terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Três dias! (Dani)

Forget your sorrows and dance
Forget your troubles and dance
Forget your sickness and dance
Forget your weakness and dance...

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

7 dias em Vanduzi (Lígia)

Estava eu, bela e formosa, no cabeleireiro, sentadinha na cadeira e o cabeleireiro me passou umas daquelas revistas bem toscas de mulher, acho que chamava Uma a revista. Como quem não quer nada comecei a folhear sem esperar muita coisa, quando me deparei com uma notícia/reportagem com Ricardo Reis, um fotógrafo e dono de uma empresa de fotos e filmagens, que decidiu passar um tempo na África. Dessa viagem saiu um documentário chamado 7 dias em Vanduzi, uma pequena cidade em Moçambique, no qual ele acompanha o cotidiano das pessoas que moram ali. Ele lançou também um livro de fotografias que ele tirou na viagem, fiquei apaixonada por essa que eu encontrei pela internet.



foto:Ricardo Reis


O Real Sentido das Coisas

"África, continente tão explorado em tempos de colonização, e tão esquecido em meio a globalização. Sua história é complexa, pois sua desigualdade mascara, aquilo que tem de mais valioso: seu povo, o qual possui uma inestimável alegria de viver.
Em uma viagem feita no ultimo mês de julho, pude conhecer estas virtudes um pouco mais de perto. Confesso que me senti ansioso, mas este sentimento deu lugar a outros ainda mais fortes e profundos. Chegando a uma estrada em Beira deparei-me com um caminhão que não fazia o transporte de um carregamento de esperança, sonhos ou expectativas, mas, sim, levava pessoas que viram suas vidas e suas vontades serem massacradas pela AIDS ou SIDA, como é conhecida pelos nativos,que está presente em uma alta parcela da população (29% possui o vírus, segundo a OMS, Organização Mundial da Saúde). A trilha destas pessoas rumo ao cemitério leva consigo os anseios de aproveitar cada dia, cada momento como se ele não voltasse mais. Depois de algumas reflexões, entendi que bens materiais ou aparência não importam. Os sonhos da maioria dessas pessoas podem parecer simples para nós, como fazer três refeições ao dia. Querem ser cidadãos dignos e com condições humanas de vida. Esta viagem foi, com certeza, uma experiência marcante em minha vida. Descobri que estar perto daquelas pessoas e ajudá-las, mesmo que com práticas comuns, como servir caldo de cana em um almoço, (prática incomum aos homens africanos, os quais estranharam o comportamento deste estrangeiro branco que se submeteu a trabalhos domésticos, apenas atribuídos às mulheres) podia significar muito mais. No “caos em meio ao caos” do culto á vários deuses, de desigualdades imensuráveis, de vidas efêmeras, percebi que todos nós podemos ser a esperança, talvez a única, a estas pessoas que necessitam de muito mais do que condições dignas de vida. Esta aventura teve como razão principal a produção de um documentário simples, mas de alto impacto, bem como um livro sobre minhas experiências, algumas exposições e palestras as quais terão renda revertida para projetos de inclusão social, como cooperativas, em Moçambique. Meu intuito? Fazer algo diferente, pelo próximo, auxiliar, a medida do possível, agindo de forma simples e com esperança de transformar as condições de vida de algumas pessoas".

Ricardo Reis


Em um dos sites que eu pesquisei, obtive a informação que "o DVD – “7 dias em Vanduzi” – custa R$20, e as vendas por enquanto estão sendo feitas através do telefone (11) 3051 3367"

domingo, 20 de dezembro de 2009

Escrito num guardanapo (Dani)

Sensação de grande, de vazio, de infinito. Sensação de sozinha, se é que isso existe. O vento, a terra seca, o calor. Andar. Poderia ser aqui ou no deserto. Tudo se transforma num grande deserto cor de sol.
Pensamentos em círculos que também sofrem com o calor. Solidão. Uma velhinha com sua bengala, parada, no meio da rua sem carros.
Sede. Transbordo de sede, apesar de todo o vazio de hoje.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

O universo todo numa flor (Lígia)

Alguma coisa mudou em mim nesse final de semana, ainda é difícil explicar. Eu sempre volto mais centrada de Vinhedo, mas dessa vez eu voltei completamente no eixo. Saber que meu pai, quando criança, empurrava carros na enchente pra ganhar uns trocados explica muita coisa sobre mim, faz com que eu me entenda muito melhor. Deu aquela sensação de “fechar a conta”, sabe?
Na verdade eu ainda to sentindo tudo isso, mas sei lá, durante o show do Forfun mais a noite, mesmo não estando olhando diretamente pra eles, e mesmo o Luis estando semi morto do meu lado, eu tava lá sentada e senti meu coração transbordar completamente, sei lá, é meio esquisito isso, mas eu tive uma experiência de amor muito forte naquele momento e eu fiquei muito feliz de ter tanta gente lá, de aquele lugar estar abarrotado de crianças de 15 anos se achando super malandras hahahahaha, mas pelo menos elas estavam lá, ouvindo aquelas letras, eu me senti muito feliz por isso.
Engraçado o Luis ao mesmo tempo estar xingando meio mundo porque “ninguém nem entende o que eles estão falando”, mas eu tive a percepção exatamente contrária, o que é muito esquisito já que eu que sempre reclamei disso pra ele, dos jovens que na verdade só estão buscando uma imagem dentro da sua própria insegurança. Mas sei lá, às vezes a gente pensa uma coisa, e sente outra. E naquele momento eu senti muito amor, tanto amor, que eu transbordei. Eu senti o peso da verdade em cada palavra e isso me deixou extremamente leve.
Eu não consegui explicar tudo isso pro Lú quando a gente tava subindo a Teodoro e ele tava dissertando sobre “shoppings lotados e bibliotecas vazias”, talvez não estivesse ainda tão claro na minha cabeça. Mas o combo da simplicidade absurda da minha família, da diversão mais inocente que mantém uma vovó de 87 anos e uma criança de 12 juntas e dois irmãos de 59 e 57 voltarem a ter 10 e 8, junto de “nem dinheiro nem prazeres vão trazer o que você está procurando” fez com que eu mergulhasse dentro de mim completamente, numa sensação de paz absurda.

"Eu vejo, e eu não estou só
Enxergo, contemplo
Almejo, e eu não estou só
Eu corro, e eu não estou só
Respiro, e eu não estou só
Eu canto e danço
A certeza que desata o nó
Sentindo que eu não estou só
Eu penso, e eu não estou só
Reflito e calo
Sorrio, e eu não estou só
Eu choro, e eu não estou só
Viajo, e eu não estou só
Eu erro e aprendo
A água, o fogo, o ar e o pó
Sou tudo, logo não estou só"

domingo, 13 de dezembro de 2009

Se eu fosse (Dani)

se eu fosse um mês: eu seria janeiro.
se eu fosse um dia da semana: eu seria a sexta-feira.
se eu fosse uma hora do dia: eu seria às 07:00 da noite.
se eu fosse uma estação do ano: eu seria o verão.
se eu fosse um planeta: eu seria a Terra.
se eu fosse uma direção: eu seria o norte.
se eu fosse um móvel: eu seria uma cama.
se eu fosse um pecado: eu seria a gula.
se eu fosse um sentido: eu seria o tato.
se eu fosse uma pedra: eu seria uma esmeralda.
se eu fosse uma planta: eu seria um cacto!
se eu fosse uma flor: eu seria uma azaléa.
se eu fosse um clima: eu seria brisa fresca.
se eu fosse um prato: eu seria um temaki.
se eu fosse um instrumento musical: eu seria um violino
se eu fosse um elemento: eu seria o ar.
se eu fosse uma cor: eu seria azul.
se eu fosse um animal: eu seria um esquilo.
se eu fosse um som: eu seria uma gargalhada.
se eu fosse uma música: eu seria "Resposta ao Tempo".
se eu fosse um sentimento: eu seria o carinho.
se eu fosse um lugar: eu seria Floripa.
se eu fosse um sabor: eu seria picanha.
se eu fosse uma palavra: eu seria alegria.
se eu fosse um verbo: eu seria tentar.
se eu fosse um objeto: eu seria uma canetinha colorida.
se eu fosse uma parte do corpo: eu seria os olhos.
se eu fosse um número: eu seria o 14.
se eu fosse um símbolo: eu seria uma mandala.

Copiei do site: http://passarinhosborboletas.blogspot.com/

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

11/12/2009 (Lígia)

Hoje eu já senti tanta coisa que eu to até cansada, eu fico brava e cansada e meu bom humor insiste em voltar só pra eu brigar de novo comigo mesma e ficar cansada de novo! Mais metafórico impossível! 2009 foi um ano muito longo, hoje o dia foi muito longo. Post desconexo porque se eu tentar fazer sentido vai ficar pior, e eu preciso escrever porque se eu fico muito tempo sem postar as expectativas aumentam e fica cada vais mais difícil, e vira uma grande bola de neve. Dessa vez eu culpo o Angus, que me fez querer planejar um post e isso não existe, eu só sei escrever se for de uma vez, se for vomitando, se for atropelando os pensamentos com palavras. A confusão é tanta que o intervalo são segundos, tava há alguns segundos atrás rindo que nem uma idiota da história do “molecão” sendo Lígia e Bruno da maneira mais Lígia e Bruno que a gente consegue ser, falando em códigos, sendo bestas, de um jeito que só existe o nosso jeito no mundo, e quando correram alguns segundos todo o caos e as minhas costas que começam a doer e eu fico me sentindo uma velha, tudo porque eu não sei detalhar aquele meleca de serralheria e fica difícil fazer o que eu tenho que fazer se eu fico sendo desviada e fico tapando buraco dos outros, que besteira, escrevendo assim parece que é uma coisa idiota e eu nem me lembro mais porque minhas costas doeram, acho que é a tristezinha das costas tarem doendo mesmo eu tendo dormido no Lux Bonell, e isso nunca aconteceu, mas essa noite foi uma noite de estréias, não das melhores, eu sei, mas como a Dani sempre diz, isso já me aliviou depois que eu conversei com meu irmão, amigos homens são uma necessidade pra uma mulher, eles deixam tudo mais leve! E eu to escrevendo isso que nem uma maluca sem nem olhar pra trás, quanto mais rápido o Bob Dylan canta no meu ouvido mais rápido eu digito! E no fim das contas o que importa é que o bom humor insiste em voltar, e se isso também for metafórico, é tudo que eu preciso saber por enquanto.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Um banho de chuva (Dani)



Acabei de chegar em casa depois de um ligeiro banho de chuva. Acabei de fazer uma amiga no ônibus, ela me conhecia quando eu tinha 10 anos e estudou comigo. E ela vai casar esse mês! Foi bom ter ficado feliz pelo casamento de uma desconhecida, apesar disso ser absurdamente distante da minha vida.

E o que fez meu banho de chuva mais feliz foi estar voltando pra casa com as passagens de Florianópolis compradas, e as reservas da pousada feitas! É muito boa a sensação de familiaridade que eu sinto com as pessoas de lá, mesmo com uma simples conversa ao telefone. Saber que em poucos dias estarei perto dos pescadores e dos barcos, dos pratos gigantescos de camarão e das pranchas e do mar.

A maior lição que a portuguesinha me ensinou foi: Se isso não está mais fazendo sentido, porque insistir? E é verdade, porque insistimos? Por hábito, por comodismo ou por uma vontade real? Não sei mais, não tenho essas respostas certas dentro do meu coração, o que quer dizer muitas coisa pra mim. E muita coisa não está mais fazendo sentido, quando olho de frente.

Então talvez meu hábito me leve a certas coisas. A certos telefonemas sem sentido, a certos apegos sem explicação... Mas é esse mesmo hábito que me faz esquecer de tudo isso, quando tenho a passagem pra Florianópolis guardadinha na minha carteira.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Vamos ver o sol nascer (Dani)


Chega dezembro, é inevitável. Minha vontade de fazer as malas cresce, minha ânsia por praia aumenta a ponto de eu contar os dias para as férias chegarem.

Chega dezembro e junto também vem a vontade de fazer planos. Eu tenho sonhos bobos, que são tão fáceis de serem realizados que eu não sei como ainda não os realizei. Essas férias vou pedir pra um pescador pra ir pescar com ele, às quatro da manhã. Vou fazer uma aula de surf, junto com as crianças de oito anos. Vou apostar corrida de sandboard.

Às vezes, em dias feios como hoje, eu sinto vontade de ir embora para a Grécia. Ficar lá uns meses, vendo a vida e vivendo outras coisas. Mas grego irrita demais, e eu não quero me irritar com a Grécia. Talvez em julho eu vá pra lá, ficar uns dias.

Esse ano eu trabalhei demais, talvez mais que todos os outros anos juntos da minha vida. Fico feliz de ter construído coisas, mesmo que tenha me deixado um pouquinho de lado algumas várias vezes. Sinto que deixei de lado minha família também, mas acho que tudo fez parte do processo. Nunca tinha realizado tantas coisas como em 2009, e parece que isso é só o começo.

Queria tirar seis meses de 2010 pra mim. Pra me conhecer, pra conhecer lugares, fotografar, pensar, andar por aí. Ver novos mercados, novos olhares, novas frutas pela manhã. Criar bons hábitos, como me ensinou um havaiano no começo de 2009. Nunca quero me rotular ou deixar que coloquem rótulos nas minhas coisas e na minha vida.

Quero ir pro Chile ver o deserto de novo, nadar no Pacífico de novo. Conhecer Santiago, a oficina central do Teto, ir pra Machu Picchu. Quero ver, ver, ver. Quero saber sempre mais sobre quem eu sou pra que eu nunca esqueça que eu nasci com a capacidade de acreditar nas coisas. Quero ver pra não me deixar soterrar pelo trabalho e pelas "responsabilidades" que te jogam a partir de um certo momento na vida.

Quero ver pra continuar com a certeza de que cada comportamento seu é uma escolha, e cada direção a se tomar na vida também. Que venha o verão de 2010.

What's the history? (Dani)

Need a little time to wake up
Need a little time to rest your mind
You know you should so I guess that you might as well
What's the story, morning glory?