quarta-feira, 30 de julho de 2008

Meus olhos tiram fotos (Dani)

Eu não tenho fotos da Bolívia. Mas isso em si já é um fato muito relevante. Eu não tenho fotos porque em nenhum lugar onde eu dormi na Bolivia tinha LUZ. Eu poderia ter comprado pilhas, mas eu tava voltando pra casa, ainda tinha que dar um jeito de chegar viva ao Brasil. Chegar em Corumbá significava ter meu cartão do banco de volta, que loucura. Coisas que você precisa fazer pra dizer: isso eu nunca mais faço.
Mas lá estava eu, atravessando os Andes naqueles ônibus velhos que quebram na beira da estrada. E a estrada em questão era os Andes. Vocês tem idéia do quão alto é aquilo??? Tem idéia do que é estar num estrada que faz curvas de 180º e NÃO tem nenhum tipo de proteção? Tem noção do que é a única pessoa que está com você (brigada, te amo) dormir e você ficar sozinho esperando com toda sua fé que o motorista saiba consertar seu ônibus? Cara, não é a Dutra. São os ANDES (desculpa o uso de muitas maiúsculas, mas não consigo não me empolgar).
A gente já tinha estado no Paraguai com suas pessoas com cara de bravas, na belezura das cataratas do Iguaçu, na Argentina que nos recebeu muito bem, no Chile com seu deserto de sal e seu oceano Pacífico num dia de sol e Caetano Veloso no ouvido.
Mas estar na Bolívia, isso sim é um tapa na cara. Por favor, uma vez na vida, atravessem o Andes de ônibus, ou de carro. E não durmam no ônibus (hehe, te amo de novo!). Eu atravessei duas vezes, e nas duas vi o por do sol... É surreal. Eu entrei na Bolívia assim...
E é lindo. A Bolívia dói de tão linda. A beleza que a gente está acostumado, a beleza de ter paisagens lindas, de ter sempre pra onde olhar, tudo é bonito, todas as montanhas são mágicas... Mas a melhor beleza da Bolívia é o tapa na cara que ela te dá. A gente já não tinha mais grana, a gente tava quase correndo pra voltar pra casa e pro feijão da vovó. Mas a gente tava lá, e qualquer lugar é lugar e qualquer hora é hora pra tomar um tapa na cara.
Todo ônibus tem paradas. E nelas você compra sua Coca-Cola, compra seu x-salada e sua bolachinha recheada. Certo? Não se você é um boliviano que não tem grana pra nada. Eles tem uma família com muitos filhos e pouco dinheiro. E aí compram várias marmitas com arroz e pollo (frango), porque é mais barato. E vão distribuindo a comida pras crianças ai longo da viagem... Fria, mas que alimenta.
Eu poderia ter ido pra La Paz. Mas eu fui parar em Cochabamba. E as estradas de terra, as pessoas esperando ônibus no meio daquela poeira... Eu não tinha cabeça nessas horas pra ir procurar pilha. Eu queria sugar aquilo, eu queria absorver tudo aquilo, eu queria olhar MUITO pra nunca mais esquecer. Como diz aquela música do John Mayer, eu não vou por fotos pra que você tenha que ir até lá e veja tudo aquilo.
As mulheres reunidas com aqueles ponchos imensos e coloridos, levando as crianças nas costas. Elas se reuniam e olhavam pra mim com uma cara tão estranha. Estar acompanhada de um homem fez com que eu me sentisse traindo uma espécie de movimento feminino não declarado. Os homens com cara de pai de família, a responsabilidade pela vida de outras pessoas estampada na cara deles. Não esse tanto faz que a gente ve muitas vezes por aí.
E aí você quer olhar pro seu umbigo. Cadê seu umbigo? Ficou lá na primeira curva dos Andes. Tá muito longe pra ir buscar. Eu preciso é de lágrimas e de papel suficiente pra escrever tudo o que eu sinto, pra desenhar, pintar, fotografar. Uma pena estar sem máquina, uma pena. Eu precisava de tudo isso, mas não precisava do meu umbigo.
Aquilo sim é ser invisível, aquilo sim é sofrimento. Eu não consegui voltar pra São Paulo e deixar de ver a Bolívia.

2 post! Porque eu não controlo minha vontade de falar. (Lígia)

Você poderia ser incrível, você poderia ser uma professora muito boa, eu poderia aprender muito com você. Mesmo apesar de sermos tão diferentes, de você ser, como faz questão de dizer bem alto, "Brentwood, Artefacto e Casa Vogue", a gente poderia ter se dado muito bem.
E pensar que um dia, alguma vez, na minha cabeça de 14 anos eu já idealizei mulheres como você.
Mas não, me desculpe, eu não.
Eu sei que sou jovem e deveria trabalhar sem reclamar, e começar do zero, cotando plantas no cad, ligando pra Fulano e pra Ciclano, limpando caixas antigas, furando folhas e fazendo café, e veja bem, eu não reclamaria nem por um segundo, se você fosse menos...assim...
Mas não dá, e tem coisas que eu não vou, eu simplesmente não vou (e não quero nunca!) passar por cima dos meus valores por oportunidade de emprego.
Você faz com que esse ambiente seja um pouco mais pesado e esses móveis, tão preciosamente escolhidos pra impressionar, sejam um pouco mais cinza.
As pessoas gostam de você ou porque são iguais ou porque compram essa sua pose de pessoa importante e na verdade temem você e sonham sozinhas no quarto antes de dormir em um dia ser igual a você e desprezar pessoas como elas mesmas.
Sinceramente, o jeito que você trata a sua sócia, como se ela fosse uma criança que não sabe o que faz, e o pior, ela continua lá, te lambendo. Que saco! A primeira vez que você falou com ela assim na minha frente eu explodi, eu queria levantar da cadeira e falar todas as coisas que passaram na minha cabeça. Eu juro, a terceira vez, eu quase falei, mas você é amiga do meu Pai, e eu sei que não tenho tanto culhão assim.
Cara, o jeito que você falou com aquela atendente e o jeito que você riu quando eu esqueci de perguntar o nome do cara da copiadora, você riu de deboche, tão superior com sua cabeça que funciona perfeitamente.
E a gente fica nessa, eu fazendo só o extremamente necessário e você, com seu nariz empinado, achando que ninguém faz o que você quer, que todos são incompetentes e fica choramingando que não dá pra trabalhar assim.
Se por um momento você tirasse essa banca toda e me ensinasse.
Se você fosse menos...assim!
Sério, o pior é que você é uma puta profissional, mas toda sua moral cai por terra quando você age assim.
Eu poderia, eu bem poderia desencanar e sugar tudo que você pode me dar, e talvez seria o mais inteligente a fazer.
Mas não, me desculpe, eu não.

Mas 4 meses é tão pouco! (Lígia)

Após dormir 2 horas, de suuuper ressaca, eu acordei, tomei banho porque ainda tava com cheiro da balada e do papa burguer que sentou do meu lado no Mac. Me troquei, coloquei calça e levei o short, lógico, porque eu nunca conseguiria sair de casa direto com o short. Bom, não vou entrar na piscina porque não gosto de ficar exibindo meu corpinho por ai, então nem vou levar biquini, como sempre. Minha mãe me levou pra frente do cepê e eu logo vi a galerinha e fui lá toda feliz contar das peripécias da minha balada pensando, "como eu vou conseguir beber hoje, preciso comer alguma coisa antes". Entrei no cepê comprei um salgado com a Dani, tivemos uma conversa super foda lá dentro. Saímos, tentamos entrar no onibus e ele tava trancado, dai o George pulou a janela e abriu a porta! A galerinha do mal do terceiro ano entrou tudo num onibus e começou aquela pinga maldita a passar de um lado pro outro. "Calma, ainda não da!", cantamos a ida inteira, como se fosse um acampamento de 5 série. Saimos do onibus dançando claudinho e buchecha, até aí, nada de novo, a boa e velha fau de sempre, pensei, mais um churras do bixos que eu vou beber 18 latinhas de cerveja, rir, dançar e acordar e ir pra fau. Tudo muito perfeito, nada de novidades. O churras dos bixos é sempre um dia esperado, convenhamos...18 latinhas de cerveja!!!
Coloquei o short, fiquei la no meio, no solzinho, conversando com as meninas e vendo os bixos levarem os engradados de cerveja pra churrasqueira. Ele tava de regata preta, tão bonitinho. Que foi?? Só achei ele bonitinho, não vou casar com ele. "Lígia, quem é?" o Gabis perguntou, ahhh gente que saco, não é pra fazer um estardalhaço, é uma questão muito simples, não é nada de mais! "É aquele alí, de regata preta, viu?"
Cerveja vem, cerveja vai, tudo conforme o planejado, dançando com as meninas, rindo pra valer, mais um dia comum, rouba o chapeu do Fi, rouba o chapeu do Isaac, alguns tacles no caminho, tá eu nem sei a sequencia das coisas, a cerveja já tava rolando ué!
Tô saindo da rodinha da galera pra ir conversar com o Guga, e vejo a Kat arrastando os bixos pra nossa roda, e lá tava a regata preta. Olhei pra Kat e ri, eu já tava saindo não dava pra ficar.
Fui conversar olhando sempre pra roda, vendo ele interagindo com meus amigos, todo timido, hahahahaha tão bonitinho. Tá acho que já da pra voltar pra roda, to entrando...e ele saindo, mas que falta de sintonia! "Houlis, eu trouxe ele até aqui!!!", o que eu ia fazer, dar meia volta e voltar??? Calma né?
O dia vai passando, vai passando e, bem, agora é o mais dificil de lembrar, porque eu não lembro (e ele também não lembra muito bem, assume vai!!) eu sei que chegou um momento que ele me falou o nome dele, e dai de regata preta ele virou Luis, e eu dizia o nome dele várias vezes, nem sei bem porque.
E a gente brincou de balanço, e a gente conversou (e ele insiste em dizer que eu fiquei mais perto dele, sempre do lado dele! hahahahaha)
Ele decidiu pegar o violão, droga eu adoro quando eles tocam violão, e ele decidiu tocar sublime, não me pergunte porque, e ele achou que tinha quebrado o violão, e eu adorei o jeito quase desleixado com que ele encarou isso.
Em algum momento a gente decidiu ir pra rodinha de violão maior, e ele foi pegar o casaco porque tava frio, mas desistiu de usar no meio do caminho e me deu (na verdade jogou em mim!!!!) pra eu segurar, tá pode me chamar de 5 série, mas você não dá seu casaco pra qualquer pessoa, e eu super achei que era um pretexto pra gente não parar de conversar.
Fiquei lá na roda, e tudo isso foi meio acontecendo, eu não tava pensando, não tinha um plano, e de verdade eu nunca achei que alguma coisa fosse acontecer, eu não tava esperando nada. Conversar com ele era legal, sei lá.
Eis que a rodinha acaba, ele saiu e eu fiquei meio por lá...começou a anoitecer e eu pensei, ainda estou com o casaco dele, ele deve tá com frio, vou devolver.
Olha bem, até esse momento, esse exato momento o meu churrasco dos bixos tinha sido exatamento como o esperado, divertido com algumas 12 latinhas na conta, e exatamente o que eu queria. Exatamente o que eu queria porque eu não sabia o que estava me esperando, e naquele momento, do "quero você" eu percebi que "exatamente o que eu queria" eu nem sabia ainda, e ele me deu, ele me deu exatamente o que eu queria de um churrasco dos bixos.
E eu tive a impressão que depois que a gente se beijou a gente não conversou muito, a gente se beijou demais. E eu gostei daquilo. Porque a gente tinha conversado bastante antes. E foi engraçado me deixar levar (apesar de eu insistir em dizer que não tive escolha, eu tive sim, e eu escolhi deixar me levar), nada me deteve, nada passava na minha cabeça pra eu virar o rosto. O que é muito estranho me conhecendo do jeito que eu conheço, acho que é uma coisa que eu nunca vou saber explicar direito.
Eu entrei no onibus (com uma latinha na mão como de tradição) e não tinha nem ideia do que aquela noite significaria pra mim 4 meses depois. Eu não tinha ideia do que ia acontecer naquele dia quando acordei. E que alguém poderia saber exatamente o que eu queria, antes mesmo de mim.


4 meses é muita coisa.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Não é meu, é da Tati Bernardi (Dani)

Que bicho me mordeu?
Não sei quem mora aqui. Não tenho idéia do tamanho. Só tenho medo. Muito medo. Medo de de repente, assim, num fim de tarde qualquer, eu morder alguma canela ou sair correndo de quatro. Não sei.
Medo de comer demais, dormir demais, cagar no meio da rua, latir. Morrer de repente. Do corpo não agüentar o tamanho da minha alma. Medo de alimentar demais o bicho, perder forças pra ele. Deixar que ele ganhe de mim, arrebente a coleira.
Não sei que bicho é. Não sei se é manso. Não sei. Só sei que evito tudo. Beber, fumar, amar, me drogar, sonhar, viajar, passar muito tempo longe de casa, perder o controle, vomitar, virar do avesso, olhar pra ele. Eu não posso perder o controle, entende? Não posso pois não sei o tamanho do meu bicho.
É tanta raiva, eu sei. Meu bicho perdeu a data da vacina. Um corpo 48, um pé 33 e uma mão menor que a do meu primo de dez anos. Isso é tudo o que eu tenho contra ele. Esse é o tamanho da jaula que arrumaram pra fera. Mas ele quase quebra, quase quebra a jaula o tempo todo. Ele quase bate nas pessoas, atropela os folgados, cospe nos sujos, arranha os safados, vomita nos podres, escalda os enganadores, afoga os que partiram sem que eu deixasse, dilacera os que deixaram de me amar, arregaça os posudos. Quase. É uma luta sobrenatural pra ser humana. Tão forte que quase não consigo. Quase não sou humana.
Como pouco, sinto pouco, nado raso, amo o superficial, bebo só as beiradas, belisco a vida. Tudo para me manter imaculada. Tudo para sentir o mínimo possível o mundano das coisas. Tudo para ser quase desumana de tanto negar a vida. Para negar minhas vontades de bicho. Para jamais me lembrar dele. Eu sempre fico com fome, eu sempre acordo antes do sono acabar, eu sempre paro antes do peito arrebentar, eu sempre sento antes da pressão cair, eu sempre tenho prazer antes de sentir prazer. Eu sempre vou até onde é seguro. Eu tenho medo do meu abismo e da soltura do meu bicho. O que ele pode fazer comigo? O que ele pode fazer com você?
Tenho medo do meu bicho. Medo de ir seja onde for. De nunca mais voltar. De esquecer quem eu sou. Medo de gritar bem alto no meio do restaurante. Chutar carros. Rasgar contratos. Uivar para a lua. Dar o bote. Matar ou morrer por uma questão de sobrevivência. Ranger os dentes. Babar. Enfurecer os olhos. E ligar para aquela amiga falsa e mandar ela a merda. Ela e sua pose de merda. E encontrar o branquelo do outro lado da rua e mugir. E encontrar o garoto sorriso e picar de verdade o seu peito. Fazer ninho em seu coração. Até sangrar. Até que eu possa cantar ali dentro. Para ensurdecer o seu peito de merda. Quero ver quem ganha a briga sem educações e civilidades.
Eu tenho medo do tanto que ele rumina. O tanto que ele jamais perdoa e guarda um mundo de rancor em seu corpo pronto para atacar. O tempo todo. Meu touro pronto a sair chifrando o mundo. Morrendo na frente de gente que torce contra e a favor. Morrendo em praça pública. Tenho medo que meu bicho seja frágil e morra. E de só me restar uma casca, um plástico, uma vida oca.
Talvez eu seja injusta. Talvez ele seja apenas um cão de guarda me guiando cega pelo mundo. Talvez um pássaro louco pra sair voando. Mas tenho medo. Não quero ver a cara dele. Tenho medo dele esquecer que tenho amigos, empregos e gente me julgando o tempo todo. E me fazer bicho. Me fazer implorar carinho, comida, colo. Medo dele andar com o cu por aí, sem roupa, mostrando meu lado sujo pra quem quiser olhar pra baixo. Medo dele avançar, atacar, assustar. Medo dele me comer por dentro e eu sucumbir a essa vida que tanto julga nosso lado animal.
Medo de eu me descontrolar. Calma, monga! Calma! E virar a mulher gorila. E quebrar a jaula e afugentar todo mundo. A Tati é louca. A Tati é estranha. Que medo de ser louca. Que medo de ser estranha. Ela brigou com o namorado, a amiga, a mãe, o dupla, a empregada, a atendente da NET. Ela foi embora antes da hora, ela disse o que sentia, ela fez cara de que estava tudo uma grande merda. Calma, monga. Calma! E quem não briga, quem não é verdadeiro, ao invés de bicho tem o quê? Câncer. Ninguém escapa dessa vida. Nem quem medita. Nem quem compra a maior e a melhor coleira do universo. Ninguém escapa. Nascemos bicho, morremos bicho e passamos a vida com medo de saber que bicho é.
Eu tenho medo dele ser mais forte do que eu. Tenho mais medo ainda dele ser mais fraco. Mas pavor mesmo eu tenho quando é ele quem está com medo. O famoso medo de ter medo. Medo dele entrar em parafuso e eu parecer uma aberração. Solta por aí. Se mijando, se cagando, se vomitando, dizendo que ama, que odeia, sentindo coisas que não parecem muito humanas e ao mesmo tempo são as que nos dão alguma humanidade. Pedindo abrigo, comida, latindo, mugindo, miando, relinchando, coaxando, urgindo, vendo o mundo de quatro, arregaçada no chão, com as tetas inchadas, a barriga pra cima, por um pouco de segurança. Um pouquinho só.
E ele com medo é lama na certa. Ele me maltrata, pula em mim, rouba minha fome, me martela o cérebro latindo mais alto que tudo, arranha meu peito, caga no meu caminho, mija nas minhas certezas … só sossega quando eu volto pra casa, pro equilíbrio, pro centro, pro seguro. Até que eu seja eu novamente. Até que ele possa me soltar para que eu esqueça dele aqui dentro e dos outros lá fora. E siga a dura vida dos bípedes com dores nas costas e dentes grandes.

www.tatibernardi.com.br

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Tentativa número 1. (Que foi?? Pelo menos eu tô tentando) (Lígia)

Porque eu tô bloqueada, eu estou simplesmente bloqueada.
E tudo se resume a música e sol no rosto. Quando pensar no futuro dá um incomodo e você não sabe bem o que fazer com o silêncio que se torna espacial ao almoçar com seu pai.
E pelo menos nessas horas o Patrick Kenzie e seu sarcasmo e pessimismo, ironicamente, me consolam...ou não, não me consola, me aconchega, faz sentido?
Tô bloqueada porque o único jeito que tô conseguindo me definir é bloqueada. E convenhamos que isso não é nada bom.
Eu ando por aí culpando a felicidade, mas acho de verdade que essa não é a questão. Será que eu, que tanto tenho pra falar, me vejo sem saber sobre o que? Só sei resmungar de dor e de escuridão e de almas quebradas?
Cara, alguma coisa tá morrendo em mim, alguma coisa tá nascendo em mim, alguma coisa tá se revirando aqui embaixo da pele, e eu tô assistindo, no canto, assustada...assustada não, apática, faz sentido?
Apática porque não quero reclamar, porque eu nem saberia do que mesmo se quisesse, porque não tem do que.
Eu tenho falhas, eu sou falhas, mas eu tô limpando tudo direito, faz sentindo?
Droga...eu tô tão bloqueada.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

O bem que um chiclete faz (buy a banana) - (Dani)

Na verdade não foi nada. Na verdade não tem que ter muito motivo. Mas a gente tinha motivo, e tava sentada lá. Até ganhou chiclete, porque a gente é legal e sorri.
E ventava, meu pai como ventava. "Calça social e moletom, eu sou ridícula mesmo".
Do nada a gente olhava pro nada e ficava... Puta dia difícil. Não fiz nada hoje, nem eu. Só enrolei, eu também.
E voltava, cada uma pro seu silêncio. Mais uma cerveja, moças? Mais uma, por favor. E a gargalhada do bêbado lá dentro era a grande alegria da noite. E do dia. Porque ele ria de tudo, e ria alto, do jeito que só os mendigos riem. Aqueles mendigos que torcem fervorosamente pra um time a cada minuto.
Porque eles gargalham? Deve ser loucura, deve ser desespero. Ou deve ser porque eles acham tudo uma grande piada. E como a gente não tava tão louca, nem tão desesperada, nem tão engraçada, a gente só ria. E olhava de novo pro nada.
Mas no fundo tudo deve ser realmente uma grande piada. Porque a gente saiu de lá rindo da cara do Henrique Chamma, coitadinho, se remexendo no túmulo.
Como é seu método pra baixar música? Métodos virginianos sempre são melhores que os aquarianos. Aquarianos são bagunçados mesmo, deixa pra lá. Você ia surtar vendo meu quarto.
Sabe quando voce se sente deslocada na sua própria casa? Sei. Ah é, você sabe. Mal. Sussa. Então, eu ficaria sentada aqui, bebendo cerveja. Ou até coca. Mas eu tenho que ir, descobrir um ônibus novo que não aquela carreta que eu chamo de ônibus. Carreta maldita. Pra chegar em casa e enfrentar o Brasil.
Um chiclete junto com o troco. Pra fazer o silencio sorrir na ventania e o dia errado dar um bocadinho mais certo.

sábado, 19 de julho de 2008

Filosofia que auto-ajuda. (Dani)

Dizem que a cada sete anos você passa por uma crise. Faz muito sentido, considerando nossa sociedade ocidental onde aos sete você entra na escola, aos catorze na adolescência, aos 21 na vida adulta e por aí vai. A diferença são esses pequenos momentos, ou grandes reviravoltas que acontecem a qualquer instante e não podem ser classificados como uma crise, porque crise implica geralmente em transtornos, em ápices que talvez não se controle.
As reviravoltas (vou adotar esse nome) vêm geralmente de brinde em situações onde você se permite relaxar, onde tudo parece estar sob controle. E de repente você se vê encarando "reviravoltas". E é sobre isso que quero falar. Nietzsche "pregava" (se é que se pode usar esse termo ao falar desse cara) o eterno retorno. E não é o retorno que Deus te proporciona, de viver mais uma vida, uma vida diferente e melhor dependendo de como você se comportou nessa.
Se sua vida fosse um eterno retornar, e esse retornar fosse exatamente igual. Se todas as suas atitudes aqui, agora, se repetissem por toda a eternidade, e você soubesse que isso já tinha acontecido infinitas vezes e ainda iriam acontecer mais infinitas, essa seria sua atitude? Você faria as coisas do jeito que faz hoje? E mais que isso, você deixaria de fazer as coisas que deixa de fazer, por medo, por vergonha ou por preguiça?
Não, eu não estou "pregando" o CARPE DIEM, mas acho que no fundo ele também tem algo a ver com isso. Eu estou falando de uma coisa maior, o AMOR FATI: escolha seu destino, ame seu destino. Quando Nietzsche mata Deus, ele torna-se o único responsável pelo seu destino. Sem culpas, sem uma desculpa de bondade baseada no medo do inferno. Porque nós, em pleno século XXI, estamos ainda presos na fraqueza da Idade Média. O medo de viver não somente por dever explicações à sociedade, mas também por ter que prestar contas ao final da jornada. Além disso, temos em Deus nosso último refúgio quando nossas escolhas dão errado, nos eximando da culpa. Somos pequenas crianças quando isso nos é conveniente.
Ao entender o eterno retorno, tudo fica mais claro. A cada atitude tomada, temos em mente que isso irá se repetir para todo o sempre. Tomando isso como guia, temos a escolha de ter uma vida mais sincera, pra não dizer mais nítida. Começa-se a ESCOLHER nossas vontades, não apenas a ser escolhido. A assumir responsabilidades e a temer as escolhas que deixamos de fazer. O medo, a vergonha, a preguiça, tudo isso torna-se muito pequeno visto da imensidão do infinito. E você começa a ter controle. Controle é igualmente libertador e assustador.
Ainda nessa linha, de ter controle sobre o próprio destino, começamos a ter controle sobre nossas vontades. A vontade é o que guia o homem, tornando-o diferente da multidão, até mesmo da vontade coletiva. Identificar essa vontade é extremamente difícil, pois somos moldados desde a infância por fatores externos. Porém, com um pouquinho de coragem conseguimos distinguir o que é nosso, mesmo que isso nos envergonhe. Quem já não sentiu vergonha ou até mesmo tristeza por querer alguma coisa que atire a primeira pedra. Nossas vontades definem quem nós somos, e quanto mais conseguimos trazê-las a tona, mais estamos mergulhando nessa correnteza que é a vida bem vivida. As vontades podem estar no inconscientes, e somente uns poucos conseguem acessar essa camada, apesar de muitos tentarem. De qualquer forma, são todos corajosos, todos companheiros de jornada, uma jornada menos mentirosa.
AMOR FATI: escolhe teu destino, ama teu destino. Não fomos criados para aceitar imposições, para aceitar moldes, para jogar a culpa em alguém. Não podemos culpar nossa família, nossos amigos, Deus. Eles não têm culpa se não vivemos verdadeiramente, se nao ESCOLHEMOS.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

CHU (Lígia)

Por ser a minha pessoa, a minha maruja.

Te amo.


"I just want to tell you so you know

Here I go, scream my lungs out and try to get to you
You are my only one
I let go but there's just no one that gets me like you do
You are my only, my only one."


(Vamos ver se a senhorita lê minhas postagens agora! HAHAHAHAHAHA)

terça-feira, 15 de julho de 2008

2 na mesma noite, sorry (Dani)

"Esse esforço que farei agora por deixar subir à tona um sentido, qualquer que seja, esse esforço seria facilitado se eu fingisse escrever para alguém.
Mas receio começar a compor para poder ser entendida pelo alguém imaginário, receio começar a “fazer” um sentido, com a mesma mansa loucura que até ontem era o meu modo sadio de caber num sistema. Terei que ter a coragem de usar um coração desprotegido e de ir falando para o nada e para o ninguém? Assim como uma criança pensa para o nada. E correr o risco de ser esmagada pelo acaso."
Clarice Lispector

Porque se eu pudesse, trocaria. (Dani)

When you're so lonely lying in bed
Night's closed it's eyes but can't rest your head
Everyone's sleeping all through the house
You wish you could dream but forgot to somehow

Sing this lullaby to yourself
Sing this lullaby to yourself

And if you are waiting, waiting for me
Know I'll be home soon darling I guarantee
I'll be home Sunday just in one week
Dry up your tears if you start to weep

And sing this lullaby to yourself
Sing this lullaby to yourself

Lullaby, I'm not nearby
Sing this lullaby to yourself
Don't you cry, no don't you cry
Sing this lullaby to yourself

Cause when I arrive dear it won't be that long
No it won't seem like anytime that I've been gone
It ain't the first time it won't be the last
Won't you remember these words to help the time pass?

So when you're so lonely lying in bed
Night's closed it's eyes but can't rest your head
Everyone's sleeping all through the house
You wish you could dream but forgot to somehow

Sing this lullaby to yourself
Sing this lullaby to yourself
Sing this lullaby, sing this lullaby
Sing this lullaby to yourself (e eu continuo cantando)

Porque se eu pudesse, trocaria mais da metade do meu mundo por uma pessoa só.

porque tem coisas que chegam até nós no momento perfeito (Lígia)

"Não se preocupe em ser um gênio e não se preocupe se não for inteligente.
Confie mais no trabalho duro, na perseverança e na determinação. O melhor lema para uma longa marcha é 'Não resmungue. Aguente.'
Você tem o futuro nas mãos. Nunca duvide disso.
Não se gabe. O menino que se gaba, assim como o homem que se gaba, pouco mais pode fazer. É um zé-ninguém que anuncia sua própria mercadoria barata. A lata vazia é a que faz mais barulho.
Seja honesto. Seja leal. Seja bondoso. Lembre que a coisa mais difícil de conseguir é a faculdade de ser altruísta. Como qualidade, é um dos mais belos atributos da masculinidade.
Ame o mar, a sonoridade da praia, os prados amplos.
Mantenha-se limpo de corpo e mente."

De um tal de Sir Frederick Treves, escrito em 2 de setembro de 1903, e caiu nas minhas mãos sem querer hoje, e fez todo o sentindo do mundo.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Fotografia me encanta bem (Dani)

Na vida..não acredite que você ira conseguir tudo por si só...vc precisa dos outros...os outros precisam de vc.O ser humano é gregário....Ou mesmo que vc não seja do tipo que vive em grandes grupos....de UMA pessoa...vc precisa.Um melhor amigo...ou vários....ou alguem que simplesmente lhe ofereça a mão bem no instante em que você esta no chão...saiba reconhecer, e apreciar quando isso acontece....
(Por Felippe Bicão)


Esse "garoto" é um puta fotógrafo, desenhista, designer e ainda faz uns bicos como arquiteto! Foto aí do lado é dele tb...
Sem contar as conversas "cool" sobre filosofia!
Quem quiser conhecer o trabalho dele, fica aí o link:
http://www.flickr.com/photos/bicao/



terça-feira, 8 de julho de 2008

Partes (Dani)

Dizem que você sempre espera o amor. Mas não adianta muito, porque ele nunca vem de uma vez, ele vem em partes...
Eu amei quando meus olhos estavam cheios de lágrimas e eu evitei olhar pra você. E quando olhei, os seus também estavam e foi o momento mais feliz da vida.
Aquele dia que você deitou na grama e ficou conversando comigo até minha bebedeira passar e até minha dor passar. Eu te amei naquele dia.
Por falar em dor, eu te amei muito quando você dormiu comigo no chão da sala no pior dia da minha vida.
Quando você dormiu no meu ombro no cinema, então. Amei essa parte sua. Nunca achei que você era do tipo que dorme em ombros.
Eu amei quando você me ensinou o quão bom é fazer carinho no pé usando seu próprio pé. Amei aquilo, meus pés sentem falta.
Amei aquela parte sua que me olhou nos olhos e disse que estava desistindo de resistir à mim. Aí eu podia fechar os olhos tranquila e beijar você.
Adorei quando você me ensinou a comer yakissoba com palitinhos. E adorei quando eu te ensinei ioga dentro da barraca quando a gente acampou.
Todas as vezes que você me deixou em casa e a gente ficou namorando na porta. Sua cara quando eu voltei de viagem. Sua cara de susto ao me dizer que há muito tempo você não sentia aquilo de novo. Sua cara de tudo bem quando eu te deixei quase uma hora esperando e você ainda estava sentadinho lá.
Tantas partes... Eu amei todas.
Seu jeito de me pegar no colo no mar. Eu reclamava, mas amava seu jeito de me pegar no colo no mar.
Seu jeito de me beijar na varanda e me levar no colo pra sala, como se eu pesasse dez quilos. Suas brincadeiras de dizer que minha tatuagem atrás da orelha deveria ser um alvo, não uma rosa.

O amor vem em partes mesmo. Mas então porque raios todas essas partes não se juntam num homem só???

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Corrida (Dani)

Saí do trabalho às seis (adoro falar isso), peguei minha malinha, tchau tchau boa noite falou pra todo mundo. Fui até o ponto de ônibus, bilhete único é meu melhor amigo. Tá, vamos correr. Me troquei, blablabla....
Não existe sensação melhor do que ligar o cronômetro e começar a correr. Não tem dia cansativo (meu dia não foi cansativo), não tem frio, não tem chuva, eu juro que não ligo. Eu realmente amo correr.
E não adianta, eu não vou pensar em você nessa hora. Não vou pensar que você é um idiota, não vou me remoer por você não me ligar e eu continuar te ligando, não vou bolar planos pra te conquistar.
E se mesmo assim você for um príncipe, se você for o amor da minha vida me oferecendo comida japonesa (não me ofereça chocolate que eu não gosto muito, me ofereça temaki e sushi), mesmo assim eu não vou pensar em você. Desculpa.
Porque essa é a mágica, isso que me faz gostar tanto de corrida. Eu não penso. Eu só corro. Corro e marco o tempo. E quero correr mais, não necessariamente mais rápido. E nessa hora eu não preciso ser nada, eu posso cantar a música que tá berrando no meu ouvido, se eu tiver fôlego pra isso.
Deve ser essa a razão do meu tremendo mau-humor quando tive que ficar três semanas sem correr. Você vicia nas coisas que te fazem parar de pensar. Hehe.
E também não é porque eu saio sempre com a sensação de que estou 40 minutos mais gostosa. É uma boa sensação, mas não é por isso. Nem porque eu fico feliz ao me ver no espelho com shortinho de jogador de futebol que encolheu (o short) e não quero ter um surto. Não é pra emagrecer, não é pra me mostrar.
Pra pessoas como eu, é muito difícil simplesmente não pensar. E se você, assim como eu, achar uma coisa (e não uma pessoa) que te faça parar de pensar, você vai entender o que eu estou falando...

Corrida da Nike dia 31.08! A do ano passado foi animal! Não sei pq to fazendo propaganda, mas é bem legal mesmo! 10km, lá na USP!

Meus olhos contêm o mundo (Lígia)

Hey!!!
Como eu fui um tanto mal-educada e saí postando sem nem dizer um mísero "Oi", resolvi escrever alguma coisa aqui, apesar de não ter muito o que falar, (a inspiração anda fugindo por aí), o jeito é apelar pras velharias!!! hahahahaha
Então vou postar um texto, não muito antigo, escrito em alguma manhã de abril desse ano.

(Chu, acho que esse negócio vai pra frente hein? Tô sentindo!! hahahahahaha)


Não, eu não sou a mais bonita, eu não sou a mais gostosa (eu tenho até uma barriguinha carinhosamente apelidada de Prot’s), minhas roupas não são de marca, eu não estou sempre bem vestida e estilosa, às vezes eu não penteio meu cabelo e ele está sem corte já faz uns 4 meses, eu estou tentando (eternamente) fazer minhas unhas semanalmente, eu não me arrumo pra ir até a padaria, eu acordo, lavo o rosto, escovo o dente e vou.
Eu uso calça jeans e tenho tentado me forçar a usar mais saia e vestido, não adianta, eu simplesmente não sou uma garota de revista, eu não paro o trânsito e eu não sou a mais xavecada entre as minhas amigas na balada.
Mas meus olhos contêm o mundo, e um abismo em que eu insisto em me jogar. O meu mundo é colorido e leve e você não vai se arrepender se entrar. Eu sou aquela garota do sorriso constante, da risada escandalosa, com alguma história pra contar. Eu tenho opiniões só minhas que ninguém pode mudar. Eu rolo no chão, eu me descabelo, eu coloco 27 babaloos na boca e eu adoro dançar (mesmo sem música pra acompanhar).
Se eu pudesse eu chegava nas pessoas que eu mal conheço perguntando: "E então o que é a vida pra você?", "Quais seus medos, seus desejos?", "O que você quer ser quando crescer?". Eu posso passar horas me divertindo comigo mesma. Eu vou te oferecer muita luz, mas aquele pedacinho de escuridão acaba sempre vindo de brinde. Eu tenho coisas só e tão minhas que não divido com ninguém, cabe a você achar isso ridículo ou se interessar. Eu sou aquela que fala sem parar, mas prefere escutar. Eu só preciso de cerveja e amigos numa mesa de bar. Eu tenho personalidade forte e isso pode assustar, mas desculpe, isso dificilmente vai mudar.
Eu te ofereço risadas e piadas inteligente, conversas sobre absolutamente tudo que puder imaginar, e lugares bacanas pra freqüentar.
Eu sou aquela que senta com você na guia e come um hot-dog depois da balada, assiste futebol e xinga o juiz com você, eu sou cumplicidade.
Eu sou aquela que mergulha em um beijo e passa o dia inteiro na cama com você.
A minha alma está sempre inquieta, e se você quiser, o caminho está aberto pra me acompanhar.

domingo, 6 de julho de 2008

Caia nas graças do mundo (Lígia)

Contrua uma base forte entorno de você, fortaleça você na sua vida, e então aprecie tudo que vem, e deixe tudo ir embora.
Agradeça por ter a oportunidade de ter vivido.
Ande descalço. Sinta o vindo. Aprecie a melancolia de tudo que você vive.
Deixe o sol bater no seu rosto, deixe ele iluminar seu cabelo, feche os olhos, sorria.
Um caminho são muitos, são mil novos caminhos pra traçar.
Saia para andar por aí, deixe o dia te levar.
Acredite em clichês, se você é otimista coisas boas vão acontecer com você.
Divida seus sonhos com alguém, seus anseios, seus medos. Se aproxime.
Pense no futuro.
Caia nas graças do mundo. Deixe ele mostrar o que reservou pra você...
Volte pra casa com um sorriso no rosto e boas histórias para contar.

Só porque eu tô nostálgica. (Dani)

Só resolvi escrever porque fez um ano que eu fui pra Grécia e eu estou num dia nostálgico...

E aquela lá sou eu, numa ilhazinha que eu juro que era mais longe do que parece. E aquele era o veleiro que eu aluguei lá. Mentira!!!

Um ano atrás acho que eu era outra Daniele... ou nao, sei lá. Mas velho, passou muito rápido!

Tá, chega de divagações baratas. Só estou com saudade, só isso.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Eu tenho dó de você (Dani)

Se você nunca amou. Se você nunca pegou sua mochila e foi embora, simplesmente. Se você nunca sentou no chão e chorou, por não ter mais forças pra nada. Se nunca gritou ate a garganta doer numa viagem de carro. Se nunca foi pego dançando na frente do espelho e ficou com vergonha. Se nunca teve cara de pau de bater de porta em porta pedindo emprego. Se você nunca teve culhões de fazer as próprias fofocas e se alimenta da dos outros. Se você não se permite sair de casa sem pentear o cabelo, ou combinar a roupa. Se você nunca chorou de desespero.
Se você nunca se atirou no mar num dia de inverno e chuva. Se você nunca nadou a noite. Se você nunca nadou pelado. Se você nunca disse "eu te amo" sem ser correspondido. Se nunca se sentiu pequeno na imensidão do deserto, ou no mar. Se você se sente grande. Se você é importante a ponto de não sentar na guia. Se sua roupa é cara o bastante pra não jogar bola. Se você olha pros seus músculos enquanto transa. Se você nunca dançou ate realmente não poder mais. Se você não vai ao aniversario dos seus amigos. Se todas as suas amizades têm menos de cinco anos e você tem mais de 10. Se você nunca altera seu tom de voz. Se suas roupas, seus moveis e sua casa são todos em tons pastéis. Se seus sapatos combinam com a sua bolsa. Se você não tem um hobby, uma paixão. Se você só se apaixona por pessoas. Se você não é capaz de passar horas fazendo alguma coisa só pra você. Se você não consegue parar e comprar um cachorro-quente pro menino de rua.
Se você não tem amigos. Se você nunca abraçou seu amigo no final da balada e foi embora com ele, rindo, um ajudando o outro e os dois celebrando a vida. Se você não sabe dar valor a um amigo. Se você tem inveja. Se você ri de quem tem fé, se ri de quem vai à igreja e se menospreza quem não vai.Se você se esconde atrás de sorrisinhos amáveis, palavras sempre bem vindas, gestos medidos.
Se você nunca caiu na rua. Se você esconde seus medos atrás da frase "eu não preciso disso". Se você renega seu passado e finge que ele não existiu. Se você vira as costas pra quem já te ajudou a crescer. Se você finge que nunca ERRA: eu tenho dó, muita dó de você.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

1º !!!!

UHU! Primeiro post só pra testar aqui! hehe

A Lígia nem tá sabendo que eu fiz ainda, é bom que ela goste!
Só pra não ficar totalmente em branco, uma música MUITO boa é Hey There Delilah, do Plain White T's... tô amando muito ela! Vamos ver no que dá esse blog né... Bjo!