sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Sobre conversas (Dani)

E no meio de toda essa velocidade você já se esqueceu do mais importante: para, questionar, perguntar. Se esqueceu de olhar o fundamento das suas ações, e agora se encontra carcomido pelas termas quentinhas do imediato e descartável. Como esses casais que terminam dizendo que não foram infiéis e sim que “a rotina nos matou”. Não foram capazes de entender a rotina eu a rotina não mata quando está cheia de sentido, se não quando se converte na repetição automática de rituais e ações que nem sequer você compreende. E ser fiel não tem nada a ver com manter-se imóvel em uma posição, e sim ter fundamentos tão bem estabelecidos que te permitem, como em uma casa, ampliar-se, modificar-se, sempre na direção estabelecida pela raiz. Isso tem a ver com projetar, ou seja, encher o temporal, na medida correspondente, de eternidade e transcendência.

Assim, meu amigo, que essa carta seja um sinal de pare no seu caminho. Que te permita parar e olhar sua vida com calma e plena liberdade. Que te permita questionar tuas raízes, e que te convide a desatar-se desse canto tranqüilo do mundo, no qual você tem estado se escondendo. Pergunte a si mesmo que coisas da sua vida vale a pena encher de eternidade, e quais são contingências (mais ou menos importantes). Pergunte a si mesmo qual é o seu Projeto, com maiúscula, sem medo de mudar, modificar ou retroceder o que já foi recorrido: a isso sim você precisa ser fiel. O resto, como dizem, virá de acréscimo.

Extraído do blog "Espaço de Debate" do CIS de Un Techo para Chile, acho que tem a ver com o seu texto aí de baixo tb, chubis.

Um comentário:

Unknown disse...

Nossa Chu!!! Mto foda esse o texto!!!!