domingo, 1 de março de 2009

Um texto bem X (Dani)

Sem nenhuma perspectiva de um texto bom, sem nenhuma perspectiva de nada na realidade. Meio como a Dorothy saindo do Kansas, meio na estrada sempre. Uma estrada bonita, ouvindo Jimi Hendrix sem parar, sentindo que o sangue pode sim ser sempre pulsante sem ser sempre sofrido.
Meu choro não dura muito. Isso é fato, meu fundo do poço é muito raso meu Deus. Eu tentei ler os textos de sempre e eu não consegui porque não há quem consiga ser tão deprimido por tanto tempo.
Existem milhões de pessoas pra dizer que você é bonita, pra dizer que você é legal, você pode até pagá-las em último caso. Você precisa delas? Eu sigo aqui tentando decifrar Sagarana, e pensando ao mesmo tempo que tudo são símbolos onde cabe a você decorá-los e entende-los ou não. Ou seja: aprender violão é exatamente igual a aprender francês. E eu ando com uma vontade louca de comprar meu dicionário e sair por aí lendo em ônibus e gramas da vida.
Sem pretensões. Simples. Eu tenho meus fones, tenho meu celular porque eu também sou gente e sempre espero um ou dois telefonemas. Mas um telefonema simples, meu motorola coitado não aguenta mais discussões de relacionamentos. Me chame prum café. Uma torta de maçã com canela. Temaki por enquanto não. Cadê o meu amigo do café? Graças a ele a starbucks é um dos lugares mais aconchegantes da vida.
Eu não quero comprar nada não dona moça. Só tô vendo o quão diferente as chitas podem ser. Eu também achava que era uma só, chita e acabou. Mas é chita com um milhão de sobrenomes, iguais as Marianas da minha sala. E eu gostei muito da chita, mas ela costuma ser brega fora do carnaval.
E meu carnaval teve tanta gente feliz e engraçada que não dá pra voltar pra casa e filosofar. Aí eu vejo muitos fatos dignos de serem filosofados e não consigo! Sigo caminhando na minha estradinha de tijolos. Com meus fones. Meio que dançando. Porque amanha o ano começa e eu sinto cócegas de ser aquela que consegue as coisas. Que faz.
Mas assim, sem muitas pretensões. Que faz. Ponto. Não que faz isso, aquilo e mais aquilo outro. Calma. E seja bem-vindo 2009. Fechei e fechei portas o ano inteiro, tava mais que na hora de abrir janelas.

Um comentário:

pedro botton disse...

muito bonito esse texto dani, parabéns