segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Ouve DMB que passa, Dani (Dani)

"I find sometimes it's easy to be myself.
Sometimes, I find it's better to be somebody else." DMB

"Celebrate we will
'cause life is short but sweet for certain" DMB

sábado, 28 de novembro de 2009

Eu sei, mas não devia (Dani)

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.

Marina Colasanti

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Beach Boys Vibrations (Lígia)

To aqui no trabalho, alucinadamente pensando num pufe infantil, e durante um processo de criação às vezes eu preciso me fechar no meu mundo, e nada melhor que um belo fone de ouvido e a música certa! E como meu Ipod tá com a bateria acabando e uma volta de metrô ainda me espera, eu comecei a caçar coisas no computador que eu pudesse ouvir, quando eu acho um CD escrito "música", coloquei no computador e deixei vir o que viesse! Passei um tarde delicia ao som de Architecture In Helsinki, que eu conhecia só de nome, mas foi quando trocou de CD e começou a tocar Beach Boys que eu abri um ultra sorriso!!
Não sou uma suuuper conhecedora, mas os caras sabem como te deixar feliz e te fazer lembrar que o mundo pode ser incrivelmente ensolarado e colorido!


foto: Elena Kalis - série Pure Pleasure

Beach Boys - Good Vibrations

I love the colorful clothes she wears
And the way the sunlight plays upon her hair
I hear the sound of a gentle word
O the wind that lifts her perfume through the air

I'm pickin' up good vibrations, she's givin' me the excitations
Good, good, good, , she's givin' me the excitation

Close my eyes, she's somehow closer now
Sftly smile, I know she must be kind
When I look in her eyes
She goes with me to a blossom world

My, my, my, what elation, I don't know where, but she sends me there
My, my, my, what a sensation, my, my, my, what elation

Gotta keep those love good vibrations are happening with her

Sem nome (Dani)

Tomar susto com os seus tremiliques faz as coisas terem mais sentido e meu dia começar mais brilhante.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Settle down (Dani)

Eu sinto quase a mesma coisa. Como se cada vez que eu estivesse chegando perto, tudo virasse uma grande farsa da qual eu não tenho o direito de participar. Como se fosse bonito demais, perfeito demais e gostoso demais e minha vida nada perfeita de repente não se encaixa. E da aquela vontade de ficar, mas é como se alguem me expulsasse e eu não sei quem é esse quem. E dá uma tristezinha, mas parece sempre que eu mereço ser expulsa.
É como se eu sempre estivesse esperando a peça acabar e minha vida voltar ao "real".

sábado, 14 de novembro de 2009

Romance Cotidiano III (Dani)

"- Antes, eu só via cor nele, ele era meu arco-íris, e o mundo inteiro ficou sem cor.
- E quando foi que o Luís deixou de ser seu arco-íris, Lígia?
- O Luis nunca deixou de ser meu arco-íris! O resto do mundo é que voltou a ter cor."

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Edgar Mueller (Lígia)

O Google é mesmo uma caixinha de surpresa, eu pesquisando "pufes infantis" pro meu novo trabalho e encontro um site muito legal falando de um artista MAIS legal ainda!
O cara chama Edgar Mueller, é um artista alemão e ele faz umas pinturas na rua que dá a sensação de que aquilo é 3D!!
A primeira que ele fez, é essa cachoeira ai embaixo, e foi feita no Canadá em um festival chamado Prairie Arts, em 2007.
Achei absurdamente insano e quis vir postar aqui! Os outros trabalhos estão na Irlanda, na Eslovênia e na Alemanha, respectivamente!

(pra aumentar é só clicar na imagem!)

quem quiser saber mais entra no site dele : http://www.metanamorph.com/




domingo, 8 de novembro de 2009

Dash (Dani)

And from the ballroom floor we are a celebration.
One good stretch before our hibernation.
Our dreams assured and we all will sleep well, sleep well.
Sleep well, sleep well, sleep well.

Fazia muito tempo que eu não ouvia!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

De longe (Dani)

De repente eu senti como se tivesse saído de mim e subido muito alto. Não tão alto a ponto de não saber mais quem é quem, mas alto o suficiente pra que todas as picuinhas sumissem.
E lá as coisas importantes viraram ainda mais importantes e se tornaram tão claras que eu não liguei por alguns momentos pra essas pequenas chatices da vida.