

Quinta eu comprei minha bolsa de vaquinha. Brega. Ela é brega, eu juro que sei. E outra, eu não compro bolsas de vaquinhas, de sapinhos, de qualquer bicho dito fofinho por aí. Mas não sei, olhei pra ela e me apaixonei. Linda! Minha bolsa é linda! Eu fico feliz de colocá-la no ombro e sair, hehe. Sem contar que ela é grande, eu tenho motivo e justificativa o suficiente pra por meu mundo ali e não ter problemas.
Isso não quer dizer que eu tenha abandonado minha mochila. Não, não. Eu uso mochila desde os cinco anos! Seria uma traição absurda, e eu também não combino com aquelas bolsas bonitonas de couro, acho. É um jeito de lembrar que sim, até o presente momento eu gosto de jeans, all star e mochila.
Quinta eu também assisti Vicky Cristina Barcelona. Tá. Clichê. E se fosse pra ver filme clichê eu não assistia Woody Allen. Quem sou eu pra dizer, mas quer filmar em Barcelona? Chama o Almodovar pra te ajudar. Quer tirar o melhor de Penelope Cruz? Chama o Almodovar de novo. Mostrar o parque Guell? Blá. Mostrar a Sagrada Família? Blá. Essa suposta latinidade mal feita me irrita. A única coisa que o filme me deixou, e obrigada, foi a vontade de sair fotografando e desenhando.
E siiiiim, eu estou de férias!!!! Então pego minha bolsa de vaquinha/mochila e saio fotografando e desenhando!!! Ainda vou mostrar aqui, aguardem! Produção de férias! Que delícia... Eu precisava desse momento, dessa falta total de compromisso, de almoçar sushi com meu pai e vovó e depois dormir a tarde toda. Acordar e ir desenhar. Obrigada Deus.
Aliás, voltei a meditar. Existe um método muito engraçado que eu descobri ontem. Sente-se e sorria. Só isso. Concentre-se na sua respiração e no seu sorriso. Sorria até com seu fígado. É verdade! Já me dá vontade de rir só de lembrar dela. Atraia o melhor do mundo sorrindo.
Meu cabelo ta enrolando. Aliás, eu tô fazendo um esforço pra isso. Durmo de trança, só pra tirar essa cara lambida que tá me irritando. Caaaalma, escova progressiva ainda é um bem para a humanidade, mas sei lá, cansa. Eu gosto de cabelo meio bagunçado, aí ela não colabora muito. Mas ela colabora no cabelo não-totalmente-bagunçado-coitada-de-você.
Esse post tá aleatório! É que hoje, meu primeiro dia de férias, tá aleatório mesmo! Eu quero juntar coisas diferentes pra por na minha redação de férias. Eu me permiti ficar triste até ontem, então hoje é o dia de ser aleatoria pra amanha ser feliz de novo!!! Feliz e aleatória.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Foda-se (Dani)

Foda-se tudo. Que o mundo exploda e acabe. Podia ser muito engraçado... O mundo explodir dentro de si mesmo e acabou. É isso. That's all, folks. Eu queria ter a quase maturidade da minha irmã que simplesmente atende o telefone e fala: tenho que desligar. Pronto, acabou. Sem dramas pra você hoje. Mas não. Eu sou daquelas que deita na cama e chora até dormir. Porque? Porque eu não sou lady o suficiente pra falar "acabou" e vou curtir alguma balada chata onde eu termino a noite com cheiro de cigarro? Porque?
E mais uma vez eu sou obrigada a "erguer a cabeça e ir viver a vida". Porra de coisa chata. Não quero fazer nada, não quero falar com ninguém sobre a maravilha que é viver e ter 22 anos. Foda-se tudo mesmo. Eu espero espero e espero pra saber que esperei a toa e que não adiantou nada. Então ok, que o mundo siga nesse girinho sem graça e sem cor e com todas essas mentiras e joguinhos toscos que ele tá acostumado a ter, girando. Que gire eternamente esse giro cinza, eu tô fora e quero que se foda tudo.
As férias não chegam mas ok, não ligo mais. É pra fazer esse trabalhinho meia boca onde eu não concordo com nada mas ainda não tenho moral pra discutir com professor? Ok, vamos fazer. Só quero sair de férias e ir tomar sol ouvindo Manacá sem ninguém me encher o saco.
E eu não vou mais correr atrás de ninguém. Porque eu gosto e gostar só me faz ter que pensar demais e eu não sigo mais essas historinhas que já sei o final. Eu vi um filme que me fez sentir solidão e nele o cara dizia que não tinha nascido pra viver qualquer coisa, que ele sentia e sabia que podia viver coisas extraordinarias. I can hold it, ele disse. E eu sinto a mesma coisa, então não tomo nenhuma atitude simplesmente ordinária só pra dizer que tomei alguma decisão. Eu choro e esperneio e canto até o Rento Russo ficar puto comigo seja lá onde estiver e aí pelo menos meu quarto tá limpo e eu posso ir dormir.
E eu beberia muito se isso adiantasse alguma coisa mas tô com preguiça até de beber. Foda-se os bebados e aqueles que saem cantando do bar, foda-se todo mundo. Mundo chato da porra. E eu poderia ir e xavecar todos os caras da minha agenda mas que preguiça de todos eles. Como pode tanta gente me parecer tão desinteressante? O mundo tá desinteressante hoje porque eu chorei e eu não gosto desse choro que não acaba. Qualquer frase, qualquer musica, qualquer duas batucadas na mesa faz meu choro continuar. Odeio esse choro com gosto de nada. E odeio que todos os caras que até ontem me pareciam tão interessantes e viajados e divertidos hoje me parecem simplesmente sem graça. Todos eles. Todos os homens, foda-se todos eles.
Tomara que isso tudo seja uma tpm chatinha que chega e que vai. Tomara que tudo entre nos eixos no final dessa semana. Férias finalmente. Mas até sexta, que se foda o mundo.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Só algumas palavras (Lígia)

Toda essa história que aconteceu com você me fez parar pra pensar.
Eu gostaria de conversar com você, eu gostaria que você ouvisse certas bandas e de que assistisse certos filmes, eu gostaria de saber como você está.
Essa minha mania de querer saber sobre as pessoas.
Na verdade eu nunca soube, a gente nunca foi de muitas palavras, eu não sei se você sabia, mas de alguma maneira eu achava que você também sentia que eu te entendia.
Essa minha mania de tentar entender o ser humano.
Fazendo um balanço agora eu consegui perceber que você não me fez mal, como pôde parecer. Você viveu comigo e me ajudou a enxergar um lado muito forte meu. Foi como se com você eu tivesse liberado completamente um bicho, uma besta que vive dentro de mim. Eu conheci o meu limite, toda a escuridão da minha alma, e você sabe que eu não acho isso ruim, eu sempre lidei bem com a minha escuridão que eu sei que não é pequena.
Mas conhecendo toda a minha escuridão eu pude conhecer toda a minha luz, e acho que só depois que eu libertei completamente minha besta, eu pude finalmente controlá-la melhor, e lidar bem com ela de fato, não mais a reprimindo.
Foi só passando por isso, me perdendo num caos de questionamentos e impulsos que eu me equilibrei, que eu soube lidar com todo esse mundo que existe dentro de mim.
A gente tem essa mania de achar que são as coisas boas que nos fazem melhorar. Mas eu só pude realmente enxergar e viver essas coisas boas porque eu já estava nessa sintonia.
É engraçado, acho que você nunca vai saber nada disso, mas lá no fundo eu gosto de pensar que a gente sempre se entendeu, mesmo sem muitas palavras, e que de alguma forma, isso te pertence um pouco também.
Obrigada.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Vontades (Dani)

Vontade de soltar um grito e sair correndo. Voltar correndo de volta à vida, isso que eu quis dizer. Segunda-feira vou correr, finalmente. E cuidar de mim, finalmente. Uma alegria absurda, finalmente. Uma calma inspiradora, finalmente. Um sorriso bobo, finalmente.
Vontade de ir malhar. Eu sou assim mesmo. Vontade de levantar cedo e ir malhar no Ibira com alguma amiga. Ou vontade de ir pro Cepe na hora do almoço, o Cepe é o melhor lugar da USP. Minhas pernas doem, mas ok. O meu braço dói, mas ok.
Vontade de ficar abraçada. Não me olha não, porque eu falo que é vergonha mas no fundo é medo de gostar. Porque se eu gostar gostei, não há mais nada que eu possa fazer depois. Então não me olha assim não. Não ri da minha cara desse jeito porque eu posso rir junto e não querer parar de rir depois.
Vontade de ir viajar com eles. Aqueles que nunca me julgam, aqueles que me entendem. De programar o ônibus e já ficar feliz só de pensar nas quatro horas de viagem rindo igual criança. De pensar em como eu finalmente me achei no meio de tanta gente diferente. Me achei quando achei vocês.
Vontade de ver filme que tá aqui na mochila. Mas eu tenho sono demais, eu não ia conseguir. Eu não ando conseguindo ver filmes, durmo sempre no meio de todos. Eu não era assim.
Vontade de ganhar cafuné. E quando eu ganho eu até fotografo o momento. Eu não dei nada em troca, eu não pedi o cafuné. Mas continua que tá bom. Beijo na testa é igual beijo no olho, então fecha os olhos e dorme aqui.
Vontade de ir numa piscina. Faz sol, por favor, minha carteirinha ainda vale. Eu passaria tardes na piscina, e passaria algumas tardes vendo jogo também. Meu domingo foi mais feliz assistindo o jogo de gente humilde.
Eu fico falando de tantas vontades porque no fundo eu estou é com medo de estar tão feliz assim, sem vontade nenhuma.

domingo, 16 de novembro de 2008

Mais que o Equador (Dani)

Mais do que uma festa, foi a concretização de uma meta, foi ver seu esforço servindo pra alguma coisa. Mais que servir cervejas a 1,00 real, mais que dormir no chão da FAU pra limpar tudo pro outro dia. Não é sobre carregar mesas ou sobre escolher uma playlist no happy hour. Não é só sobre linhas de produção de caipirinha, nem sobre matar aula pra organizar as coisas e fazer reunião. Não é tão simples e não é tão fútil assim.
É sobre aquilo que costumamos chamar comprometimento. Foi"só" uma festa? Não, foi bem mais. Foi desenvolver um espírito de equipe tão difícil de ser encontrado em certos lugares como a FAU. Foi encontrar pessoas que se importam em terminar uma coisa que começaram, e que se importam muito em fazer o melhor possível. Valeu galera, a festa foi animal e pra mim é a comemoração de uma quase formatura, o último ano em que a turma 59 ainda está razoavelmente junta na FAU nossa de todo dia.

E é isso! A festa pela qual nós juntamos dinheiro por dois anos e meio foi-se! Esperamos que as pessoas tenham gostado, esperamos que as pessoas tenham se divertido e bebido horrores e que dentro do possível a gente tenha agradado vocês, queridos fauanos!!!

domingo, 9 de novembro de 2008

Sobre mais um domingo à tarde (Dani)

Eu sei, projeto, projeto, projeto.. Saco. Nada pior que a obrigação da entrega, quando você não aguenta mais ver aquele programinha chato onde linhas coloridas parecem mesmo a salvação de um mundo todo preto. Ninguém merece trabalhar horas num fundo todo preto. Mas pensa nem, se fosse branco seria pior, ninguém saberia a diferença entre amarelo 1 e amarelo 2.
Domingão à tarde. Na tv, o jogo de sempre. Minha vó assistindo, meu pai deve estar também, mas nem é o time dele que tá jogando. E eu, que não dou a mínima, acabo dando umas espiadinhas como quem não quer nada. Só pra saber o resultado e imaginar as reações, mulher é estúpida mesmo. Só mulher acorda mais cedo pra se arrumar. Só mulher faz hora extra num dia pra poder sair mais cedo e tomar sorvete no outro. Sim, eu faço horas extras. Ridícula. E eu dou umas espiadinhas pro time que mais odeio.
Ontem eu tava disposta a fazer minhas malinhas. Depois do senhor-sem-tempo, acho que nunca contei a história dele, estava decidida a fazer minhas malinhas o mais rápido possível. Não se engane, Daniele, não se engane. Esse é meu lema ao longo do ano, e tem dado muito certo. Saí de todas as minhas relações falidas, coloquei todo meu orgulho e dignidade nos seus respectivos lugares, aprendi a ficar sozinha. Tudo ao mantra do "não se engane, Daniele." Um bom mantra. E aí achei que fosse o momento de fazer a trouxinha e seguir a vida. Porque se não for pra ser bom, que não seja. E vai doer se não for bom, e tem sido bom até então. Mas não se engane.
A ânsia de não se engane é tão forte que eu quase corro. Correr assim não alivia nada, não tira a tensão, mas sei lá, talvez ajude. Mas na hora de sair correndo eu falei tantos não sei, sei lá, que percebi que talvez não fosse a hora de ir assim. Já que tô aqui, pago mais uma diária, não custa muito. Conhecer vinte pessoas legais numa noite não aliviou a bagunça da outra, então calma, não vamos embora ainda. Não sou mais tapadora de buracos.
Preguiça... Eu queria passar a tarde dormindo, porque eu sinto tanto sono? Preciso da dieta revitalizante da Chuba. Talvez seja isso. Tudo uma grande preguiça. Mas esse cansaço disfarçado ajudou no dia que eu tava lá na farmácia. Como toda mulher que se preze, no dia do salário eu resolvi que merecia um presentinho antes de ir ao banco depositar todo o fruto da minha não-preguiça. E comprei uns cremes, ok. Mas percebi que todos os cremes que eu tava procurando eram os revitalizantes. Calma lá, eu tenho 22 anos! Alguma coisa tá errada, não se engane.
Nada de bom na TV, pra variar. Domingão é assim mesmo... só o jogo... E eu torcendo pra que um dia tenha um símbolo desenhado no meu tênis...mas ontem eu assisti Amélie Poulan... eu preciso muito daquela carona na bicicleta, daquele beijo no olho e daquele verde que têm um filtro que "deixa as cores gordinhas". A Carol que me explicou. Preciso sim, e tomara que não seja todo mundo que lê isso porque as pessoas tendem a sair correndo quando leêm essas coisas. Assim como eu saio correndo com mais frequência agora. E aí se todo mundo ler isso eu vou me ferrar porque eu vou ficar sozinha precisando do beijo no olho. Mas eu ando descobrindo que no fundo no fundo todo mundo quer beijo no olho, beijo na nuca, beijo na trave...você também precisa dessa carona na bicicleta, não se engane.

Eu estou falando de almas gêmeas, entende? (Lígia)

Você falou tudo, tudo que eu queria ouvir: "Somos parceiros".
Eu adoro essa sensação de que somos nós dois contra o mundo, contra todo mundo que não acredita em viver com liberdade e com amor verdadeiro, viver a vida na sua essência, sem olhos fechado, sem comodismos, sem medo de levar o golpe.
Nós contra todos que vivem a vida pelas beiradas, que não comem tudo, que não sentem tudo, que não se jogam, que não mergulham e não levam o golpe por medo de se machucar. Contra todos que tem medo.
Nós contra todos que se fecham em seus mundos e não olham pros lados, contra todos que não tem curiosidade, que não tem interesse em mundos diferentes. Contra todos que tem noções distorcidas do belo, do amor e da verdade.
Nós contra todos que não se deixam ser tocados no fundo, na ferida. Contra todos que não gritam o coração até o pulmão doer, que não deixam a alma transparecer, que guiam seus pés atrás de números e segurança, e não de palpitações e respostas.

Sou eu e você, contra todos que tem medo da vida e de viver plenamente.




E eu simplesmente amo o fato de ler e reler esse texto e ele servir absolutamente pro Luís e pra Dani.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Duas Horas (Dani)

Eu estou há duas horas apertando essa bolinha de fazer massagem... se ela acalma não sei, mas há longas duas horas eu aperto e aperto como se enquanto eu não destruísse não fosse o suficiente. É esse autocad que não me deixa mais em paz, eu pensei. É essa nova mania de pensar o dia todo em trabalho, pensei também. Preciso de férias, ainda deu tempo de pensar.
Mas eu quero tirar férias justamente pra trabalhar mais... Não, não é esse o problema. Talvez o grande problema seja minha falta de tempo pra correr, talvez isso me angustie desse jeito. Porque na hora que eu tava assistindo novela e ela falou a palavra angustia, não fez sentido nenhum. E talvez ainda não faça. Mas eu apertei essa bolinha por mais de duas horas e talvez isso tenha me angustiado um pouco.
Não deixa a decepção tomar conta de mim e de você, mundo. O mundo tá tão bom não-decepcionante, muda isso não...
Também odeio esses textos feitos pra ninguém, onde só quem escreveu entende. Mas não sei, não sei... Eu fui até a cozinha comer danoninho porque talvez assim eu me esconda um pouquinho mais, não quero mostrar a cara na janela agora a noite. Porque eu me permiti dormir num onibus desconhecido e ainda bem que a mal-humorada levantou com seu mal-humor e me acordou bem no ponto que eu tinha que descer.
Porque eu me senti quase agredida simplesmente por atender o telefone e não estar em casa. "Eu tenho mais o que fazer". Todo mundo tem... Não precisa bater nos outros por causa disso. Mas cansei de argumentar. Porque meus argumentos muitas vezes são recebidos com facas e pedras então é melhor ficar quieta sem me mexer nem dar um pio. "Stay quiet, stay near, stay close, they can't hear..."
Não mundo, eu não nasci pra te provocar. Eu sinto muitas e muitas vezes que as pessoas procuram uma segunda intenção em tudo o que eu faço! Eu não escrevo aqui querendo atingir A ou B. Eu não trabalho pra jogar na cara de alguém. Eu não passo horas na biblioteca provando que leio. A grande verdade é que eu sou egocêntrica e o mundo não tá nem aí pra mim. Mas se tiver alguém me espiando, saiba que eu não tô fazendo pose pra você.
Mas ainda assim minha vida é um seriado onde todos já assistiram Friends e eu não. Pelo menos larguei a bolinha e posso ir dormir.
P.S.:Merda. Parei pra ler o post e lá estava ela na minha mão de novo.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Reflexões aleatórias e sentimentos bobos (Dani)

Não tenho um texto hoje, não parei e sentei com meu caderno ou minhas folhas de sulfite, como eu faço sempre... Só ouvi música, e agora sentei aqui e desandei a pensar, então não repara não.
Eu não sei, porque as pessoas se escondem tanto? Porque sentir é tão feio? Sim, eu acho legal ser a mulher independente, mas tem gente que acha legal pegar e não se apegar... Mas não acho legal de verdade. Legal de verdade é achar alguém pra dividir a vida, alguém que você admire de verdade, que tenha um sorrisão no rosto de ver chegando lá de longe. E pra que fingir isso?
Admirar alguém é tão difícil. E de repente eu conheci pessoas admiráveis, que me mostraram: não, não está tudo perdido! O mundo tem salvação. Os homens não precisam ser boçais preocupados com seus músculos e as mulheres não precisam ser boçais preocupadas com suas bundas. Não é a sua bunda que faz alguém se apaixonar!
Como diz a Carol, minha amiga linda, sendo assim o máximo que a gente consegue, se tudo der certo, é ser uma pessoa fria e sem sentimentos. Se tudo der certo.
E eu venho sentindo tanto amor. Pelo mundo. Por mim. Me apaixono por um cara a cada meia hora. Porque finalmente conheço caras dignos de se apaixonar. Porque eu não preciso querer beijá-los, mas eu quero conhecê-los. Estou falando dos meninos que trabalharam comigo no Um Teto Para o Meu País. Pessoas que estão ali pra fazer alguma coisa pra alguém. Chega de tanto umbigo.
Eu não sinto vergonha de falar dos meus amores e de sentir os meus amores. Porque eles são todos dignos de admiraçao.

domingo, 26 de outubro de 2008

Quem sou eu, o orkut perguntou (Dani)

Eu não consigo. Usar o seu bege, o seu tom ligeiramente rosado. Aquele verde que não é azul nem amarelo. Não consigo me vestir dessa roupa feita de boas intenções e bons modos. Não consigo andar sem rebolar, sorrir sem mostrar todos os meus dentes, gargalhar sem fazer barulho. Eu tento, vira e mexe eu ainda tento. Tento ser comedida, tento ser a garota Faria Lima que entra no prédio mostrando sua impressão digital.
Mas eu não consigo. Não, eu não. Eu sou a mocinha que solta o cabelo, poe a saia e a mochila nas costas, chinelo no pé e vai tomar sol ouvindo música. De óculos escuros. Porque eu acho tudo mais divertido quando estou de óculos escuros. Eu ponho meu Ipod no shuffle, porque eu sou assim. Minha alma vai mudando conforme a música, mas o ritmo tá sempre lá. Eu não vivo sem música, e eu vivo sem pose.
Amar de um jeito desvairado. Não essa coisinha-bonitinha-gostosinha-e-quentinha que as pessoas mandam. Seja educada, senão você não casa. Seja uma boa moça, o que o rapaz vai pensar de você? E o que eu quero mais é conseguir fazer ele não pensar em nada. Eu sou aquela que passa tardes deitada, ou melhor, jogada, esperando uma boa conversa sobre qualquer coisa. Só me mostra que você está tão lá quanto eu.
Eu como até passar mal. Eu durmo até meu corpo reclamar. Danço até minha coluna doer. Corro até meus pés terem bolhas. Eu sinto prazer pelo fato de saber que posso sentir prazer. Eu viajo pra saber que existem outros mercados municipais esperando por mim. Outras praias e outros vulcões. Eu amo vulcões porque eles explodem e ninguém fica a salvo. Eles mostram vez ou outra toda a força que vem de dentro e destrói tudo. Eu sou destrutiva muitas vezes. Porque eu sou arquiteta, gosto de destruir e de construir de novo.
Não sei porque ainda me esforço em conseguir a aprovação. Eu já fui aprovada nas coisas que queria, e com as pessoas que queria. Eu odeio os olharezinhos quem vem de cima e me chamam de nomes feios. Porque toda a inveja e toda a vontade de fazer parte do mundo feito desses nomes feios vem junto com o olhar. Eu odeio as reclamações, a falta de olhar pro mundo. Eu amo as crianças porque não demora muito elas tão sorrindo pra mim e todo o esforço que eu fiz pra não me apegar vai por água abaixo. E eu pego elas no colo e elas me acolhem de um jeito que nem imaginam. Eu amo os cachorros que me dão beijos da forma mais carinhosa que um ser vivo pode dar. Eu não gosto de gatos porque eles têm o mesmo olhar das pessoas arrogantes. E não é desse tipo de arrogância que eu gosto.
Não sei porque ainda me esforço pra guardar meus bichos, todos aqui tão bonitos, como tigres passeando num espaço fechado dentro de mim. Eu quero que eles vejam o mundo, eu quero que eles vejam as cores. E eu gosto das cores do Miró, da força que um traço pode ser. Eu sou as pinceladas do Pollock, eu sou o borrão que vez ou outra se transforma em arte. Eu sempre quis ser Rita Baiana.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

O primeiro a gente nunca esquece (Dani)

Eu tinha seis anos, lembro beeeeem... Era época de pré, toda sexta-feira levava brinquedo e lancheira com um docinho especial. Afinal de contas era sexta-feira né? Talvez venha daí essa tara por esse dia. E o trauma também.
Época de festa junina. E dançar quadrilha é bom porque é uma das únicas vezes que você SABE que vai ter um par. Ainda mais quando o seu par tem seis anos, é loiro e atende pelo magnífico nome de Marcos Vinícius. E é o mais popular da sala. Do pré 2. E é seu par, no caso, meu, só MEU.
Ok. Vamos ensaiar, a professora dizia. Mas eu morava no interior então era mais gostoso ir ensaiar no pátio da igreja, porque tinha bastante sombra e porque era gostoso deitar no chão depois e ficar olhando pro céu e imaginar que a igreja estava caindo na sua cabeça. Era bem bom, dava uma vertigenzinha. E na hora de ir da escola pra igreja, cada um ia com seu par. De mãos dadas com o seu par. O MEU par, no caso.
Mas o meu par, o magnífico M.V., esqueceu dessa parte de dar a mãozinha e caminhar lado a lado. Malditos homens, dançam com você, te iludem e depois vão pro final da fila procurar a mais alta. E justamente nessa sala eu não era a mais alta. Então tive que me contentar em ir andando e olhar pra trás, pra ver onde ele se encontrava e "lembrá-lo" que ele tinha que andar do meu ladinho, pra todo o sempre.
E é um tal de olha pra trás e olha pra trás que quando eu olho pra frente a árvore olhou pra mim. Sim, olhou na minha direção, bem em cheio, bem no meio do meu rosto. Meu rosto que só tinha seis anos de vida e zero de experiência. E a pancada foi tão forte que eu não lembro se o maldito do Marcos Vinícius viu aquilo tudo e riu. Ainda bem que eu não lembro.
Mas eu lembro de prometer a mim mesma: Sempre desvie das árvores. Mas menina, não é que dia ou outro elas continuam me atingindo, atingindo esse rostinho de 22 anos e zero de experiência (ainda)?????

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Existem menos damas da noite mesmo (Dani)

As noites de sexta deveriam ser menos planejadas, ela disse. E deveriam mesmo... não só as noites, os dias e as madrugadas... deveriam ter mais sorrisos e menos pose. Mais brindes e menos cobrança. Me deixa comprar as Havaianas sem isso ser comprar um vestido de noiva. Me deixa voltar pra casa gargalhando das minhas amigas e chorando por ter ido tao mais fundo com uma amiga... Me deixa, me deixa. Não me olha feio nem me olha com desprezo porque eu tô pouco me lixando.
Eu parei, e nessa hora tudo começou a andar de novo. Chega de pensar, Chu, a gente pensa demais... isso ainda deixa a gente louca, vamos só ir vivendo. É isso aí chubinha, vamos só ir vivendo, que tá tão bom assim... Hoje eu fui numa obra, e ver vigas e pilares fez todo o sentido do mundo... Ver as paredes subindo, ver o dono da casa reclamando que vai gastar mais dinheiro com o encanamento todo errado. Tudo fez muito sentido, eu tô no lugar certo, tô no caminho certo, não é só sobre dinheiro como eu pensei ontem a noite. E voce seu professor maldito que me desafiou de proposito, a gente vai fazer esses 15 dias serem os mais longos do mundo!
E eu não viro as costas pra mais ninguém, não venha me sugerir isso que eu tô de novo pouco me lixando pra esse tipo de conselho. Eu já machuquei e já fui machucada, eu já caí, já derrubei e já levantei. E eu aprendi a andar sozinha, por isso hoje sei dar valor pros dois: pra andar sozinha e pra andar com alguém. Entao não venha me sugerir nada, se você não sabe de nada.
Eu ganhei um beijinho na testa e fazia milênios que eu não ganhava nada. E meu morango com banana foi o melhor da semana, tão melhor que até rimou. E eu voltei feliz pra casa ouvindo reggae bom que não Bob Marley.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Existem menos damas da noite em São Paulo do que deveriam. (Lígia)

90% dos dias que eu volto pra casa no mesmo caminho ônibus-metrô de todo dia eu entro, coloco o fone e fico lá, no meu próprio mundo, eventualmente eu faço careta pra alguma criança, mas é só isso.
Mas às vezes, sei lá, às vezes não é assim, e agora são quase dez horas da noite de uma sexta feira e eu olho pras pessoas a minha volta e sinto vontade de escrever algo que não sei bem o que. Escrever, veja bem, eu peguei meu caderno e escrevo aqui no fundo de ônibus, subindo a Teodoro Sampaio, e o homem sentado ao meu lado já me olhou algumas vezes e eu senti que de alguma forma ele entendeu essa vontade que não podia esperar de escrever...mesmo sem saber o que...


Meu coração sempre palpitou mais alto do que o estabelecido
As ruas são tão escuras quanto deveriam, as ruas dever ser só levemente iluminadas
O silêncio é arranhado mais do que deveria, mas barulhos de fundo, aqueles que devem ser barulhos de fundo, são agradáveis e se acomodam em algum lugar dentro da gente
As sextas-feiras a noite são mais planejadas do que deveriam, algumas deveriam ser obrigatoriamente passadas em casa, unidas da sensação de não correr atrás do tempo.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Eba eba! (Dani)

Tá, eu não tenho um texto bonito tem poesia e nem uma mega inspiração hoje. Mas talvez seja porque hoje eu estou tão feliz com coisas que me aconteceram que não sei, não bateu aquela melancolia necessária haha!
Arranjei um novo emprego! Isso fez meu dia de hoje feliz e meu dia de ontem um dia de compras. Parece fútil e talvez seja, mas eu precisava mesmo comprar coisas, não comprava há milênios. Mas foi muito boa a sensação de ir trabalhar com roupa nova...
Aí veio o frio na barriga... Mas acho que tá tudo bem!!! Passei a tarde trabalhando e não foi mesmo um problema, acho que por enquanto não vai ser, e é bom pra dar uma afastada da faculdade. Passar o dia todo lá dentro às vezes me dá agonia...
Mas sei lá, projetos novos, coisas novas na cabeça, ainda nem é ano novo (e tomara que ele chegue logo) mas já tá com gosto de coisa boa! Trabalhar me dá ânimo, e talvez eu realmente passe o mês com três empregos... Mas tuuuuudo bem!
Só queria compartilhar isso! hahahaha

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

A Vinda (Dani)

E sua imagem apareceu perfeita na minha cabeça. É normal, porque eu tenho tantos modelos e já pensei tantas vezes nesse assunto. Você é uma mistura de coisas que já me aconteceram com coisas que eu queria que tivessem acontecido. Você tem até defeitos pra mim.

E você chega de calça jeans e havaianas, olha e sorri calmo, porque você sabe que eu estaria ali quando você chegasse. Que eu não teria outro lugar pra estar que não ali. Qual sua altura? me pergunto sempre. O cheiro de mar e brincar de jogar areia nas suas costas, como se fosse uma ampulheta me lembrando que eu não tenho todo o tempo do mundo, mas que o tempo que eu tenho me pertence, e muito.
Um sorriso vem, porque eu posso passar a tarde com você na agua. Eu posso acampar, acordar e você vai estar lá. Eu posso fazer panquecas de banana que voce vai acordar sorrindo.
Você não é a alegria da vinda só. Você é a vinda da vida que eu quero ter e finjo não ter tempo. Você é a vinda de manhãs ensolaradas e de noites acordada esperando o sol nascer. Você é a vinda de todas as coisas clichês ao som do violão.
Vem logo, então.

sábado, 27 de setembro de 2008

About Us (Lígia)




28/09/08 - Festival About Us (São Paulo - SP)




Eba, eba eba! Porque amanhã tem show, e a gente vai ouvir Seu Jorge, e a gente vai ouvir pela primeira vez a Vanessa da Mata e o Ben cantarem juntos a música que marcou dias tão felizes na praia, e porque eu vou estar cercada de pessoas que gosto e que me fazem bem, porque vai ser um dia inteiro no sol, porque eu já tô terminando projeto, porque faz um bilhão de anos que não posto nada aqui, porque eu decidi viver um dia após o outro até o ano que vem chegar cheio de novos planos e novas dificuldades, porque eu comprei uma mochila da Adidas (hahahaha tava na hora né? Não vou precisar mais carregar a mochila como um bebê), porque andar de onibus a noite pela cidade me trás uma sensação boa e me aquieta o peito, porque eu ouvi Bob Dylan a tarde toda e vou me entupir de pipoca logo mais, porque os meus sonhos andam mais bizarros que o de costume (e isso quer dizer muita coisa), porque se o Ben não tocar Sexual Healing amanhã a Dani vai ter um treco (cááááárma Chu), porque eu me encanto cada vez mais por coisas que já me ganharam faz tempo e eu adoro isso, porque eu ainda consigo me surpreender com Beatles, porque a gente conseguiu fazer a rampa com 8% de inclinação, perchè io sono felice quando la professoressa manca una lessione d'italiano e perchè mi piace la lasagna, porque eu to sentindo tudo girar e brilhar!




Nada brilha mais do que a sua alma!

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Feliz primavera pra você (Dani)

Eu poderia ter me escondido. Ter ido pra casa ou não ter saído dela. Minha cama foi aconchegante até que minha vontade de encarar o mundo de frente me jogou pra fora e disse: vai menina, ser gauche na vida..hehehe... tá, não tenho o direito de usar isso...

Mas eu poderia também ter ficado de mal humor. Ou ter chorado, seria facilmente "entendível". Ter brigado com todo mundo. Ter gritado com alguém. Ter ligado e jogado fora todas as minhas mágoas. Ter dito: cresce, por favor, e me deixa crescer em paz.
Mas não senti vontade. Eu poderia, mas não quis. E sabe Deus por quê, porque eu não sei. Eu tinha motivos, mas eu não gosto de me aproveitar deles. Gosto de chorar em dias aleatórios, em dias nada com nada. Não choro em Finados, não me abalo em Finados porque tenho a obrigação de me abalar. Sempre foi um feriado feliz e vai continuar sendo.
Eu preferi meus amigos. Eu escolhi dar risada e produzir alguma coisa ao lado deles. Eu resolvi ouvir o que os outros têm a dizer. Eu resolvi adotar uma criança antes dos meus 30 anos.
A primavera taí e a escolha é sua. Faça o que quiser com ela.
Feliz aniversário, mãe. Te amo.

domingo, 21 de setembro de 2008

Clarice, isso sim nutre (Dani)

"Existe um ser que mora dentro de mim como se fosse casa dele, e é. Trata-se de um cavalo preto e lustroso que apesar de inteiramente selvagem - pois nunca morou antes em ninguem nem jamais lhe puseram rédeas nem sela - apesar de inteiramente selvagem tem por isso mesmo uma docura primeira de quem nao tem medo..."


"Amanheci em cólera. Não, não, o mundo não me agrada. A maioria das pessoas estão mortas e não sabem, ou estão vivas com charlatanismo. E o amor, em vez de dar, exige. E quem gosta de nós quer que sejamos alguma coisa de que eles precisam. Mentir dá remorso. E não mentir é um dom que o mundo não merece..."

"Nada posso fazer: parece que há em mim um lado infantil que não cresce jamais..."

" Mas é que a verdade nunca me fez sentido.A verdade não me faz sentido! É por isso que eu a temia e a temo. Desamparada, eu te entrego tudo - para que faças disso uma coisa alegre. Por te falar eu te assustarei e te perderei? Mas se eu não falar eu me perderei, e por me perder eu te perderia."

"Gosto do modo carinhoso do inacabado, do malfeito, daquilo que desajeitadamente tenta um pequeno vôo e cai sem graça no chão."

"(...) Faça com que eu tenha a coragem de me enfrentar.Faça com que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo. Receba em teus braçoso meu pecado de pensar."

"Sou assombrada pelos meus fantasmas, pelo que é mítico e fantástico - a vida é sobrenatural. E eu caminho em corda bamba até o limite de meu sonho. As vísceras torturadas pela voluptuosidade me guiam, fúria dos impulsos. Antes de me organizar, tenho que me desorganizar internamente. Para experimentar o primeiro e passageiro estado primário de liberdade. Da liberdade de errar, cair e levantar-me."

"Sou o que quero ser, porque possuo apenas uma vida e nela só tenho uma chance de fazer o que quero.Tenho felicidade o bastante para fazê-la doce; dificuldades para fazê-la forte; tristeza para fazê-la humana e esperança suficiente para fazê-la feliz. As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas, elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos."

" Tudo tem que ser bem de leve para eu não me assustar e não assustar os que amo. Pedem-me pouco, pedem-me quase nada.O terrível é que eu tenho muito para dar e tenho que engolir esse muito e ainda por cima dizer com delicadeza : obrigada por receberem de mim um pouquinho de mim."

"Me deram um nome e me alienaram de mim."

"É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo."

"Um domingo de tarde sozinha em casa dobrei-me em dois para a frente - como em dores de parto - e vi que a menina em mim estava morrendo. Nunca esquecerei esse domingo. Para cicatrizar levou dias. E eis-me aqui. Dura, silenciosa e heróica. Sem menina dentro de mim."

"Se não há coragem, que não se entre. Que se espere o resto da escuridão diante do silêncio, só os pés molhados pela espuma de algo que se espraia de dentro de nós. Que se espere. Um insolúvel pelo outro. Um ao lado do outro, duas coisas que não se vêem na escuridão. Que se espere. Não o fim do silêncio, mas o auxílio bendito de um terceiro elemento, a luz da aurora."

"É como se eu tivesse perdido uma terceira perna que até então me impossibilitava de andar, mas que fazia de mim um tripé estável.Sei que é somente com duas pernas é que posso andar. Mas, a ausência inútil da terceira perna me faz falta e me assusta, era ela que fazia de mim uma coisa encontrável em mim mesma, e sem sequer precisar me procurar. Estou desorganizada porque perdi o que não precisava? Não sei o que fazer da aterradora liberdade que pode me destruir. Havia aquela coisa latejante a que eu estava tão habituada que pensava que latejar era ser uma pessoa".

" Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito"

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Blue Monday (Dani)

E o banho tornou-se mais gostoso de repente. Não só pelo chuveiro novo, mas também graças a ele... Banho demorado, gritando Oasis até alguém reclamar... E passar creme ouvindo Beatles, she's got a ticket to riiiiiiide. But I care. Today I care.
Secar o cabelo, sem lembro mais se era Beatles ainda ou se era só na minha cabeça. Você escolhe sua vida eu escolho a minha. Desculpa o egoísmo, tenho muitas coisas que já me mataram um milhão de vezes. E eu não quero morrer de novo. Eu tô gostando da vida assim, coloridinha.
A atraentolandia é um país muito vasto, eu acabei de dizer. Voce mora nele??? Eu espero que sim. Eu quero me mudar pra lá.
Na vida você tem as vezes tem chance de voltar atrás, as vezes não. Eu fiz uma única promessa na vida, e não quero voltar atrás. Mesmo se eu quisesse, já fiz. E a primavera tá chegando, e a primavera me lembra minha promessa. Flores e borboletas, eu tenho os dois tatuados. Eu nunca vou esquecer.
Eu ouvi tanto Blue Monday ontem... Mas com o Nouvelle Vague cantando. Adoro. Tudo fica mais suave e bonito com Nouvelle Vague. Hoje tem festa, e não tá chovendo. Nem lá fora nem aqui dentro.
Canta um pouco você também. Eu tive que aprender a andar sozinha, mas não sei cantar sozinha. Então vem cantar comigo, eu me esforço pra cantar melhor... Eu não aguento ficar quieta.

sábado, 13 de setembro de 2008

Enquanto eu ouço Amy (Dani)

E assim eu me despeço de você. Sem grandes dramas, sem choro, sem alarde. Você me deu nostalgia esses dias porque eu vi um por do sol maravilhoso. E eu sabia que ele não fazia diferença pra você. Poucas coisas fazem diferença pra você. Você não chora, eu também não. Aprendi, me acostumei. E cansei.
E me despedi de você. Dessa mania bizarra de querer o que não existe, de sonhar sozinha. Sonhos não foram feitos nunca por um só, e eu escrevi esse texto antes de assistir Into the Wild. Chega dessa mania de rir das próprias desgraças, adeus mania. Quero rir de coisas felizes de verdade, quero jogar taco na grama apesar de não ter mais dez anos.
Lembra quando eu tinha treze anos e dava vergonha de ir brincar na praia porque eu queria impressionar o menino da rua? E ele também queria me impressionar e acabavam os dois brincando de pega pega descalços. E se escondendo juntos da minha mãe. E fugindo juntos de bicicleta. E brincar era só brincar, sem ser perverso.
Chega de acordar sabendo como o dia vai terminar, E do telefone tocar e eu saber exatamente quem é, porque odeio esses ciclos malditos de coisas que querem voltar se você não dá um basta, ou desliga na cara, ou não responde. E chega de joguinhos perversos disfarçados de conversas simpáticas.
Tardes de açaí. Tardes de tintas e pincéis. Corrida com amigos novos e nem tão novos. Projeto e risadas. Programas de gordinha tensa. Assistir seriados até dormir. Busca tranquila por proposito. O que quero.. sei lá. Mas se eu achar agora, o que mais vou buscar?
Tchau preguiça absurda de ser feliz. De encontrar afinal gente feliz. Do medo. Como se eu não merecesse, como se eu ainda pagasse. Me despeço muito de você. Todo mundo é igual, no fim das contas. E meu horóscopo dizia que esse é o mês da limpeza.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

E pra onde a gente tá indo? (Dani)

Acabei de ler um livro sobre o Lelé. E agora minha cabecinha fervilhante tá cheia de fervilhinhas. Usei dois diminutivos, parei. A grande questão é que não faz sentido fazer arquitetura por fazer. Não faz sentido, aliás, fazer nada por fazer, óbvio. Mas a arquitetura PEDE que você responda às pressões e questões de uma época.
Aí eu parei pra pensar. Com a guerra, com a industrialização, houve essa necessidade do pré-fabricado, do rápido, de agilizar o transporte e a construção em si. O barateamento também, claro. Mas a arquitetura foi atrás de um jeito de englobar tudo isso, e muita coisa bonita foi criada. Tô fanzaça do Lelé, puta cara simples que respondeu ao que precisava ser feito e é absurdamente simples.
Voltando às minhas caraminholas, qual a NOSSA função, essa geração que está se formando agora? Temos, claro, a boa e velha e tão discutida questão da sustentabilidade. Pra ir atrás disso, fui nos seminários que a FAUUSP está oferecendo essa semana, o NUTAU. São palestras e debates discutindo a sustentabilidade não só no âmbito do edifício, mas também das cidades. E sustentabilidade esbarra em coisas simples, que foram muitas vezes esquecidas por muitos arquitetos. Questões com insolação, ventilação, uso do que já está aí, feito pela natureza. Não é certo pensar em sustentabilidade só como novas tecnologias. Temos como ferramenta também o "velho".
Mas e os sistemas construtivos? Como a nossa geração está respondendo a eles? Nesse mesmo seminário, alunos de iniciação científica, mestrados e etc mostraram seus trabalhos de pesquisa buscando novas alternativas para responder não só à sustentabilidade mas também à uma arquitetura voltada para nosso clima, nossa cultura. Acho que já chega de cópia não?
Mas de qualquer forma, eu ainda tenho dúvidas, porque sou uma pata mesmo. Pra onde estamos indo? Ainda é o concreto armado? Não é mais? O que é? Esse é o meu alvo de pesquisa agora. Outra coisa: o que afinal de contas nós estamos propondo? Que soluções construtivas, que inovações? Eu não quero pegar quatro paredes e tacar coisas dentro, não é isso que é fazer arquitetura. Bom, momento de vida perdida de novo, mas pelo menos buscando respostas pra perguntas que eu já defini. Quem tiver alguma resposta por favor me ajude.

domingo, 31 de agosto de 2008

Nike Human Race - 25 mil vermelhinhos (Dani)


ÓBVIO que eu falar sobre isso, mas não vou me alongar muito porque tô com o corpo destruído. Prova sensacional, a Nike cobra os malditos 70 reais mas te dá uma camiseta dry fit e uma estrutura de corrida muito boa e um show do Seu Jorge no final! E eu ainda sambei loucamente!
Nada, nada me faz viajar mais do que correr. A única vez que eu acordo 05:45h da manhã num domingo de frio! Que delícia, 10km onde você corre, corre e corre. Muita música alta, bandas, DJs, animal. Parabéns pra todo mundo que terminou, que pelo menos tentou e também pra aqueles caras mais que profissionais que fizeram em 20 e poucos minutos! Haha Eu tô bem felizinha com minha 1 hora e alguns segundos!
Vou por as músicas que eu ouvi hoje, tenho sérios problemas em fazer playlist pra corridas, quem tiver dicas de músicas pra correr, por favor!
Rock this party (remix) - Bob Sinclair
Sympathy for the devil 2003 - Fatboy Slim
The One - Foo Fighters
Wonderful Night - Fatboy Slim
Give it to me - Madonna
Destination Unknow - Alex Gaudino
Monkey Wrench - Foo Fighters
Take a look around - Limp Bizkit
Rock this Town - Stray Cats
Put Your Hands Up for Brazil - Fatboy Slim
Up in Arms - Foo Fighters

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Exposição: Fotógrafos da vida moderna em São Paulo (Dani)

A notícia é meio velhinha mas só soube agora, então aí vai:

Foi aberta à visitação na quinta-feira, 10 de julho, no MAC-USP (Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo) a exposição Fotógrafos da vida moderna. A mostra reúne 150 imagens realizadas por alguns dos principais nomes da história da fotografia, como Aleksandr Rodchenko, André Kertész, Brassaï, Edward Steichen, Henri Cartier-Bresson, Man Ray e Robert Frank, entre vários outros.

Segundo a curadora Helouise Costa, a exposição procura observar a reiteração, em diferentes países, de temas como a cidade, o retrato do artista, o nu e o movimento, caracterizando a modernidade como momento de intensas trocas culturais.Entre os trabalhos de fotógrafos brasileiros ou radicados no Brasil, destaca-se a série de fotomontagens realizadas pelo poeta Jorge de Lima (1893-1953) e pertencentes ao acervo do IEB-USP (Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo).

A exposição ficará até dia 28 de setembro no Pavilhão da Bienal do MAC-USP, de terça a sexta-feira das 10h às 18h e aos sábados, domingos e feriados das 10h às 16h.
A entrada é franca. Mais informações pelo telefone (11) 3091-3039 ou no sitedo MAC: www.macvirtual.usp.br.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Bienal do Livro e a minha crescente chatice (Dani)

Ficar velha é um fato, todo mundo fica. Mas eu já tinha ouvido falar que a gente vai ficando mais chatinha com a idade... e meu Deus, isso é verdade!
Domingo eu fui na Bienal do Livro. Eu sabia que era o último dia, ou seja, que ia estar lotado. E na verdade isso me deixa bem feliz, melhor estar com a sua família na Bienal que estar assistindo qualquer coisa na televisão. Resolvi ir sozinha, não por chatice (caaalma, a hora da chatice vai começar), mas porque meus momentos com livros eu não gosto muito de compartilhar. Tá, chatice. E até porque na minha família só eu gosto de arquitetura e arte, então ia ficar hoooras cansando os outros com comentários como: ah, o Mies é demais... hehe dizem que todo estudante de arquitetura acaba tendo essa intimidade com os famosões, e eu não fujo a regra. As vezes chamo o Le Corbusier de Corbusas...
Mas voltando... ao andar pela Bienal.. como eu fiquei velha e chata!!! Sinceramente, de cada dez editoras eu me irritava com umas cinco... Sério, mulher é idiota agora??? Era só ver uma editora toda colorida, com muitos tons de rosa que lá vinha: Porque as mulheres usam esmalte e os homens usam chuteira?; Aprenda a cuidar dos seus gêmeos (?) em 5 lições; Independente e de Salto Alto e outras coisas do gênero! Inventei ótimos nomes de livros, aliás...
Sério, que coisa irritante... As editoras católicas eu respeito, cada um com a sua religião (eu sou católica, acho). As que os espíritos vem e ditam coisas eu respeito também (e tenho um medinho)... Mas esse como fazer... faça-me o favor!!! Eu fazia questão de fazer a famosa cara de blasé! Podem me esculachar agora e dizer: ah, você é fresca e se acha, BLABLABLA... Mas eu fiz cara de blasé, desculpa!
Eu acho uma puuuta mancada alguém pegar os problemas de alguém, que na grande maioria são todos muito parecidos, criar uma formulinha meia boca e fazer um livro e ganhar rios de dinheiro e resolver SEU PRÓPRIO problema! E acho ainda mais irritante alguém divulgar essas coisas usando menininhas maquiadas e com cara de bem sucedidas que estão ganhando 30 reais pra passar o dia parada ali.
Essa foi a grande decepção da Bienal... Mas tudo bem, essa é a grande decepção do mundo literário inteiro, acho. O pior de tudo é que esses livros custam 20 reais, sei lá. E Machado de Assis, no seu centenário, tava uns 50. E aí? Lógico que a galera compra quem mexeu no meu pudim! A grande coisa era fuçar mesmo... Tinha muita coisa boa!
E só pra não ser chata total... Eu achei que ia ficar irritada com o milhão de crianças que sempre têm em bienais do livro... Mas elas tavam tão felizes e tinha tanta coisa boa infantil que deu saudade dos tempos em que eu ainda não era chata e ia com o meu pai e a minha mãe e eles compravam Monteiro Lobato pra mim. Quase comprei a edição nova, pros meus filhotes ainda vindouros... mas deixa eles chegarem, crescerem e irem comigo! Só pra pentelhar essa meninada que se acha no direito de ser blasé! hahaha

PS: A Editora Taschen e a Editora Paisagem são demais! Propaganda positiva pode né? Me acabei no estande deles!

domingo, 24 de agosto de 2008

E lá vamos nós de novo! (Dani)



Bom, resolvi deixar a vergonha de lado e postar alguma coisa que eu faço nas minhas manhãs de sabado/domingo. Tá, eu não tenho mais o que fazer... Mentira! Eu tenho sim e isso aqui são os primeiros pensamentos pro nosso novo semestre de projeto. Eu tô muito influenciada pelo 80th Street, em New York, do Santiago Calatrava. Sou apaixanada pelas coisas que ele faz, e esse edifício é o primeiro residencial dele nos EUA, se não me engano, e caro pra burro.

Claro que eu não chego nem quilometros perto dele, mas é só uma inspiração gente, calma!!! Hahahaha Compartilhem comigo meu não saber desenhar, mas minha forte vontade de conseguir! hahaha

O projeto é de arquitetura e urbanização da área da av. 9 de julho, ali onde tem a praça 14 Bis. Fiz um desenhinho tosco da implantação, depois mostro...

Ah sim! Minha dupla é, pra variar, a companhia que escreve aqui no blog! hahaha

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Você entende que isso é muito maior? (Lígia)

Então, eu acho que eu tenho algum tipo de parasita, um bichinho chato dentro de mim que causa essa merda de tristeza crônica. Ele só vai mudando os assuntos, mas esse incomodo, essa sensação de que tá errado, permanece.
Agora que eu não me preocupo mais, não choro ou passo horas pensando e tentando entender todos os erros e arrependimentos amorosos, agora que eu tô bem e feliz com alguém, eu simplesmente não consigo parar de pensar no meu futuro profissional e ter certeza que eu não tô fazendo certo ou pelo menos não o suficiente.
Porra, eu tenho 21 anos, estudo na melhor universidade do país (ou pelo menos é o que dizem por aí), falo inglês, tenho experiência de trabalho no exterior, estou no ultimo semestre do italiano, fiz 1 ano de iniciação cientifica...por que essa porcaria de preocupação tão grande com o curriculo? Eu odeio isso!
O que importa é a minha formação e não uma folha de papel. E mesmo assim eu fico com a cabeça cheia antes de dormir (Pai, agora eu acho que tô começando a entender as suas insônias e preocupações).
Eu odeio toda essa individualidade e competição, e pisar no outro, não, não, pior, simplesmente não se importar e não dividir nem compartilhar. Eu nunca fui assim, e nem quero ser, esse ambiente que te faz inconscientemente torcer pra outro se dar mal, essa predisposição a querer ser mais a todo custo. Eu não sou assim!
Eu tô no terceiro ano de faculdade, e eu preciso trabalhar.
Mas se eu preciso trabalhar é porque eu quero ganhar minha grana e desafogar um pouco meu Pai, e ver se eu me mantenho logo com minhas próprias pernas pra ele se mandar pra fazenda e ir fazer queijo de cabra.
Você entende que isso é muito maior?
Sério, é difícil crescer pra você também ou é só comigo?

domingo, 17 de agosto de 2008

Sei lá (Dani)

Não sei o que escrever. Não escreve nada entao, ué. Mas eu preciso, eu sempre preciso. Porque senão corro o risco de cair no ridículo daqueles que sentem muito e não falam nada.

Mas eu não quero a prepotência de quem acha sentir muito. Às vezes eu penso que todo mundo sente igual, mas uns prestam mais atenção que outros. Mas eu preciso escrever.

Porque eu estou com medo do mundo. Eu estou toda clichê, mas eu tô com medo mesmo. Porque o mundo já não é mais como eu conheço, e eu não tenho pra onde correr, no fim das contas. Porque as pessoas têm cara feia nos dias que eu estou disposta a dar meu melhor sorriso, e eu tenho medo de sorrir e ofender alguém.

Porque as pessoas se ofendem com qualquer coisa. E eu tenho vontade de correr e de me esconder, e acabo parando no meu travesseiro, chorando por mim e por todo mundo, chorando porque ninguém pertence mais a lugar nenhum. Nem eu.

Quanto mais eu tento achar meu lugar, mais parece que ele se muda constantemente. E nada disso está fazendo o menor sentido, eu sei, mas dane-se. Não quero mais escrever.

domingo, 3 de agosto de 2008

Will Eisner - (Dani)


Esse cara foi um dos mais importantes artistas de histórias em quadrinhos, segundo o Wikipedia e meus amigos que amam desenhar. Por causa dele existe agora o The Eisner Award, o Oscar dos quadrinhos.
Li a revista Pequenos Milagres dele e é o tipo de quadrinho onde você para e olha a qualidade do traço, a poesia dele, e a história adquire um outro patamar de qualidade.
Recomendo MUITO.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Meus olhos tiram fotos (Dani)

Eu não tenho fotos da Bolívia. Mas isso em si já é um fato muito relevante. Eu não tenho fotos porque em nenhum lugar onde eu dormi na Bolivia tinha LUZ. Eu poderia ter comprado pilhas, mas eu tava voltando pra casa, ainda tinha que dar um jeito de chegar viva ao Brasil. Chegar em Corumbá significava ter meu cartão do banco de volta, que loucura. Coisas que você precisa fazer pra dizer: isso eu nunca mais faço.
Mas lá estava eu, atravessando os Andes naqueles ônibus velhos que quebram na beira da estrada. E a estrada em questão era os Andes. Vocês tem idéia do quão alto é aquilo??? Tem idéia do que é estar num estrada que faz curvas de 180º e NÃO tem nenhum tipo de proteção? Tem noção do que é a única pessoa que está com você (brigada, te amo) dormir e você ficar sozinho esperando com toda sua fé que o motorista saiba consertar seu ônibus? Cara, não é a Dutra. São os ANDES (desculpa o uso de muitas maiúsculas, mas não consigo não me empolgar).
A gente já tinha estado no Paraguai com suas pessoas com cara de bravas, na belezura das cataratas do Iguaçu, na Argentina que nos recebeu muito bem, no Chile com seu deserto de sal e seu oceano Pacífico num dia de sol e Caetano Veloso no ouvido.
Mas estar na Bolívia, isso sim é um tapa na cara. Por favor, uma vez na vida, atravessem o Andes de ônibus, ou de carro. E não durmam no ônibus (hehe, te amo de novo!). Eu atravessei duas vezes, e nas duas vi o por do sol... É surreal. Eu entrei na Bolívia assim...
E é lindo. A Bolívia dói de tão linda. A beleza que a gente está acostumado, a beleza de ter paisagens lindas, de ter sempre pra onde olhar, tudo é bonito, todas as montanhas são mágicas... Mas a melhor beleza da Bolívia é o tapa na cara que ela te dá. A gente já não tinha mais grana, a gente tava quase correndo pra voltar pra casa e pro feijão da vovó. Mas a gente tava lá, e qualquer lugar é lugar e qualquer hora é hora pra tomar um tapa na cara.
Todo ônibus tem paradas. E nelas você compra sua Coca-Cola, compra seu x-salada e sua bolachinha recheada. Certo? Não se você é um boliviano que não tem grana pra nada. Eles tem uma família com muitos filhos e pouco dinheiro. E aí compram várias marmitas com arroz e pollo (frango), porque é mais barato. E vão distribuindo a comida pras crianças ai longo da viagem... Fria, mas que alimenta.
Eu poderia ter ido pra La Paz. Mas eu fui parar em Cochabamba. E as estradas de terra, as pessoas esperando ônibus no meio daquela poeira... Eu não tinha cabeça nessas horas pra ir procurar pilha. Eu queria sugar aquilo, eu queria absorver tudo aquilo, eu queria olhar MUITO pra nunca mais esquecer. Como diz aquela música do John Mayer, eu não vou por fotos pra que você tenha que ir até lá e veja tudo aquilo.
As mulheres reunidas com aqueles ponchos imensos e coloridos, levando as crianças nas costas. Elas se reuniam e olhavam pra mim com uma cara tão estranha. Estar acompanhada de um homem fez com que eu me sentisse traindo uma espécie de movimento feminino não declarado. Os homens com cara de pai de família, a responsabilidade pela vida de outras pessoas estampada na cara deles. Não esse tanto faz que a gente ve muitas vezes por aí.
E aí você quer olhar pro seu umbigo. Cadê seu umbigo? Ficou lá na primeira curva dos Andes. Tá muito longe pra ir buscar. Eu preciso é de lágrimas e de papel suficiente pra escrever tudo o que eu sinto, pra desenhar, pintar, fotografar. Uma pena estar sem máquina, uma pena. Eu precisava de tudo isso, mas não precisava do meu umbigo.
Aquilo sim é ser invisível, aquilo sim é sofrimento. Eu não consegui voltar pra São Paulo e deixar de ver a Bolívia.

2 post! Porque eu não controlo minha vontade de falar. (Lígia)

Você poderia ser incrível, você poderia ser uma professora muito boa, eu poderia aprender muito com você. Mesmo apesar de sermos tão diferentes, de você ser, como faz questão de dizer bem alto, "Brentwood, Artefacto e Casa Vogue", a gente poderia ter se dado muito bem.
E pensar que um dia, alguma vez, na minha cabeça de 14 anos eu já idealizei mulheres como você.
Mas não, me desculpe, eu não.
Eu sei que sou jovem e deveria trabalhar sem reclamar, e começar do zero, cotando plantas no cad, ligando pra Fulano e pra Ciclano, limpando caixas antigas, furando folhas e fazendo café, e veja bem, eu não reclamaria nem por um segundo, se você fosse menos...assim...
Mas não dá, e tem coisas que eu não vou, eu simplesmente não vou (e não quero nunca!) passar por cima dos meus valores por oportunidade de emprego.
Você faz com que esse ambiente seja um pouco mais pesado e esses móveis, tão preciosamente escolhidos pra impressionar, sejam um pouco mais cinza.
As pessoas gostam de você ou porque são iguais ou porque compram essa sua pose de pessoa importante e na verdade temem você e sonham sozinhas no quarto antes de dormir em um dia ser igual a você e desprezar pessoas como elas mesmas.
Sinceramente, o jeito que você trata a sua sócia, como se ela fosse uma criança que não sabe o que faz, e o pior, ela continua lá, te lambendo. Que saco! A primeira vez que você falou com ela assim na minha frente eu explodi, eu queria levantar da cadeira e falar todas as coisas que passaram na minha cabeça. Eu juro, a terceira vez, eu quase falei, mas você é amiga do meu Pai, e eu sei que não tenho tanto culhão assim.
Cara, o jeito que você falou com aquela atendente e o jeito que você riu quando eu esqueci de perguntar o nome do cara da copiadora, você riu de deboche, tão superior com sua cabeça que funciona perfeitamente.
E a gente fica nessa, eu fazendo só o extremamente necessário e você, com seu nariz empinado, achando que ninguém faz o que você quer, que todos são incompetentes e fica choramingando que não dá pra trabalhar assim.
Se por um momento você tirasse essa banca toda e me ensinasse.
Se você fosse menos...assim!
Sério, o pior é que você é uma puta profissional, mas toda sua moral cai por terra quando você age assim.
Eu poderia, eu bem poderia desencanar e sugar tudo que você pode me dar, e talvez seria o mais inteligente a fazer.
Mas não, me desculpe, eu não.

Mas 4 meses é tão pouco! (Lígia)

Após dormir 2 horas, de suuuper ressaca, eu acordei, tomei banho porque ainda tava com cheiro da balada e do papa burguer que sentou do meu lado no Mac. Me troquei, coloquei calça e levei o short, lógico, porque eu nunca conseguiria sair de casa direto com o short. Bom, não vou entrar na piscina porque não gosto de ficar exibindo meu corpinho por ai, então nem vou levar biquini, como sempre. Minha mãe me levou pra frente do cepê e eu logo vi a galerinha e fui lá toda feliz contar das peripécias da minha balada pensando, "como eu vou conseguir beber hoje, preciso comer alguma coisa antes". Entrei no cepê comprei um salgado com a Dani, tivemos uma conversa super foda lá dentro. Saímos, tentamos entrar no onibus e ele tava trancado, dai o George pulou a janela e abriu a porta! A galerinha do mal do terceiro ano entrou tudo num onibus e começou aquela pinga maldita a passar de um lado pro outro. "Calma, ainda não da!", cantamos a ida inteira, como se fosse um acampamento de 5 série. Saimos do onibus dançando claudinho e buchecha, até aí, nada de novo, a boa e velha fau de sempre, pensei, mais um churras do bixos que eu vou beber 18 latinhas de cerveja, rir, dançar e acordar e ir pra fau. Tudo muito perfeito, nada de novidades. O churras dos bixos é sempre um dia esperado, convenhamos...18 latinhas de cerveja!!!
Coloquei o short, fiquei la no meio, no solzinho, conversando com as meninas e vendo os bixos levarem os engradados de cerveja pra churrasqueira. Ele tava de regata preta, tão bonitinho. Que foi?? Só achei ele bonitinho, não vou casar com ele. "Lígia, quem é?" o Gabis perguntou, ahhh gente que saco, não é pra fazer um estardalhaço, é uma questão muito simples, não é nada de mais! "É aquele alí, de regata preta, viu?"
Cerveja vem, cerveja vai, tudo conforme o planejado, dançando com as meninas, rindo pra valer, mais um dia comum, rouba o chapeu do Fi, rouba o chapeu do Isaac, alguns tacles no caminho, tá eu nem sei a sequencia das coisas, a cerveja já tava rolando ué!
Tô saindo da rodinha da galera pra ir conversar com o Guga, e vejo a Kat arrastando os bixos pra nossa roda, e lá tava a regata preta. Olhei pra Kat e ri, eu já tava saindo não dava pra ficar.
Fui conversar olhando sempre pra roda, vendo ele interagindo com meus amigos, todo timido, hahahahaha tão bonitinho. Tá acho que já da pra voltar pra roda, to entrando...e ele saindo, mas que falta de sintonia! "Houlis, eu trouxe ele até aqui!!!", o que eu ia fazer, dar meia volta e voltar??? Calma né?
O dia vai passando, vai passando e, bem, agora é o mais dificil de lembrar, porque eu não lembro (e ele também não lembra muito bem, assume vai!!) eu sei que chegou um momento que ele me falou o nome dele, e dai de regata preta ele virou Luis, e eu dizia o nome dele várias vezes, nem sei bem porque.
E a gente brincou de balanço, e a gente conversou (e ele insiste em dizer que eu fiquei mais perto dele, sempre do lado dele! hahahahaha)
Ele decidiu pegar o violão, droga eu adoro quando eles tocam violão, e ele decidiu tocar sublime, não me pergunte porque, e ele achou que tinha quebrado o violão, e eu adorei o jeito quase desleixado com que ele encarou isso.
Em algum momento a gente decidiu ir pra rodinha de violão maior, e ele foi pegar o casaco porque tava frio, mas desistiu de usar no meio do caminho e me deu (na verdade jogou em mim!!!!) pra eu segurar, tá pode me chamar de 5 série, mas você não dá seu casaco pra qualquer pessoa, e eu super achei que era um pretexto pra gente não parar de conversar.
Fiquei lá na roda, e tudo isso foi meio acontecendo, eu não tava pensando, não tinha um plano, e de verdade eu nunca achei que alguma coisa fosse acontecer, eu não tava esperando nada. Conversar com ele era legal, sei lá.
Eis que a rodinha acaba, ele saiu e eu fiquei meio por lá...começou a anoitecer e eu pensei, ainda estou com o casaco dele, ele deve tá com frio, vou devolver.
Olha bem, até esse momento, esse exato momento o meu churrasco dos bixos tinha sido exatamento como o esperado, divertido com algumas 12 latinhas na conta, e exatamente o que eu queria. Exatamente o que eu queria porque eu não sabia o que estava me esperando, e naquele momento, do "quero você" eu percebi que "exatamente o que eu queria" eu nem sabia ainda, e ele me deu, ele me deu exatamente o que eu queria de um churrasco dos bixos.
E eu tive a impressão que depois que a gente se beijou a gente não conversou muito, a gente se beijou demais. E eu gostei daquilo. Porque a gente tinha conversado bastante antes. E foi engraçado me deixar levar (apesar de eu insistir em dizer que não tive escolha, eu tive sim, e eu escolhi deixar me levar), nada me deteve, nada passava na minha cabeça pra eu virar o rosto. O que é muito estranho me conhecendo do jeito que eu conheço, acho que é uma coisa que eu nunca vou saber explicar direito.
Eu entrei no onibus (com uma latinha na mão como de tradição) e não tinha nem ideia do que aquela noite significaria pra mim 4 meses depois. Eu não tinha ideia do que ia acontecer naquele dia quando acordei. E que alguém poderia saber exatamente o que eu queria, antes mesmo de mim.


4 meses é muita coisa.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Não é meu, é da Tati Bernardi (Dani)

Que bicho me mordeu?
Não sei quem mora aqui. Não tenho idéia do tamanho. Só tenho medo. Muito medo. Medo de de repente, assim, num fim de tarde qualquer, eu morder alguma canela ou sair correndo de quatro. Não sei.
Medo de comer demais, dormir demais, cagar no meio da rua, latir. Morrer de repente. Do corpo não agüentar o tamanho da minha alma. Medo de alimentar demais o bicho, perder forças pra ele. Deixar que ele ganhe de mim, arrebente a coleira.
Não sei que bicho é. Não sei se é manso. Não sei. Só sei que evito tudo. Beber, fumar, amar, me drogar, sonhar, viajar, passar muito tempo longe de casa, perder o controle, vomitar, virar do avesso, olhar pra ele. Eu não posso perder o controle, entende? Não posso pois não sei o tamanho do meu bicho.
É tanta raiva, eu sei. Meu bicho perdeu a data da vacina. Um corpo 48, um pé 33 e uma mão menor que a do meu primo de dez anos. Isso é tudo o que eu tenho contra ele. Esse é o tamanho da jaula que arrumaram pra fera. Mas ele quase quebra, quase quebra a jaula o tempo todo. Ele quase bate nas pessoas, atropela os folgados, cospe nos sujos, arranha os safados, vomita nos podres, escalda os enganadores, afoga os que partiram sem que eu deixasse, dilacera os que deixaram de me amar, arregaça os posudos. Quase. É uma luta sobrenatural pra ser humana. Tão forte que quase não consigo. Quase não sou humana.
Como pouco, sinto pouco, nado raso, amo o superficial, bebo só as beiradas, belisco a vida. Tudo para me manter imaculada. Tudo para sentir o mínimo possível o mundano das coisas. Tudo para ser quase desumana de tanto negar a vida. Para negar minhas vontades de bicho. Para jamais me lembrar dele. Eu sempre fico com fome, eu sempre acordo antes do sono acabar, eu sempre paro antes do peito arrebentar, eu sempre sento antes da pressão cair, eu sempre tenho prazer antes de sentir prazer. Eu sempre vou até onde é seguro. Eu tenho medo do meu abismo e da soltura do meu bicho. O que ele pode fazer comigo? O que ele pode fazer com você?
Tenho medo do meu bicho. Medo de ir seja onde for. De nunca mais voltar. De esquecer quem eu sou. Medo de gritar bem alto no meio do restaurante. Chutar carros. Rasgar contratos. Uivar para a lua. Dar o bote. Matar ou morrer por uma questão de sobrevivência. Ranger os dentes. Babar. Enfurecer os olhos. E ligar para aquela amiga falsa e mandar ela a merda. Ela e sua pose de merda. E encontrar o branquelo do outro lado da rua e mugir. E encontrar o garoto sorriso e picar de verdade o seu peito. Fazer ninho em seu coração. Até sangrar. Até que eu possa cantar ali dentro. Para ensurdecer o seu peito de merda. Quero ver quem ganha a briga sem educações e civilidades.
Eu tenho medo do tanto que ele rumina. O tanto que ele jamais perdoa e guarda um mundo de rancor em seu corpo pronto para atacar. O tempo todo. Meu touro pronto a sair chifrando o mundo. Morrendo na frente de gente que torce contra e a favor. Morrendo em praça pública. Tenho medo que meu bicho seja frágil e morra. E de só me restar uma casca, um plástico, uma vida oca.
Talvez eu seja injusta. Talvez ele seja apenas um cão de guarda me guiando cega pelo mundo. Talvez um pássaro louco pra sair voando. Mas tenho medo. Não quero ver a cara dele. Tenho medo dele esquecer que tenho amigos, empregos e gente me julgando o tempo todo. E me fazer bicho. Me fazer implorar carinho, comida, colo. Medo dele andar com o cu por aí, sem roupa, mostrando meu lado sujo pra quem quiser olhar pra baixo. Medo dele avançar, atacar, assustar. Medo dele me comer por dentro e eu sucumbir a essa vida que tanto julga nosso lado animal.
Medo de eu me descontrolar. Calma, monga! Calma! E virar a mulher gorila. E quebrar a jaula e afugentar todo mundo. A Tati é louca. A Tati é estranha. Que medo de ser louca. Que medo de ser estranha. Ela brigou com o namorado, a amiga, a mãe, o dupla, a empregada, a atendente da NET. Ela foi embora antes da hora, ela disse o que sentia, ela fez cara de que estava tudo uma grande merda. Calma, monga. Calma! E quem não briga, quem não é verdadeiro, ao invés de bicho tem o quê? Câncer. Ninguém escapa dessa vida. Nem quem medita. Nem quem compra a maior e a melhor coleira do universo. Ninguém escapa. Nascemos bicho, morremos bicho e passamos a vida com medo de saber que bicho é.
Eu tenho medo dele ser mais forte do que eu. Tenho mais medo ainda dele ser mais fraco. Mas pavor mesmo eu tenho quando é ele quem está com medo. O famoso medo de ter medo. Medo dele entrar em parafuso e eu parecer uma aberração. Solta por aí. Se mijando, se cagando, se vomitando, dizendo que ama, que odeia, sentindo coisas que não parecem muito humanas e ao mesmo tempo são as que nos dão alguma humanidade. Pedindo abrigo, comida, latindo, mugindo, miando, relinchando, coaxando, urgindo, vendo o mundo de quatro, arregaçada no chão, com as tetas inchadas, a barriga pra cima, por um pouco de segurança. Um pouquinho só.
E ele com medo é lama na certa. Ele me maltrata, pula em mim, rouba minha fome, me martela o cérebro latindo mais alto que tudo, arranha meu peito, caga no meu caminho, mija nas minhas certezas … só sossega quando eu volto pra casa, pro equilíbrio, pro centro, pro seguro. Até que eu seja eu novamente. Até que ele possa me soltar para que eu esqueça dele aqui dentro e dos outros lá fora. E siga a dura vida dos bípedes com dores nas costas e dentes grandes.

www.tatibernardi.com.br

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Tentativa número 1. (Que foi?? Pelo menos eu tô tentando) (Lígia)

Porque eu tô bloqueada, eu estou simplesmente bloqueada.
E tudo se resume a música e sol no rosto. Quando pensar no futuro dá um incomodo e você não sabe bem o que fazer com o silêncio que se torna espacial ao almoçar com seu pai.
E pelo menos nessas horas o Patrick Kenzie e seu sarcasmo e pessimismo, ironicamente, me consolam...ou não, não me consola, me aconchega, faz sentido?
Tô bloqueada porque o único jeito que tô conseguindo me definir é bloqueada. E convenhamos que isso não é nada bom.
Eu ando por aí culpando a felicidade, mas acho de verdade que essa não é a questão. Será que eu, que tanto tenho pra falar, me vejo sem saber sobre o que? Só sei resmungar de dor e de escuridão e de almas quebradas?
Cara, alguma coisa tá morrendo em mim, alguma coisa tá nascendo em mim, alguma coisa tá se revirando aqui embaixo da pele, e eu tô assistindo, no canto, assustada...assustada não, apática, faz sentido?
Apática porque não quero reclamar, porque eu nem saberia do que mesmo se quisesse, porque não tem do que.
Eu tenho falhas, eu sou falhas, mas eu tô limpando tudo direito, faz sentindo?
Droga...eu tô tão bloqueada.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

O bem que um chiclete faz (buy a banana) - (Dani)

Na verdade não foi nada. Na verdade não tem que ter muito motivo. Mas a gente tinha motivo, e tava sentada lá. Até ganhou chiclete, porque a gente é legal e sorri.
E ventava, meu pai como ventava. "Calça social e moletom, eu sou ridícula mesmo".
Do nada a gente olhava pro nada e ficava... Puta dia difícil. Não fiz nada hoje, nem eu. Só enrolei, eu também.
E voltava, cada uma pro seu silêncio. Mais uma cerveja, moças? Mais uma, por favor. E a gargalhada do bêbado lá dentro era a grande alegria da noite. E do dia. Porque ele ria de tudo, e ria alto, do jeito que só os mendigos riem. Aqueles mendigos que torcem fervorosamente pra um time a cada minuto.
Porque eles gargalham? Deve ser loucura, deve ser desespero. Ou deve ser porque eles acham tudo uma grande piada. E como a gente não tava tão louca, nem tão desesperada, nem tão engraçada, a gente só ria. E olhava de novo pro nada.
Mas no fundo tudo deve ser realmente uma grande piada. Porque a gente saiu de lá rindo da cara do Henrique Chamma, coitadinho, se remexendo no túmulo.
Como é seu método pra baixar música? Métodos virginianos sempre são melhores que os aquarianos. Aquarianos são bagunçados mesmo, deixa pra lá. Você ia surtar vendo meu quarto.
Sabe quando voce se sente deslocada na sua própria casa? Sei. Ah é, você sabe. Mal. Sussa. Então, eu ficaria sentada aqui, bebendo cerveja. Ou até coca. Mas eu tenho que ir, descobrir um ônibus novo que não aquela carreta que eu chamo de ônibus. Carreta maldita. Pra chegar em casa e enfrentar o Brasil.
Um chiclete junto com o troco. Pra fazer o silencio sorrir na ventania e o dia errado dar um bocadinho mais certo.

sábado, 19 de julho de 2008

Filosofia que auto-ajuda. (Dani)

Dizem que a cada sete anos você passa por uma crise. Faz muito sentido, considerando nossa sociedade ocidental onde aos sete você entra na escola, aos catorze na adolescência, aos 21 na vida adulta e por aí vai. A diferença são esses pequenos momentos, ou grandes reviravoltas que acontecem a qualquer instante e não podem ser classificados como uma crise, porque crise implica geralmente em transtornos, em ápices que talvez não se controle.
As reviravoltas (vou adotar esse nome) vêm geralmente de brinde em situações onde você se permite relaxar, onde tudo parece estar sob controle. E de repente você se vê encarando "reviravoltas". E é sobre isso que quero falar. Nietzsche "pregava" (se é que se pode usar esse termo ao falar desse cara) o eterno retorno. E não é o retorno que Deus te proporciona, de viver mais uma vida, uma vida diferente e melhor dependendo de como você se comportou nessa.
Se sua vida fosse um eterno retornar, e esse retornar fosse exatamente igual. Se todas as suas atitudes aqui, agora, se repetissem por toda a eternidade, e você soubesse que isso já tinha acontecido infinitas vezes e ainda iriam acontecer mais infinitas, essa seria sua atitude? Você faria as coisas do jeito que faz hoje? E mais que isso, você deixaria de fazer as coisas que deixa de fazer, por medo, por vergonha ou por preguiça?
Não, eu não estou "pregando" o CARPE DIEM, mas acho que no fundo ele também tem algo a ver com isso. Eu estou falando de uma coisa maior, o AMOR FATI: escolha seu destino, ame seu destino. Quando Nietzsche mata Deus, ele torna-se o único responsável pelo seu destino. Sem culpas, sem uma desculpa de bondade baseada no medo do inferno. Porque nós, em pleno século XXI, estamos ainda presos na fraqueza da Idade Média. O medo de viver não somente por dever explicações à sociedade, mas também por ter que prestar contas ao final da jornada. Além disso, temos em Deus nosso último refúgio quando nossas escolhas dão errado, nos eximando da culpa. Somos pequenas crianças quando isso nos é conveniente.
Ao entender o eterno retorno, tudo fica mais claro. A cada atitude tomada, temos em mente que isso irá se repetir para todo o sempre. Tomando isso como guia, temos a escolha de ter uma vida mais sincera, pra não dizer mais nítida. Começa-se a ESCOLHER nossas vontades, não apenas a ser escolhido. A assumir responsabilidades e a temer as escolhas que deixamos de fazer. O medo, a vergonha, a preguiça, tudo isso torna-se muito pequeno visto da imensidão do infinito. E você começa a ter controle. Controle é igualmente libertador e assustador.
Ainda nessa linha, de ter controle sobre o próprio destino, começamos a ter controle sobre nossas vontades. A vontade é o que guia o homem, tornando-o diferente da multidão, até mesmo da vontade coletiva. Identificar essa vontade é extremamente difícil, pois somos moldados desde a infância por fatores externos. Porém, com um pouquinho de coragem conseguimos distinguir o que é nosso, mesmo que isso nos envergonhe. Quem já não sentiu vergonha ou até mesmo tristeza por querer alguma coisa que atire a primeira pedra. Nossas vontades definem quem nós somos, e quanto mais conseguimos trazê-las a tona, mais estamos mergulhando nessa correnteza que é a vida bem vivida. As vontades podem estar no inconscientes, e somente uns poucos conseguem acessar essa camada, apesar de muitos tentarem. De qualquer forma, são todos corajosos, todos companheiros de jornada, uma jornada menos mentirosa.
AMOR FATI: escolhe teu destino, ama teu destino. Não fomos criados para aceitar imposições, para aceitar moldes, para jogar a culpa em alguém. Não podemos culpar nossa família, nossos amigos, Deus. Eles não têm culpa se não vivemos verdadeiramente, se nao ESCOLHEMOS.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

CHU (Lígia)

Por ser a minha pessoa, a minha maruja.

Te amo.


"I just want to tell you so you know

Here I go, scream my lungs out and try to get to you
You are my only one
I let go but there's just no one that gets me like you do
You are my only, my only one."


(Vamos ver se a senhorita lê minhas postagens agora! HAHAHAHAHAHA)

terça-feira, 15 de julho de 2008

2 na mesma noite, sorry (Dani)

"Esse esforço que farei agora por deixar subir à tona um sentido, qualquer que seja, esse esforço seria facilitado se eu fingisse escrever para alguém.
Mas receio começar a compor para poder ser entendida pelo alguém imaginário, receio começar a “fazer” um sentido, com a mesma mansa loucura que até ontem era o meu modo sadio de caber num sistema. Terei que ter a coragem de usar um coração desprotegido e de ir falando para o nada e para o ninguém? Assim como uma criança pensa para o nada. E correr o risco de ser esmagada pelo acaso."
Clarice Lispector

Porque se eu pudesse, trocaria. (Dani)

When you're so lonely lying in bed
Night's closed it's eyes but can't rest your head
Everyone's sleeping all through the house
You wish you could dream but forgot to somehow

Sing this lullaby to yourself
Sing this lullaby to yourself

And if you are waiting, waiting for me
Know I'll be home soon darling I guarantee
I'll be home Sunday just in one week
Dry up your tears if you start to weep

And sing this lullaby to yourself
Sing this lullaby to yourself

Lullaby, I'm not nearby
Sing this lullaby to yourself
Don't you cry, no don't you cry
Sing this lullaby to yourself

Cause when I arrive dear it won't be that long
No it won't seem like anytime that I've been gone
It ain't the first time it won't be the last
Won't you remember these words to help the time pass?

So when you're so lonely lying in bed
Night's closed it's eyes but can't rest your head
Everyone's sleeping all through the house
You wish you could dream but forgot to somehow

Sing this lullaby to yourself
Sing this lullaby to yourself
Sing this lullaby, sing this lullaby
Sing this lullaby to yourself (e eu continuo cantando)

Porque se eu pudesse, trocaria mais da metade do meu mundo por uma pessoa só.

porque tem coisas que chegam até nós no momento perfeito (Lígia)

"Não se preocupe em ser um gênio e não se preocupe se não for inteligente.
Confie mais no trabalho duro, na perseverança e na determinação. O melhor lema para uma longa marcha é 'Não resmungue. Aguente.'
Você tem o futuro nas mãos. Nunca duvide disso.
Não se gabe. O menino que se gaba, assim como o homem que se gaba, pouco mais pode fazer. É um zé-ninguém que anuncia sua própria mercadoria barata. A lata vazia é a que faz mais barulho.
Seja honesto. Seja leal. Seja bondoso. Lembre que a coisa mais difícil de conseguir é a faculdade de ser altruísta. Como qualidade, é um dos mais belos atributos da masculinidade.
Ame o mar, a sonoridade da praia, os prados amplos.
Mantenha-se limpo de corpo e mente."

De um tal de Sir Frederick Treves, escrito em 2 de setembro de 1903, e caiu nas minhas mãos sem querer hoje, e fez todo o sentindo do mundo.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Fotografia me encanta bem (Dani)

Na vida..não acredite que você ira conseguir tudo por si só...vc precisa dos outros...os outros precisam de vc.O ser humano é gregário....Ou mesmo que vc não seja do tipo que vive em grandes grupos....de UMA pessoa...vc precisa.Um melhor amigo...ou vários....ou alguem que simplesmente lhe ofereça a mão bem no instante em que você esta no chão...saiba reconhecer, e apreciar quando isso acontece....
(Por Felippe Bicão)


Esse "garoto" é um puta fotógrafo, desenhista, designer e ainda faz uns bicos como arquiteto! Foto aí do lado é dele tb...
Sem contar as conversas "cool" sobre filosofia!
Quem quiser conhecer o trabalho dele, fica aí o link:
http://www.flickr.com/photos/bicao/



terça-feira, 8 de julho de 2008

Partes (Dani)

Dizem que você sempre espera o amor. Mas não adianta muito, porque ele nunca vem de uma vez, ele vem em partes...
Eu amei quando meus olhos estavam cheios de lágrimas e eu evitei olhar pra você. E quando olhei, os seus também estavam e foi o momento mais feliz da vida.
Aquele dia que você deitou na grama e ficou conversando comigo até minha bebedeira passar e até minha dor passar. Eu te amei naquele dia.
Por falar em dor, eu te amei muito quando você dormiu comigo no chão da sala no pior dia da minha vida.
Quando você dormiu no meu ombro no cinema, então. Amei essa parte sua. Nunca achei que você era do tipo que dorme em ombros.
Eu amei quando você me ensinou o quão bom é fazer carinho no pé usando seu próprio pé. Amei aquilo, meus pés sentem falta.
Amei aquela parte sua que me olhou nos olhos e disse que estava desistindo de resistir à mim. Aí eu podia fechar os olhos tranquila e beijar você.
Adorei quando você me ensinou a comer yakissoba com palitinhos. E adorei quando eu te ensinei ioga dentro da barraca quando a gente acampou.
Todas as vezes que você me deixou em casa e a gente ficou namorando na porta. Sua cara quando eu voltei de viagem. Sua cara de susto ao me dizer que há muito tempo você não sentia aquilo de novo. Sua cara de tudo bem quando eu te deixei quase uma hora esperando e você ainda estava sentadinho lá.
Tantas partes... Eu amei todas.
Seu jeito de me pegar no colo no mar. Eu reclamava, mas amava seu jeito de me pegar no colo no mar.
Seu jeito de me beijar na varanda e me levar no colo pra sala, como se eu pesasse dez quilos. Suas brincadeiras de dizer que minha tatuagem atrás da orelha deveria ser um alvo, não uma rosa.

O amor vem em partes mesmo. Mas então porque raios todas essas partes não se juntam num homem só???

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Corrida (Dani)

Saí do trabalho às seis (adoro falar isso), peguei minha malinha, tchau tchau boa noite falou pra todo mundo. Fui até o ponto de ônibus, bilhete único é meu melhor amigo. Tá, vamos correr. Me troquei, blablabla....
Não existe sensação melhor do que ligar o cronômetro e começar a correr. Não tem dia cansativo (meu dia não foi cansativo), não tem frio, não tem chuva, eu juro que não ligo. Eu realmente amo correr.
E não adianta, eu não vou pensar em você nessa hora. Não vou pensar que você é um idiota, não vou me remoer por você não me ligar e eu continuar te ligando, não vou bolar planos pra te conquistar.
E se mesmo assim você for um príncipe, se você for o amor da minha vida me oferecendo comida japonesa (não me ofereça chocolate que eu não gosto muito, me ofereça temaki e sushi), mesmo assim eu não vou pensar em você. Desculpa.
Porque essa é a mágica, isso que me faz gostar tanto de corrida. Eu não penso. Eu só corro. Corro e marco o tempo. E quero correr mais, não necessariamente mais rápido. E nessa hora eu não preciso ser nada, eu posso cantar a música que tá berrando no meu ouvido, se eu tiver fôlego pra isso.
Deve ser essa a razão do meu tremendo mau-humor quando tive que ficar três semanas sem correr. Você vicia nas coisas que te fazem parar de pensar. Hehe.
E também não é porque eu saio sempre com a sensação de que estou 40 minutos mais gostosa. É uma boa sensação, mas não é por isso. Nem porque eu fico feliz ao me ver no espelho com shortinho de jogador de futebol que encolheu (o short) e não quero ter um surto. Não é pra emagrecer, não é pra me mostrar.
Pra pessoas como eu, é muito difícil simplesmente não pensar. E se você, assim como eu, achar uma coisa (e não uma pessoa) que te faça parar de pensar, você vai entender o que eu estou falando...

Corrida da Nike dia 31.08! A do ano passado foi animal! Não sei pq to fazendo propaganda, mas é bem legal mesmo! 10km, lá na USP!