quarta-feira, 29 de abril de 2009

Pra ser feliz (Dani)

Pra ser feliz eu preciso mesmo de algumas coisas...
Uma varanda, uma Heineken.
Um chinelo, um fone de ouvido.
Um biquíni, um silêncio.
Uma conversa, uma risada.
Um tênis.
Uma mensagem no meio da noite.
Uma noite bem dormida.

sábado, 25 de abril de 2009

Sometimes even the right is wrong (Dani)

Uma frase linda do Coldplay. Que eu ouço agora porque eu sou assim mesmo, influenciável. Porque é bom e porque eles só cantam quando têm algo a dizer.
E ontem foi isso mesmo que eu senti. Que todos os bom predicados, que todos os bons sujeitos, que todos os bons qualquer coisa às vezes, sem querer, entram na hora errada, saem na hora certa, vem e vão sem qualquer aviso prévio.

E vc olha sem entender, sentindo saudade do que nem aconteceu. Saudade do friozinho na barriga que um dia voce sentiu e que agora não sabe nem ao menos de onde veio, nem porquê.

ps: Letra de Lovers in Japan

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Agora meu (Dani)

Me surge como uma cosquinha de leve. Como um pequeno incômodo feliz. Aparece mais forte quando eu compro aquele um milhão de cervejas e vou praquela praça. Surge um pouco mais sorridente quando minha irmã pinta a Hello Kitty e me dá dizendo: "Esse é da Dani, toma Dani." Eu quase morro por ela. E por falar em Hello Kitty e por falar em morrer, quase morro cada vez que chamo minha amiga de Hello Kitty doida. Porque um dia achei que ela era meiga. Mas ela é má. Tão má que quase me mata cada vez que falo isso. E fico um pouco mais feliz.
Quando eu falo "vou escrever um livro" e ele responde "tava pensando a mesma coisa", eu sei que melhores amigos não vem por acaso. E pra mim a cena mais linda de todos os tempos é a minha mão entrelaçada com a sua, as cores mais lindas do mundo. Não sei como ainda não tirei essa foto. Talvez eu não precise.
Almoçar lanche com voce no bar velho de guerra da esquina é tão bom quanto antes. Porque a gente discute sobre a influência de Jeff Buckley no cd do Padre Marcelo Rossi e eu tento te convencer de que Jack Johnson é bom. E eu nunca dou tanta risada, e eu nunca sou tão idiota. E a cosquinha volta.
Essas musiquinhas com gaita e sotaque de americano caipira. Eu queria mostrar todas pra voce mas elas tem nomes que é melhor não te mostrar agora pra não te assustar. Mas eu já te mostrei Dave Matthews, então você já sabe bastante. E ainda não se assustou, que coisa.
E pra vc também mocinha, eu quero te mostrar o quão feliz é o mundo. Não feliz sempre que isso me irrita, mas o quão não insuportável é o mundo. E vc é sortuda não pela faculdade ou pela sua casa, voce é sortuda porque voce é mais forte que a maioria, eu confio nisso.
Me viciar em três músicas a ponto de dançar na fila do metrô me dá mais cosquinhas. E saber que eu não quero nada, que eu realmente não estou tentando nada. Eu não estou provando nada, eu tô só provando um pouquinho de você, pouco ainda pra não gastar. E eu não imaginava muita coisa... Cosquinhas...
Sei lá... andando e dançando e ficando feliz pela vida...

Tati Bernardi (Dani)

"Agora eu sei que é a parte que a gente se beija com tanto ódio do resto do mundo e com uma cumplicidade bonita de não estar tentando nada. Não estamos tentando absolutamente nada."

"Eu percebi que minha ansiedade é a típica da garota boba que leu nove livros, sabe de sete músicas, viu quatro filmes, conhece dois lugares e acha que ainda ama um homem."

domingo, 12 de abril de 2009

Sem Nome (Dani)

O que eu to sentindo ainda tá sem nome. E na verdade não to procurando. Pode ser um descontentamento, afinal de contas eu tô ouvindo Coldplay porque eles ainda têm algo a dizer, afinal de contas. "Come back and haunt me". Por favor.
Pode ser uma preguiça também. Afinal de contas hoje de manhã eu tava passando frio num ônibus, hoje a tarde eu tava entretendo uma criança de dois anos e hoje a noite eu tava estudando pra mais uma prova chata e sem sentido. E tudo o que eu quis pra hoje foi usar meias e um pijama colorido, talvez até pantufas. E dormir.
Pode ser tipo uma depressãozinha, dessas que atingem a gente depois de viagens. Pela primeira vez eu não refleti sobre problemas, tava bom demais ganhar cerveja de graça por ser amiga da galera. Não pela cerveja, mas pela galera, que fique claro.
Mas provavelmente é mais uma dessas crises. E não adianta, porque estar muito bem e achar meu eixo também me faz entrar em crise. Eu sou um livro de auto-ajuda ambulante, porque sempre acjo crises bem vindas apesar de achar melhor tê-las a cada sete anos. E eu tenho 23 e isso foge completamente da conta.
Eu cansei dessa vidinha, cansei de ser meio adulta e meio adolescente e se até meu pai me entendeu é porque a coisa tá séria. Se nem ele riu e disse: "eu percebi", sem dar nem uma risadinha, é porque a coisa tá bem séria. Eu cansei de comprar cerveja ruim toda sexta feira no meeeesmo lugar. Isso foi bom por três anos, mas já cansei. Cansei daquelas meeeesmas pessoas com cara de bunda reclamando, reclamando e reclamando por anos. Elas não se formam nunca? Quando eu cheguei lá elas já tavam quase se formando, não foram ainda?
Eu quero pegar meus amigos e cair no mundo. Quero minha sala decorada com plantas porque não sei o que me deu mas decidi ter plantinhas espalhadas pela casa. Imagino até minhas almofadas cor de rosa espalhadas pela minha casa que não vai ter cheiro de incenso não. Quero até aprender a cozinhar, olha só. Quero até dormir junto, olha só. Mas não quero morar junto ainda.
Dói pegar o metrô de sempre e ele ter o cinza de sempre e eu pegar os fones pra não começar a gritar e ser presa lá dentro. Porque ninguem se fala, ninguem se olha e ninguem se vê. Porque eu não falo e não olho também. Eu sei que hoje sorri só porque ontem eu tava sorrindo e não quero perder isso.
Pelo amor de Deus tudo o que eu quero é tempo pra ter um emprego legal, ir prum pub a noite e ter minha casinha delícia pra voltar depois.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Poesia (Dani)

Não, eu não vou me atrever a escrever poesia, até porque já me atrevo o suficiente achando que sei escrever "prosa". Não, não.
Mas veja:
"Pinta os lábios para escrever a sua boca em mim.."
"Cartazes te procurando, aeronaves seguem pousando sem você desembarcar, pra eu te dar a mão nessa hora, levar as malas pro Fusca lá fora e eu vou guiando..."
"Ninguém sabia e ninguém viu... que eu estava ao teu lado então..."
Eu poderia escrever um trilhão de frases mais, mas é que agora estou ouvindo Cássia Eller e ficando mais uma vez triste porque ela morreu. E pensando sobre toda essa história de poesia que anda me perseguindo. Eu leio essas frases e imagino cenas tão poéticas...rs Sim, porque agora além de ser simplicidade, amor e liberdade eu também quero poesia.
Não é muito fácil pra mim colocar poesia num papel quando começo um projeto novo. A sensibilidade que a dança tem colocada num Teatro de Dança de quase 20.000m². Não é uma coisa que simplesmente vem, infelizmente. Ainda não.
Mais difícil que isso é por poesia na vida. Andar de bicicleta na hora do almoço só porque deu vontade. Deixar um bilhete pra minha vó em cima do fogão, antes de sair de casa. Tomar uma cerveja de 600ml numa praça às três da manhã enquanto filosofo sobre a vida.
Tem muitas coisas que eu acho poéticas. As plantas da minha casa, tão bem cuidadas. O cheiro de bolo de chocolate saindo do forno. Minha irmãzinha sentada no chão desenhando e cantando. Minha vó costurando à uma da manhã. A noite em si é muito poética. A minha vó em si é pura poesia.
Música, é lógico. Mas música não é pra qualquer um, assim como escrever poesia. Mas uma casa cheia de plantas é sim pra qualquer um. E poesia requer delicadeza, requer atenção e cuidado, só isso. Então, sigo buscando...
"Esse samba é pra você, ó meu amor..." Cássia Eller de novo... quer coisa mais poética que criar um verdadeiro samba pra alguém?