terça-feira, 30 de dezembro de 2008
"A busca pelo adolescente levado pela enxurrada continua" (Lígia)
Você se acorrenta na grande tristeza da humanidade
Sufocado por motivações egoístas e mesquinhas
Tão acorrentado em si mesmo, meu bem.
A corrente te segura em um pulso
E o outro lado te prende o tornozelo
Nada te segura senão você
Acorde, por favor, apenas acorde.
Pessoas reias, conversas reais, momentos reais, sentimentos reais. É tudo que eu quero de 2009.
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
E mais listas! (Dani)
Descobrir a arquitetura
Redescobrir o urbanismo
Led Zeppelin (antes tarde do que nunca)
Trabalhar
Foo Fighters
Dave Matthews
Jimi Hendrix
PS I Love You
Comer rezar amar
Equador
Um teto para o meu país
Florianópolis
Argentina
Chile
Bolívia
Deserto
Música ao vivo
Deixar ir embora
Ubatuba
Itanhaém
Iniciação Científica
Ser aleatória
Amor Fati
Tatoo nova (Uhu)
Malu
Pontos finais
Atlética
Nietzsche
Starbucks
Manacá
Cepê
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
E lá vem listas! (Dani)
A maior conquista de 2008: aprender a ficar sozinha.
Meta para 2009:
me preocupar menos.
- Eu quero cuidar mais do corpo. Voltar a malhar, não me esquecer porque chegou a época de provas.
- Continuar desenhando. Mesmo que eu tenha vergonha e ninguém nunca veja.
- Ir pra praia uma vez pr mês, pelo menos.
- Juntar dinheiro. Não posso vacilar pro meu intercâmbio.
- Sair pra fotografar. Isso realmente me anima.
- Dançar, dançar, dançar.
- Assinar uma revista boa de arquitetura. Falar mais sobre isso, sem a pressão da nota de projeto.
- Fazer da ioga um hábito, não um hobbie de férias.
- Participar mais da vidinha cuti-cuti da Malu. Desde que ela chorou por minha causa porque não me viu indo pro provador, tudo mudou entre nós!
Eu estou feliz porque:
- Me afastei de tudo que fazia mal.
- Me afastei de todos a quem eu fazia mal.
- Superei finalmente uma história difícil. (ou quatro)
- Me senti amada, respeitada e querida.
- Deixei meu cabelo crescer.
- Trabalhei de verdade.
- Saí do previsível muitas vezes.
- Conheci o deserto, num mochilão.
- Trabalhei em outra cidade, meio que de mentirinha.
- Entrei na água de madrugada, de roupa, depois de trabalhar até as 3 da manhã.
- Fiz alguns amigos que eu sei que são pra vida toda.
- Fui de pijama pra praia.
Ainda não é verão (Dani)
Tá passando Simpsons na tv mas já assisti esse episódio... Cadê o sol? Cadê o verão??? Foi a pergunta que me fiz o dia todo... Ontem peguei aquela tempestade absurda que caiu sobre São Paulo e a única coisa boa foi ter passado a tarde com a minha irmã! Mas foi muito azar reunido, nada do que a gente fez deu certo!!! Mas tudo bem, pra mim foi legal do mesmo jeito!
Resolvi fazer duas tatuagens novas antes de ir viajar (Floripa!!!). Uma é o símbolo da simplicidade do I-Ching (ou me xingue, como diz o Rafa). A outra é o símbolo do mantra Om.
Resolvi, junto com a minha chubinha, tatuar o símbolo da simplicidade porque já vivenciei como viver (tá, ficou estranho, mas ok) a vida de um modo simples é sensacional. Quando eu e ela estávamos em Floripa (sempre ela), dois anos atrás, aconteceram coisas, conhecemos pessoas e vivemos de uma forma que mostrou que algo aqui está errado. Essa pressa, esse eterno reclamar de todo mundo, a falta de tempo e de sorrisos, a pressão por ser perfeito e independente, tudo vindo junto de uma forma ruim... Calma lá! Pára tudo! Mas é difícil parar o trem quando você nem sabe que tá dentro dele. Semana que vem eu tô indo pra lá de novo, e já sei que vou encontrar aquela explosão de vida que é esse amigo australiano queridíssimo, e já sei também que toda a sensação boa de "vamos alugar um trailer e viver a vida" vai voltar. Tem pessoas que são assim, te fazem querer ser hippie hehehe. Eu só quero descobrir um jeito de ser hippie sendo arquiteta, paulistana, uspiana, filha, neta e irmã.
A outra tatuagem é por causa de um fato estranho que me aconteceu semana passada... Um dia, sem mais nem menos, comecei a fazer ioga as tres da manhã. Eu sou assim mesmo, noturna... Mas a questão é que a sequência termina sempre com a meditação, e convenhamos que esse é um ótimo horario para meditar. Calmo, tranquilo, silencioso... Sei lá, num determinado momento eu simplesmente senti que o mundo não era feito pra tantas preocupações, pra tanto problema, pra tanto estresse que a gente mesmo poe na cabeça. Calma, é só viver, é só deixar levar. Escrevendo e falando pras pessoas não faz muito sentido e parece que perde a força, mas foi uma certeza tão absoluta que eu não quero perder isso. Não que eu tenha vivido uma "revelação", uma "cura", uma "visão de deus", nada disso. Só sei que por um momento eu tive certeza que não adianta sofrer tanto por tudo... É, não consigo explicar. Foi só uma paz absurda, uma certeza que tudo acaba bem no final e uma vontade de rir de tanto que eu me preocupei com as coisas esses últimos meses!!!
Continuando minhas férias, hoje comprei a Magali pra minha irmãzinha, a Malu. Gente, que delícia comprar brinquedo pra criança... É meio estranho, confesso, porque eu ainda entro na loja e tenho vontade de levar umas Barbies, ou o Bart novo (quase levei), ou o novo War. Mas é uma sensação boa sair da loja com aquela caixa grandona embrulhada pra Natal e mesmo que ela ainda não entenda muito, quero que ela saiba que Natal=legal! Criança merece isso.
Pintei o cabelo, caso alguém ainda não saiba... To morena (mais)!!! Tava em dúvida quando um amigo falou: você faz arquitetura, pode mudar qualquer coisa! haha Achei engraçado, saí, comprei a tinta e pintei! Foi delícia, libertador. Incrível o poder que eu tenho de me libertar com pouco...
A Kat disse uma vez que só gostava de chá de flores silvestres quando era criança, porque eles eram coloridos. Agora não gosta mais. Eu sou o contrário. Quando eu era criança, morava no interior e só tomava chá de camomila ou de erva cidreira, que tinha no quintal de casa. Delícia. Aí só agora descobri os chás coloridos e me divirto com eles, tô na terceira xícara. Mas na hora da doença, ainda apelo pra hortinha da vovó!
Comprei um monte de coisas de praia já! Calça nova, biquíni novo, protetor solar, saída de praia! Só falta comprar a passagem, coisa que vou fazer amanha de manhã... Já dá uma vontade da semana passar mais rápido!
Hoje foi um post/diário! hahaha Bom, acho melhor ir pros Simpsons... Beijo!!! E Feliz Natal!!!!
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Nos cadernos perdidos da Fau (Dani)
PS: Escrevi isso sabe Deus quando. Se não faz sentido pra vc, acredite, não faz mto pra mim tb. Mas tá aí mesmo assim.
sábado, 13 de dezembro de 2008
Estar ali (Dani)
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Minha bolsa de vaquinha (Dani)
sábado, 6 de dezembro de 2008
Foda-se (Dani)
E mais uma vez eu sou obrigada a "erguer a cabeça e ir viver a vida". Porra de coisa chata. Não quero fazer nada, não quero falar com ninguém sobre a maravilha que é viver e ter 22 anos. Foda-se tudo mesmo. Eu espero espero e espero pra saber que esperei a toa e que não adiantou nada. Então ok, que o mundo siga nesse girinho sem graça e sem cor e com todas essas mentiras e joguinhos toscos que ele tá acostumado a ter, girando. Que gire eternamente esse giro cinza, eu tô fora e quero que se foda tudo. As férias não chegam mas ok, não ligo mais. É pra fazer esse trabalhinho meia boca onde eu não concordo com nada mas ainda não tenho moral pra discutir com professor? Ok, vamos fazer. Só quero sair de férias e ir tomar sol ouvindo Manacá sem ninguém me encher o saco. E eu não vou mais correr atrás de ninguém. Porque eu gosto e gostar só me faz ter que pensar demais e eu não sigo mais essas historinhas que já sei o final. Eu vi um filme que me fez sentir solidão e nele o cara dizia que não tinha nascido pra viver qualquer coisa, que ele sentia e sabia que podia viver coisas extraordinarias. I can hold it, ele disse. E eu sinto a mesma coisa, então não tomo nenhuma atitude simplesmente ordinária só pra dizer que tomei alguma decisão. Eu choro e esperneio e canto até o Rento Russo ficar puto comigo seja lá onde estiver e aí pelo menos meu quarto tá limpo e eu posso ir dormir. E eu beberia muito se isso adiantasse alguma coisa mas tô com preguiça até de beber. Foda-se os bebados e aqueles que saem cantando do bar, foda-se todo mundo. Mundo chato da porra. E eu poderia ir e xavecar todos os caras da minha agenda mas que preguiça de todos eles. Como pode tanta gente me parecer tão desinteressante? O mundo tá desinteressante hoje porque eu chorei e eu não gosto desse choro que não acaba. Qualquer frase, qualquer musica, qualquer duas batucadas na mesa faz meu choro continuar. Odeio esse choro com gosto de nada. E odeio que todos os caras que até ontem me pareciam tão interessantes e viajados e divertidos hoje me parecem simplesmente sem graça. Todos eles. Todos os homens, foda-se todos eles. Tomara que isso tudo seja uma tpm chatinha que chega e que vai. Tomara que tudo entre nos eixos no final dessa semana. Férias finalmente. Mas até sexta, que se foda o mundo.
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Só algumas palavras (Lígia)
Eu gostaria de conversar com você, eu gostaria que você ouvisse certas bandas e de que assistisse certos filmes, eu gostaria de saber como você está.
Essa minha mania de querer saber sobre as pessoas.
Na verdade eu nunca soube, a gente nunca foi de muitas palavras, eu não sei se você sabia, mas de alguma maneira eu achava que você também sentia que eu te entendia.
Essa minha mania de tentar entender o ser humano.
Fazendo um balanço agora eu consegui perceber que você não me fez mal, como pôde parecer. Você viveu comigo e me ajudou a enxergar um lado muito forte meu. Foi como se com você eu tivesse liberado completamente um bicho, uma besta que vive dentro de mim. Eu conheci o meu limite, toda a escuridão da minha alma, e você sabe que eu não acho isso ruim, eu sempre lidei bem com a minha escuridão que eu sei que não é pequena.
Mas conhecendo toda a minha escuridão eu pude conhecer toda a minha luz, e acho que só depois que eu libertei completamente minha besta, eu pude finalmente controlá-la melhor, e lidar bem com ela de fato, não mais a reprimindo.
Foi só passando por isso, me perdendo num caos de questionamentos e impulsos que eu me equilibrei, que eu soube lidar com todo esse mundo que existe dentro de mim.
A gente tem essa mania de achar que são as coisas boas que nos fazem melhorar. Mas eu só pude realmente enxergar e viver essas coisas boas porque eu já estava nessa sintonia.
É engraçado, acho que você nunca vai saber nada disso, mas lá no fundo eu gosto de pensar que a gente sempre se entendeu, mesmo sem muitas palavras, e que de alguma forma, isso te pertence um pouco também.
Obrigada.
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Vontades (Dani)
domingo, 16 de novembro de 2008
Mais que o Equador (Dani)
E é isso! A festa pela qual nós juntamos dinheiro por dois anos e meio foi-se! Esperamos que as pessoas tenham gostado, esperamos que as pessoas tenham se divertido e bebido horrores e que dentro do possível a gente tenha agradado vocês, queridos fauanos!!!
domingo, 9 de novembro de 2008
Sobre mais um domingo à tarde (Dani)
Eu estou falando de almas gêmeas, entende? (Lígia)
Eu adoro essa sensação de que somos nós dois contra o mundo, contra todo mundo que não acredita em viver com liberdade e com amor verdadeiro, viver a vida na sua essência, sem olhos fechado, sem comodismos, sem medo de levar o golpe.
Nós contra todos que vivem a vida pelas beiradas, que não comem tudo, que não sentem tudo, que não se jogam, que não mergulham e não levam o golpe por medo de se machucar. Contra todos que tem medo.
Nós contra todos que se fecham em seus mundos e não olham pros lados, contra todos que não tem curiosidade, que não tem interesse em mundos diferentes. Contra todos que tem noções distorcidas do belo, do amor e da verdade.
Nós contra todos que não se deixam ser tocados no fundo, na ferida. Contra todos que não gritam o coração até o pulmão doer, que não deixam a alma transparecer, que guiam seus pés atrás de números e segurança, e não de palpitações e respostas.
Sou eu e você, contra todos que tem medo da vida e de viver plenamente.
E eu simplesmente amo o fato de ler e reler esse texto e ele servir absolutamente pro Luís e pra Dani.
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Duas Horas (Dani)
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Reflexões aleatórias e sentimentos bobos (Dani)
domingo, 26 de outubro de 2008
Quem sou eu, o orkut perguntou (Dani)
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
O primeiro a gente nunca esquece (Dani)
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Existem menos damas da noite mesmo (Dani)
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Existem menos damas da noite em São Paulo do que deveriam. (Lígia)
Mas às vezes, sei lá, às vezes não é assim, e agora são quase dez horas da noite de uma sexta feira e eu olho pras pessoas a minha volta e sinto vontade de escrever algo que não sei bem o que. Escrever, veja bem, eu peguei meu caderno e escrevo aqui no fundo de ônibus, subindo a Teodoro Sampaio, e o homem sentado ao meu lado já me olhou algumas vezes e eu senti que de alguma forma ele entendeu essa vontade que não podia esperar de escrever...mesmo sem saber o que...
Meu coração sempre palpitou mais alto do que o estabelecido
As ruas são tão escuras quanto deveriam, as ruas dever ser só levemente iluminadas
O silêncio é arranhado mais do que deveria, mas barulhos de fundo, aqueles que devem ser barulhos de fundo, são agradáveis e se acomodam em algum lugar dentro da gente
As sextas-feiras a noite são mais planejadas do que deveriam, algumas deveriam ser obrigatoriamente passadas em casa, unidas da sensação de não correr atrás do tempo.
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Eba eba! (Dani)
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
A Vinda (Dani)
E sua imagem apareceu perfeita na minha cabeça. É normal, porque eu tenho tantos modelos e já pensei tantas vezes nesse assunto. Você é uma mistura de coisas que já me aconteceram com coisas que eu queria que tivessem acontecido. Você tem até defeitos pra mim.
E você chega de calça jeans e havaianas, olha e sorri calmo, porque você sabe que eu estaria ali quando você chegasse. Que eu não teria outro lugar pra estar que não ali. Qual sua altura? me pergunto sempre. O cheiro de mar e brincar de jogar areia nas suas costas, como se fosse uma ampulheta me lembrando que eu não tenho todo o tempo do mundo, mas que o tempo que eu tenho me pertence, e muito. Um sorriso vem, porque eu posso passar a tarde com você na agua. Eu posso acampar, acordar e você vai estar lá. Eu posso fazer panquecas de banana que voce vai acordar sorrindo. Você não é a alegria da vinda só. Você é a vinda da vida que eu quero ter e finjo não ter tempo. Você é a vinda de manhãs ensolaradas e de noites acordada esperando o sol nascer. Você é a vinda de todas as coisas clichês ao som do violão. Vem logo, então.sábado, 27 de setembro de 2008
About Us (Lígia)
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Feliz primavera pra você (Dani)
Mas eu poderia também ter ficado de mal humor. Ou ter chorado, seria facilmente "entendível". Ter brigado com todo mundo. Ter gritado com alguém. Ter ligado e jogado fora todas as minhas mágoas. Ter dito: cresce, por favor, e me deixa crescer em paz. Mas não senti vontade. Eu poderia, mas não quis. E sabe Deus por quê, porque eu não sei. Eu tinha motivos, mas eu não gosto de me aproveitar deles. Gosto de chorar em dias aleatórios, em dias nada com nada. Não choro em Finados, não me abalo em Finados porque tenho a obrigação de me abalar. Sempre foi um feriado feliz e vai continuar sendo. Eu preferi meus amigos. Eu escolhi dar risada e produzir alguma coisa ao lado deles. Eu resolvi ouvir o que os outros têm a dizer. Eu resolvi adotar uma criança antes dos meus 30 anos. A primavera taí e a escolha é sua. Faça o que quiser com ela. Feliz aniversário, mãe. Te amo.
domingo, 21 de setembro de 2008
Clarice, isso sim nutre (Dani)
"Amanheci em cólera. Não, não, o mundo não me agrada. A maioria das pessoas estão mortas e não sabem, ou estão vivas com charlatanismo. E o amor, em vez de dar, exige. E quem gosta de nós quer que sejamos alguma coisa de que eles precisam. Mentir dá remorso. E não mentir é um dom que o mundo não merece..."
"Nada posso fazer: parece que há em mim um lado infantil que não cresce jamais..."
" Mas é que a verdade nunca me fez sentido.A verdade não me faz sentido! É por isso que eu a temia e a temo. Desamparada, eu te entrego tudo - para que faças disso uma coisa alegre. Por te falar eu te assustarei e te perderei? Mas se eu não falar eu me perderei, e por me perder eu te perderia."
"Gosto do modo carinhoso do inacabado, do malfeito, daquilo que desajeitadamente tenta um pequeno vôo e cai sem graça no chão."
"(...) Faça com que eu tenha a coragem de me enfrentar.Faça com que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo. Receba em teus braçoso meu pecado de pensar."
"Sou assombrada pelos meus fantasmas, pelo que é mítico e fantástico - a vida é sobrenatural. E eu caminho em corda bamba até o limite de meu sonho. As vísceras torturadas pela voluptuosidade me guiam, fúria dos impulsos. Antes de me organizar, tenho que me desorganizar internamente. Para experimentar o primeiro e passageiro estado primário de liberdade. Da liberdade de errar, cair e levantar-me."
"Sou o que quero ser, porque possuo apenas uma vida e nela só tenho uma chance de fazer o que quero.Tenho felicidade o bastante para fazê-la doce; dificuldades para fazê-la forte; tristeza para fazê-la humana e esperança suficiente para fazê-la feliz. As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas, elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos."
" Tudo tem que ser bem de leve para eu não me assustar e não assustar os que amo. Pedem-me pouco, pedem-me quase nada.O terrível é que eu tenho muito para dar e tenho que engolir esse muito e ainda por cima dizer com delicadeza : obrigada por receberem de mim um pouquinho de mim."
"Me deram um nome e me alienaram de mim."
"É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo."
"Um domingo de tarde sozinha em casa dobrei-me em dois para a frente - como em dores de parto - e vi que a menina em mim estava morrendo. Nunca esquecerei esse domingo. Para cicatrizar levou dias. E eis-me aqui. Dura, silenciosa e heróica. Sem menina dentro de mim."
"Se não há coragem, que não se entre. Que se espere o resto da escuridão diante do silêncio, só os pés molhados pela espuma de algo que se espraia de dentro de nós. Que se espere. Um insolúvel pelo outro. Um ao lado do outro, duas coisas que não se vêem na escuridão. Que se espere. Não o fim do silêncio, mas o auxílio bendito de um terceiro elemento, a luz da aurora."
"É como se eu tivesse perdido uma terceira perna que até então me impossibilitava de andar, mas que fazia de mim um tripé estável.Sei que é somente com duas pernas é que posso andar. Mas, a ausência inútil da terceira perna me faz falta e me assusta, era ela que fazia de mim uma coisa encontrável em mim mesma, e sem sequer precisar me procurar. Estou desorganizada porque perdi o que não precisava? Não sei o que fazer da aterradora liberdade que pode me destruir. Havia aquela coisa latejante a que eu estava tão habituada que pensava que latejar era ser uma pessoa".
" Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito"
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Blue Monday (Dani)
sábado, 13 de setembro de 2008
Enquanto eu ouço Amy (Dani)
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
E pra onde a gente tá indo? (Dani)
Aí eu parei pra pensar. Com a guerra, com a industrialização, houve essa necessidade do pré-fabricado, do rápido, de agilizar o transporte e a construção em si. O barateamento também, claro. Mas a arquitetura foi atrás de um jeito de englobar tudo isso, e muita coisa bonita foi criada. Tô fanzaça do Lelé, puta cara simples que respondeu ao que precisava ser feito e é absurdamente simples.
Voltando às minhas caraminholas, qual a NOSSA função, essa geração que está se formando agora? Temos, claro, a boa e velha e tão discutida questão da sustentabilidade. Pra ir atrás disso, fui nos seminários que a FAUUSP está oferecendo essa semana, o NUTAU. São palestras e debates discutindo a sustentabilidade não só no âmbito do edifício, mas também das cidades. E sustentabilidade esbarra em coisas simples, que foram muitas vezes esquecidas por muitos arquitetos. Questões com insolação, ventilação, uso do que já está aí, feito pela natureza. Não é certo pensar em sustentabilidade só como novas tecnologias. Temos como ferramenta também o "velho".
Mas e os sistemas construtivos? Como a nossa geração está respondendo a eles? Nesse mesmo seminário, alunos de iniciação científica, mestrados e etc mostraram seus trabalhos de pesquisa buscando novas alternativas para responder não só à sustentabilidade mas também à uma arquitetura voltada para nosso clima, nossa cultura. Acho que já chega de cópia não?
Mas de qualquer forma, eu ainda tenho dúvidas, porque sou uma pata mesmo. Pra onde estamos indo? Ainda é o concreto armado? Não é mais? O que é? Esse é o meu alvo de pesquisa agora. Outra coisa: o que afinal de contas nós estamos propondo? Que soluções construtivas, que inovações? Eu não quero pegar quatro paredes e tacar coisas dentro, não é isso que é fazer arquitetura. Bom, momento de vida perdida de novo, mas pelo menos buscando respostas pra perguntas que eu já defini. Quem tiver alguma resposta por favor me ajude.
domingo, 31 de agosto de 2008
Nike Human Race - 25 mil vermelhinhos (Dani)
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Exposição: Fotógrafos da vida moderna em São Paulo (Dani)
Foi aberta à visitação na quinta-feira, 10 de julho, no MAC-USP (Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo) a exposição Fotógrafos da vida moderna. A mostra reúne 150 imagens realizadas por alguns dos principais nomes da história da fotografia, como Aleksandr Rodchenko, André Kertész, Brassaï, Edward Steichen, Henri Cartier-Bresson, Man Ray e Robert Frank, entre vários outros.
Segundo a curadora Helouise Costa, a exposição procura observar a reiteração, em diferentes países, de temas como a cidade, o retrato do artista, o nu e o movimento, caracterizando a modernidade como momento de intensas trocas culturais.Entre os trabalhos de fotógrafos brasileiros ou radicados no Brasil, destaca-se a série de fotomontagens realizadas pelo poeta Jorge de Lima (1893-1953) e pertencentes ao acervo do IEB-USP (Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo).
A exposição ficará até dia 28 de setembro no Pavilhão da Bienal do MAC-USP, de terça a sexta-feira das 10h às 18h e aos sábados, domingos e feriados das 10h às 16h.
A entrada é franca. Mais informações pelo telefone (11) 3091-3039 ou no sitedo MAC: www.macvirtual.usp.br.
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Bienal do Livro e a minha crescente chatice (Dani)
PS: A Editora Taschen e a Editora Paisagem são demais! Propaganda positiva pode né? Me acabei no estande deles!
domingo, 24 de agosto de 2008
E lá vamos nós de novo! (Dani)
Bom, resolvi deixar a vergonha de lado e postar alguma coisa que eu faço nas minhas manhãs de sabado/domingo. Tá, eu não tenho mais o que fazer... Mentira! Eu tenho sim e isso aqui são os primeiros pensamentos pro nosso novo semestre de projeto. Eu tô muito influenciada pelo 80th Street, em New York, do Santiago Calatrava. Sou apaixanada pelas coisas que ele faz, e esse edifício é o primeiro residencial dele nos EUA, se não me engano, e caro pra burro.
Claro que eu não chego nem quilometros perto dele, mas é só uma inspiração gente, calma!!! Hahahaha Compartilhem comigo meu não saber desenhar, mas minha forte vontade de conseguir! hahaha
O projeto é de arquitetura e urbanização da área da av. 9 de julho, ali onde tem a praça 14 Bis. Fiz um desenhinho tosco da implantação, depois mostro...
Ah sim! Minha dupla é, pra variar, a companhia que escreve aqui no blog! hahaha
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Você entende que isso é muito maior? (Lígia)
Agora que eu não me preocupo mais, não choro ou passo horas pensando e tentando entender todos os erros e arrependimentos amorosos, agora que eu tô bem e feliz com alguém, eu simplesmente não consigo parar de pensar no meu futuro profissional e ter certeza que eu não tô fazendo certo ou pelo menos não o suficiente.
Porra, eu tenho 21 anos, estudo na melhor universidade do país (ou pelo menos é o que dizem por aí), falo inglês, tenho experiência de trabalho no exterior, estou no ultimo semestre do italiano, fiz 1 ano de iniciação cientifica...por que essa porcaria de preocupação tão grande com o curriculo? Eu odeio isso!
O que importa é a minha formação e não uma folha de papel. E mesmo assim eu fico com a cabeça cheia antes de dormir (Pai, agora eu acho que tô começando a entender as suas insônias e preocupações).
Eu odeio toda essa individualidade e competição, e pisar no outro, não, não, pior, simplesmente não se importar e não dividir nem compartilhar. Eu nunca fui assim, e nem quero ser, esse ambiente que te faz inconscientemente torcer pra outro se dar mal, essa predisposição a querer ser mais a todo custo. Eu não sou assim!
Eu tô no terceiro ano de faculdade, e eu preciso trabalhar.
Mas se eu preciso trabalhar é porque eu quero ganhar minha grana e desafogar um pouco meu Pai, e ver se eu me mantenho logo com minhas próprias pernas pra ele se mandar pra fazenda e ir fazer queijo de cabra.
Você entende que isso é muito maior?
Sério, é difícil crescer pra você também ou é só comigo?
domingo, 17 de agosto de 2008
Sei lá (Dani)
Não sei o que escrever. Não escreve nada entao, ué. Mas eu preciso, eu sempre preciso. Porque senão corro o risco de cair no ridículo daqueles que sentem muito e não falam nada.
Mas eu não quero a prepotência de quem acha sentir muito. Às vezes eu penso que todo mundo sente igual, mas uns prestam mais atenção que outros. Mas eu preciso escrever.
Porque eu estou com medo do mundo. Eu estou toda clichê, mas eu tô com medo mesmo. Porque o mundo já não é mais como eu conheço, e eu não tenho pra onde correr, no fim das contas. Porque as pessoas têm cara feia nos dias que eu estou disposta a dar meu melhor sorriso, e eu tenho medo de sorrir e ofender alguém.
Porque as pessoas se ofendem com qualquer coisa. E eu tenho vontade de correr e de me esconder, e acabo parando no meu travesseiro, chorando por mim e por todo mundo, chorando porque ninguém pertence mais a lugar nenhum. Nem eu.
Quanto mais eu tento achar meu lugar, mais parece que ele se muda constantemente. E nada disso está fazendo o menor sentido, eu sei, mas dane-se. Não quero mais escrever.
domingo, 3 de agosto de 2008
Will Eisner - (Dani)
quarta-feira, 30 de julho de 2008
Meus olhos tiram fotos (Dani)
Mas lá estava eu, atravessando os Andes naqueles ônibus velhos que quebram na beira da estrada. E a estrada em questão era os Andes. Vocês tem idéia do quão alto é aquilo??? Tem idéia do que é estar num estrada que faz curvas de 180º e NÃO tem nenhum tipo de proteção? Tem noção do que é a única pessoa que está com você (brigada, te amo) dormir e você ficar sozinho esperando com toda sua fé que o motorista saiba consertar seu ônibus? Cara, não é a Dutra. São os ANDES (desculpa o uso de muitas maiúsculas, mas não consigo não me empolgar).
A gente já tinha estado no Paraguai com suas pessoas com cara de bravas, na belezura das cataratas do Iguaçu, na Argentina que nos recebeu muito bem, no Chile com seu deserto de sal e seu oceano Pacífico num dia de sol e Caetano Veloso no ouvido.
Mas estar na Bolívia, isso sim é um tapa na cara. Por favor, uma vez na vida, atravessem o Andes de ônibus, ou de carro. E não durmam no ônibus (hehe, te amo de novo!). Eu atravessei duas vezes, e nas duas vi o por do sol... É surreal. Eu entrei na Bolívia assim...
E é lindo. A Bolívia dói de tão linda. A beleza que a gente está acostumado, a beleza de ter paisagens lindas, de ter sempre pra onde olhar, tudo é bonito, todas as montanhas são mágicas... Mas a melhor beleza da Bolívia é o tapa na cara que ela te dá. A gente já não tinha mais grana, a gente tava quase correndo pra voltar pra casa e pro feijão da vovó. Mas a gente tava lá, e qualquer lugar é lugar e qualquer hora é hora pra tomar um tapa na cara.
Todo ônibus tem paradas. E nelas você compra sua Coca-Cola, compra seu x-salada e sua bolachinha recheada. Certo? Não se você é um boliviano que não tem grana pra nada. Eles tem uma família com muitos filhos e pouco dinheiro. E aí compram várias marmitas com arroz e pollo (frango), porque é mais barato. E vão distribuindo a comida pras crianças ai longo da viagem... Fria, mas que alimenta.
Eu poderia ter ido pra La Paz. Mas eu fui parar em Cochabamba. E as estradas de terra, as pessoas esperando ônibus no meio daquela poeira... Eu não tinha cabeça nessas horas pra ir procurar pilha. Eu queria sugar aquilo, eu queria absorver tudo aquilo, eu queria olhar MUITO pra nunca mais esquecer. Como diz aquela música do John Mayer, eu não vou por fotos pra que você tenha que ir até lá e veja tudo aquilo.
As mulheres reunidas com aqueles ponchos imensos e coloridos, levando as crianças nas costas. Elas se reuniam e olhavam pra mim com uma cara tão estranha. Estar acompanhada de um homem fez com que eu me sentisse traindo uma espécie de movimento feminino não declarado. Os homens com cara de pai de família, a responsabilidade pela vida de outras pessoas estampada na cara deles. Não esse tanto faz que a gente ve muitas vezes por aí.
E aí você quer olhar pro seu umbigo. Cadê seu umbigo? Ficou lá na primeira curva dos Andes. Tá muito longe pra ir buscar. Eu preciso é de lágrimas e de papel suficiente pra escrever tudo o que eu sinto, pra desenhar, pintar, fotografar. Uma pena estar sem máquina, uma pena. Eu precisava de tudo isso, mas não precisava do meu umbigo.
Aquilo sim é ser invisível, aquilo sim é sofrimento. Eu não consegui voltar pra São Paulo e deixar de ver a Bolívia.
2 post! Porque eu não controlo minha vontade de falar. (Lígia)
E pensar que um dia, alguma vez, na minha cabeça de 14 anos eu já idealizei mulheres como você.
Mas não, me desculpe, eu não.
Eu sei que sou jovem e deveria trabalhar sem reclamar, e começar do zero, cotando plantas no cad, ligando pra Fulano e pra Ciclano, limpando caixas antigas, furando folhas e fazendo café, e veja bem, eu não reclamaria nem por um segundo, se você fosse menos...assim...
Mas não dá, e tem coisas que eu não vou, eu simplesmente não vou (e não quero nunca!) passar por cima dos meus valores por oportunidade de emprego.
Você faz com que esse ambiente seja um pouco mais pesado e esses móveis, tão preciosamente escolhidos pra impressionar, sejam um pouco mais cinza.
As pessoas gostam de você ou porque são iguais ou porque compram essa sua pose de pessoa importante e na verdade temem você e sonham sozinhas no quarto antes de dormir em um dia ser igual a você e desprezar pessoas como elas mesmas.
Sinceramente, o jeito que você trata a sua sócia, como se ela fosse uma criança que não sabe o que faz, e o pior, ela continua lá, te lambendo. Que saco! A primeira vez que você falou com ela assim na minha frente eu explodi, eu queria levantar da cadeira e falar todas as coisas que passaram na minha cabeça. Eu juro, a terceira vez, eu quase falei, mas você é amiga do meu Pai, e eu sei que não tenho tanto culhão assim.
Cara, o jeito que você falou com aquela atendente e o jeito que você riu quando eu esqueci de perguntar o nome do cara da copiadora, você riu de deboche, tão superior com sua cabeça que funciona perfeitamente.
E a gente fica nessa, eu fazendo só o extremamente necessário e você, com seu nariz empinado, achando que ninguém faz o que você quer, que todos são incompetentes e fica choramingando que não dá pra trabalhar assim.
Se por um momento você tirasse essa banca toda e me ensinasse.
Se você fosse menos...assim!
Sério, o pior é que você é uma puta profissional, mas toda sua moral cai por terra quando você age assim.
Eu poderia, eu bem poderia desencanar e sugar tudo que você pode me dar, e talvez seria o mais inteligente a fazer.
Mas não, me desculpe, eu não.
Mas 4 meses é tão pouco! (Lígia)
Coloquei o short, fiquei la no meio, no solzinho, conversando com as meninas e vendo os bixos levarem os engradados de cerveja pra churrasqueira. Ele tava de regata preta, tão bonitinho. Que foi?? Só achei ele bonitinho, não vou casar com ele. "Lígia, quem é?" o Gabis perguntou, ahhh gente que saco, não é pra fazer um estardalhaço, é uma questão muito simples, não é nada de mais! "É aquele alí, de regata preta, viu?"
Cerveja vem, cerveja vai, tudo conforme o planejado, dançando com as meninas, rindo pra valer, mais um dia comum, rouba o chapeu do Fi, rouba o chapeu do Isaac, alguns tacles no caminho, tá eu nem sei a sequencia das coisas, a cerveja já tava rolando ué!
Tô saindo da rodinha da galera pra ir conversar com o Guga, e vejo a Kat arrastando os bixos pra nossa roda, e lá tava a regata preta. Olhei pra Kat e ri, eu já tava saindo não dava pra ficar.
Fui conversar olhando sempre pra roda, vendo ele interagindo com meus amigos, todo timido, hahahahaha tão bonitinho. Tá acho que já da pra voltar pra roda, to entrando...e ele saindo, mas que falta de sintonia! "Houlis, eu trouxe ele até aqui!!!", o que eu ia fazer, dar meia volta e voltar??? Calma né?
O dia vai passando, vai passando e, bem, agora é o mais dificil de lembrar, porque eu não lembro (e ele também não lembra muito bem, assume vai!!) eu sei que chegou um momento que ele me falou o nome dele, e dai de regata preta ele virou Luis, e eu dizia o nome dele várias vezes, nem sei bem porque.
E a gente brincou de balanço, e a gente conversou (e ele insiste em dizer que eu fiquei mais perto dele, sempre do lado dele! hahahahaha)
Ele decidiu pegar o violão, droga eu adoro quando eles tocam violão, e ele decidiu tocar sublime, não me pergunte porque, e ele achou que tinha quebrado o violão, e eu adorei o jeito quase desleixado com que ele encarou isso.
Em algum momento a gente decidiu ir pra rodinha de violão maior, e ele foi pegar o casaco porque tava frio, mas desistiu de usar no meio do caminho e me deu (na verdade jogou em mim!!!!) pra eu segurar, tá pode me chamar de 5 série, mas você não dá seu casaco pra qualquer pessoa, e eu super achei que era um pretexto pra gente não parar de conversar.
Fiquei lá na roda, e tudo isso foi meio acontecendo, eu não tava pensando, não tinha um plano, e de verdade eu nunca achei que alguma coisa fosse acontecer, eu não tava esperando nada. Conversar com ele era legal, sei lá.
Eis que a rodinha acaba, ele saiu e eu fiquei meio por lá...começou a anoitecer e eu pensei, ainda estou com o casaco dele, ele deve tá com frio, vou devolver.
Olha bem, até esse momento, esse exato momento o meu churrasco dos bixos tinha sido exatamento como o esperado, divertido com algumas 12 latinhas na conta, e exatamente o que eu queria. Exatamente o que eu queria porque eu não sabia o que estava me esperando, e naquele momento, do "quero você" eu percebi que "exatamente o que eu queria" eu nem sabia ainda, e ele me deu, ele me deu exatamente o que eu queria de um churrasco dos bixos.
E eu tive a impressão que depois que a gente se beijou a gente não conversou muito, a gente se beijou demais. E eu gostei daquilo. Porque a gente tinha conversado bastante antes. E foi engraçado me deixar levar (apesar de eu insistir em dizer que não tive escolha, eu tive sim, e eu escolhi deixar me levar), nada me deteve, nada passava na minha cabeça pra eu virar o rosto. O que é muito estranho me conhecendo do jeito que eu conheço, acho que é uma coisa que eu nunca vou saber explicar direito.
Eu entrei no onibus (com uma latinha na mão como de tradição) e não tinha nem ideia do que aquela noite significaria pra mim 4 meses depois. Eu não tinha ideia do que ia acontecer naquele dia quando acordei. E que alguém poderia saber exatamente o que eu queria, antes mesmo de mim.
4 meses é muita coisa.
terça-feira, 29 de julho de 2008
Não é meu, é da Tati Bernardi (Dani)
Não sei quem mora aqui. Não tenho idéia do tamanho. Só tenho medo. Muito medo. Medo de de repente, assim, num fim de tarde qualquer, eu morder alguma canela ou sair correndo de quatro. Não sei.
Medo de comer demais, dormir demais, cagar no meio da rua, latir. Morrer de repente. Do corpo não agüentar o tamanho da minha alma. Medo de alimentar demais o bicho, perder forças pra ele. Deixar que ele ganhe de mim, arrebente a coleira.
Não sei que bicho é. Não sei se é manso. Não sei. Só sei que evito tudo. Beber, fumar, amar, me drogar, sonhar, viajar, passar muito tempo longe de casa, perder o controle, vomitar, virar do avesso, olhar pra ele. Eu não posso perder o controle, entende? Não posso pois não sei o tamanho do meu bicho.
É tanta raiva, eu sei. Meu bicho perdeu a data da vacina. Um corpo 48, um pé 33 e uma mão menor que a do meu primo de dez anos. Isso é tudo o que eu tenho contra ele. Esse é o tamanho da jaula que arrumaram pra fera. Mas ele quase quebra, quase quebra a jaula o tempo todo. Ele quase bate nas pessoas, atropela os folgados, cospe nos sujos, arranha os safados, vomita nos podres, escalda os enganadores, afoga os que partiram sem que eu deixasse, dilacera os que deixaram de me amar, arregaça os posudos. Quase. É uma luta sobrenatural pra ser humana. Tão forte que quase não consigo. Quase não sou humana.
Como pouco, sinto pouco, nado raso, amo o superficial, bebo só as beiradas, belisco a vida. Tudo para me manter imaculada. Tudo para sentir o mínimo possível o mundano das coisas. Tudo para ser quase desumana de tanto negar a vida. Para negar minhas vontades de bicho. Para jamais me lembrar dele. Eu sempre fico com fome, eu sempre acordo antes do sono acabar, eu sempre paro antes do peito arrebentar, eu sempre sento antes da pressão cair, eu sempre tenho prazer antes de sentir prazer. Eu sempre vou até onde é seguro. Eu tenho medo do meu abismo e da soltura do meu bicho. O que ele pode fazer comigo? O que ele pode fazer com você?
Tenho medo do meu bicho. Medo de ir seja onde for. De nunca mais voltar. De esquecer quem eu sou. Medo de gritar bem alto no meio do restaurante. Chutar carros. Rasgar contratos. Uivar para a lua. Dar o bote. Matar ou morrer por uma questão de sobrevivência. Ranger os dentes. Babar. Enfurecer os olhos. E ligar para aquela amiga falsa e mandar ela a merda. Ela e sua pose de merda. E encontrar o branquelo do outro lado da rua e mugir. E encontrar o garoto sorriso e picar de verdade o seu peito. Fazer ninho em seu coração. Até sangrar. Até que eu possa cantar ali dentro. Para ensurdecer o seu peito de merda. Quero ver quem ganha a briga sem educações e civilidades.
Eu tenho medo do tanto que ele rumina. O tanto que ele jamais perdoa e guarda um mundo de rancor em seu corpo pronto para atacar. O tempo todo. Meu touro pronto a sair chifrando o mundo. Morrendo na frente de gente que torce contra e a favor. Morrendo em praça pública. Tenho medo que meu bicho seja frágil e morra. E de só me restar uma casca, um plástico, uma vida oca.
Talvez eu seja injusta. Talvez ele seja apenas um cão de guarda me guiando cega pelo mundo. Talvez um pássaro louco pra sair voando. Mas tenho medo. Não quero ver a cara dele. Tenho medo dele esquecer que tenho amigos, empregos e gente me julgando o tempo todo. E me fazer bicho. Me fazer implorar carinho, comida, colo. Medo dele andar com o cu por aí, sem roupa, mostrando meu lado sujo pra quem quiser olhar pra baixo. Medo dele avançar, atacar, assustar. Medo dele me comer por dentro e eu sucumbir a essa vida que tanto julga nosso lado animal.
Medo de eu me descontrolar. Calma, monga! Calma! E virar a mulher gorila. E quebrar a jaula e afugentar todo mundo. A Tati é louca. A Tati é estranha. Que medo de ser louca. Que medo de ser estranha. Ela brigou com o namorado, a amiga, a mãe, o dupla, a empregada, a atendente da NET. Ela foi embora antes da hora, ela disse o que sentia, ela fez cara de que estava tudo uma grande merda. Calma, monga. Calma! E quem não briga, quem não é verdadeiro, ao invés de bicho tem o quê? Câncer. Ninguém escapa dessa vida. Nem quem medita. Nem quem compra a maior e a melhor coleira do universo. Ninguém escapa. Nascemos bicho, morremos bicho e passamos a vida com medo de saber que bicho é.
Eu tenho medo dele ser mais forte do que eu. Tenho mais medo ainda dele ser mais fraco. Mas pavor mesmo eu tenho quando é ele quem está com medo. O famoso medo de ter medo. Medo dele entrar em parafuso e eu parecer uma aberração. Solta por aí. Se mijando, se cagando, se vomitando, dizendo que ama, que odeia, sentindo coisas que não parecem muito humanas e ao mesmo tempo são as que nos dão alguma humanidade. Pedindo abrigo, comida, latindo, mugindo, miando, relinchando, coaxando, urgindo, vendo o mundo de quatro, arregaçada no chão, com as tetas inchadas, a barriga pra cima, por um pouco de segurança. Um pouquinho só.
E ele com medo é lama na certa. Ele me maltrata, pula em mim, rouba minha fome, me martela o cérebro latindo mais alto que tudo, arranha meu peito, caga no meu caminho, mija nas minhas certezas … só sossega quando eu volto pra casa, pro equilíbrio, pro centro, pro seguro. Até que eu seja eu novamente. Até que ele possa me soltar para que eu esqueça dele aqui dentro e dos outros lá fora. E siga a dura vida dos bípedes com dores nas costas e dentes grandes.
www.tatibernardi.com.br
sexta-feira, 25 de julho de 2008
Tentativa número 1. (Que foi?? Pelo menos eu tô tentando) (Lígia)
E tudo se resume a música e sol no rosto. Quando pensar no futuro dá um incomodo e você não sabe bem o que fazer com o silêncio que se torna espacial ao almoçar com seu pai.
E pelo menos nessas horas o Patrick Kenzie e seu sarcasmo e pessimismo, ironicamente, me consolam...ou não, não me consola, me aconchega, faz sentido?
Tô bloqueada porque o único jeito que tô conseguindo me definir é bloqueada. E convenhamos que isso não é nada bom.
Eu ando por aí culpando a felicidade, mas acho de verdade que essa não é a questão. Será que eu, que tanto tenho pra falar, me vejo sem saber sobre o que? Só sei resmungar de dor e de escuridão e de almas quebradas?
Cara, alguma coisa tá morrendo em mim, alguma coisa tá nascendo em mim, alguma coisa tá se revirando aqui embaixo da pele, e eu tô assistindo, no canto, assustada...assustada não, apática, faz sentido?
Apática porque não quero reclamar, porque eu nem saberia do que mesmo se quisesse, porque não tem do que.
Eu tenho falhas, eu sou falhas, mas eu tô limpando tudo direito, faz sentindo?
Droga...eu tô tão bloqueada.
quinta-feira, 24 de julho de 2008
O bem que um chiclete faz (buy a banana) - (Dani)
E ventava, meu pai como ventava. "Calça social e moletom, eu sou ridícula mesmo".
Do nada a gente olhava pro nada e ficava... Puta dia difícil. Não fiz nada hoje, nem eu. Só enrolei, eu também.
E voltava, cada uma pro seu silêncio. Mais uma cerveja, moças? Mais uma, por favor. E a gargalhada do bêbado lá dentro era a grande alegria da noite. E do dia. Porque ele ria de tudo, e ria alto, do jeito que só os mendigos riem. Aqueles mendigos que torcem fervorosamente pra um time a cada minuto.
Porque eles gargalham? Deve ser loucura, deve ser desespero. Ou deve ser porque eles acham tudo uma grande piada. E como a gente não tava tão louca, nem tão desesperada, nem tão engraçada, a gente só ria. E olhava de novo pro nada.
Mas no fundo tudo deve ser realmente uma grande piada. Porque a gente saiu de lá rindo da cara do Henrique Chamma, coitadinho, se remexendo no túmulo.
Como é seu método pra baixar música? Métodos virginianos sempre são melhores que os aquarianos. Aquarianos são bagunçados mesmo, deixa pra lá. Você ia surtar vendo meu quarto.
Sabe quando voce se sente deslocada na sua própria casa? Sei. Ah é, você sabe. Mal. Sussa. Então, eu ficaria sentada aqui, bebendo cerveja. Ou até coca. Mas eu tenho que ir, descobrir um ônibus novo que não aquela carreta que eu chamo de ônibus. Carreta maldita. Pra chegar em casa e enfrentar o Brasil.
Um chiclete junto com o troco. Pra fazer o silencio sorrir na ventania e o dia errado dar um bocadinho mais certo.
sábado, 19 de julho de 2008
Filosofia que auto-ajuda. (Dani)
As reviravoltas (vou adotar esse nome) vêm geralmente de brinde em situações onde você se permite relaxar, onde tudo parece estar sob controle. E de repente você se vê encarando "reviravoltas". E é sobre isso que quero falar. Nietzsche "pregava" (se é que se pode usar esse termo ao falar desse cara) o eterno retorno. E não é o retorno que Deus te proporciona, de viver mais uma vida, uma vida diferente e melhor dependendo de como você se comportou nessa.
Se sua vida fosse um eterno retornar, e esse retornar fosse exatamente igual. Se todas as suas atitudes aqui, agora, se repetissem por toda a eternidade, e você soubesse que isso já tinha acontecido infinitas vezes e ainda iriam acontecer mais infinitas, essa seria sua atitude? Você faria as coisas do jeito que faz hoje? E mais que isso, você deixaria de fazer as coisas que deixa de fazer, por medo, por vergonha ou por preguiça?
Não, eu não estou "pregando" o CARPE DIEM, mas acho que no fundo ele também tem algo a ver com isso. Eu estou falando de uma coisa maior, o AMOR FATI: escolha seu destino, ame seu destino. Quando Nietzsche mata Deus, ele torna-se o único responsável pelo seu destino. Sem culpas, sem uma desculpa de bondade baseada no medo do inferno. Porque nós, em pleno século XXI, estamos ainda presos na fraqueza da Idade Média. O medo de viver não somente por dever explicações à sociedade, mas também por ter que prestar contas ao final da jornada. Além disso, temos em Deus nosso último refúgio quando nossas escolhas dão errado, nos eximando da culpa. Somos pequenas crianças quando isso nos é conveniente.
Ao entender o eterno retorno, tudo fica mais claro. A cada atitude tomada, temos em mente que isso irá se repetir para todo o sempre. Tomando isso como guia, temos a escolha de ter uma vida mais sincera, pra não dizer mais nítida. Começa-se a ESCOLHER nossas vontades, não apenas a ser escolhido. A assumir responsabilidades e a temer as escolhas que deixamos de fazer. O medo, a vergonha, a preguiça, tudo isso torna-se muito pequeno visto da imensidão do infinito. E você começa a ter controle. Controle é igualmente libertador e assustador.
Ainda nessa linha, de ter controle sobre o próprio destino, começamos a ter controle sobre nossas vontades. A vontade é o que guia o homem, tornando-o diferente da multidão, até mesmo da vontade coletiva. Identificar essa vontade é extremamente difícil, pois somos moldados desde a infância por fatores externos. Porém, com um pouquinho de coragem conseguimos distinguir o que é nosso, mesmo que isso nos envergonhe. Quem já não sentiu vergonha ou até mesmo tristeza por querer alguma coisa que atire a primeira pedra. Nossas vontades definem quem nós somos, e quanto mais conseguimos trazê-las a tona, mais estamos mergulhando nessa correnteza que é a vida bem vivida. As vontades podem estar no inconscientes, e somente uns poucos conseguem acessar essa camada, apesar de muitos tentarem. De qualquer forma, são todos corajosos, todos companheiros de jornada, uma jornada menos mentirosa.
AMOR FATI: escolhe teu destino, ama teu destino. Não fomos criados para aceitar imposições, para aceitar moldes, para jogar a culpa em alguém. Não podemos culpar nossa família, nossos amigos, Deus. Eles não têm culpa se não vivemos verdadeiramente, se nao ESCOLHEMOS.
quarta-feira, 16 de julho de 2008
CHU (Lígia)
Te amo.
"I just want to tell you so you know
Here I go, scream my lungs out and try to get to you
You are my only one
I let go but there's just no one that gets me like you do
You are my only, my only one."
(Vamos ver se a senhorita lê minhas postagens agora! HAHAHAHAHAHA)
terça-feira, 15 de julho de 2008
2 na mesma noite, sorry (Dani)
Mas receio começar a compor para poder ser entendida pelo alguém imaginário, receio começar a “fazer” um sentido, com a mesma mansa loucura que até ontem era o meu modo sadio de caber num sistema. Terei que ter a coragem de usar um coração desprotegido e de ir falando para o nada e para o ninguém? Assim como uma criança pensa para o nada. E correr o risco de ser esmagada pelo acaso."
Clarice Lispector
Porque se eu pudesse, trocaria. (Dani)
Night's closed it's eyes but can't rest your head
Everyone's sleeping all through the house
You wish you could dream but forgot to somehow
Sing this lullaby to yourself
Sing this lullaby to yourself
And if you are waiting, waiting for me
Know I'll be home soon darling I guarantee
I'll be home Sunday just in one week
Dry up your tears if you start to weep
And sing this lullaby to yourself
Sing this lullaby to yourself
Lullaby, I'm not nearby
Sing this lullaby to yourself
Don't you cry, no don't you cry
Sing this lullaby to yourself
Cause when I arrive dear it won't be that long
No it won't seem like anytime that I've been gone
It ain't the first time it won't be the last
Won't you remember these words to help the time pass?
So when you're so lonely lying in bed
Night's closed it's eyes but can't rest your head
Everyone's sleeping all through the house
You wish you could dream but forgot to somehow
Sing this lullaby to yourself
Sing this lullaby to yourself
Sing this lullaby, sing this lullaby
Sing this lullaby to yourself (e eu continuo cantando)
Porque se eu pudesse, trocaria mais da metade do meu mundo por uma pessoa só.
porque tem coisas que chegam até nós no momento perfeito (Lígia)
Confie mais no trabalho duro, na perseverança e na determinação. O melhor lema para uma longa marcha é 'Não resmungue. Aguente.'
Você tem o futuro nas mãos. Nunca duvide disso.
Não se gabe. O menino que se gaba, assim como o homem que se gaba, pouco mais pode fazer. É um zé-ninguém que anuncia sua própria mercadoria barata. A lata vazia é a que faz mais barulho.
Seja honesto. Seja leal. Seja bondoso. Lembre que a coisa mais difícil de conseguir é a faculdade de ser altruísta. Como qualidade, é um dos mais belos atributos da masculinidade.
Ame o mar, a sonoridade da praia, os prados amplos.
Mantenha-se limpo de corpo e mente."
De um tal de Sir Frederick Treves, escrito em 2 de setembro de 1903, e caiu nas minhas mãos sem querer hoje, e fez todo o sentindo do mundo.
sexta-feira, 11 de julho de 2008
Fotografia me encanta bem (Dani)
(Por Felippe Bicão)
Esse "garoto" é um puta fotógrafo, desenhista, designer e ainda faz uns bicos como arquiteto! Foto aí do lado é dele tb...
Sem contar as conversas "cool" sobre filosofia!
Quem quiser conhecer o trabalho dele, fica aí o link:
http://www.flickr.com/photos/bicao/
terça-feira, 8 de julho de 2008
Partes (Dani)
Eu amei quando meus olhos estavam cheios de lágrimas e eu evitei olhar pra você. E quando olhei, os seus também estavam e foi o momento mais feliz da vida.
Aquele dia que você deitou na grama e ficou conversando comigo até minha bebedeira passar e até minha dor passar. Eu te amei naquele dia.
Por falar em dor, eu te amei muito quando você dormiu comigo no chão da sala no pior dia da minha vida.
Quando você dormiu no meu ombro no cinema, então. Amei essa parte sua. Nunca achei que você era do tipo que dorme em ombros.
Eu amei quando você me ensinou o quão bom é fazer carinho no pé usando seu próprio pé. Amei aquilo, meus pés sentem falta.
Amei aquela parte sua que me olhou nos olhos e disse que estava desistindo de resistir à mim. Aí eu podia fechar os olhos tranquila e beijar você.
Adorei quando você me ensinou a comer yakissoba com palitinhos. E adorei quando eu te ensinei ioga dentro da barraca quando a gente acampou.
Todas as vezes que você me deixou em casa e a gente ficou namorando na porta. Sua cara quando eu voltei de viagem. Sua cara de susto ao me dizer que há muito tempo você não sentia aquilo de novo. Sua cara de tudo bem quando eu te deixei quase uma hora esperando e você ainda estava sentadinho lá.
Tantas partes... Eu amei todas.
Seu jeito de me pegar no colo no mar. Eu reclamava, mas amava seu jeito de me pegar no colo no mar.
Seu jeito de me beijar na varanda e me levar no colo pra sala, como se eu pesasse dez quilos. Suas brincadeiras de dizer que minha tatuagem atrás da orelha deveria ser um alvo, não uma rosa.
O amor vem em partes mesmo. Mas então porque raios todas essas partes não se juntam num homem só???
segunda-feira, 7 de julho de 2008
Corrida (Dani)
Não existe sensação melhor do que ligar o cronômetro e começar a correr. Não tem dia cansativo (meu dia não foi cansativo), não tem frio, não tem chuva, eu juro que não ligo. Eu realmente amo correr.
E não adianta, eu não vou pensar em você nessa hora. Não vou pensar que você é um idiota, não vou me remoer por você não me ligar e eu continuar te ligando, não vou bolar planos pra te conquistar.
E se mesmo assim você for um príncipe, se você for o amor da minha vida me oferecendo comida japonesa (não me ofereça chocolate que eu não gosto muito, me ofereça temaki e sushi), mesmo assim eu não vou pensar em você. Desculpa.
Porque essa é a mágica, isso que me faz gostar tanto de corrida. Eu não penso. Eu só corro. Corro e marco o tempo. E quero correr mais, não necessariamente mais rápido. E nessa hora eu não preciso ser nada, eu posso cantar a música que tá berrando no meu ouvido, se eu tiver fôlego pra isso.
Deve ser essa a razão do meu tremendo mau-humor quando tive que ficar três semanas sem correr. Você vicia nas coisas que te fazem parar de pensar. Hehe.
E também não é porque eu saio sempre com a sensação de que estou 40 minutos mais gostosa. É uma boa sensação, mas não é por isso. Nem porque eu fico feliz ao me ver no espelho com shortinho de jogador de futebol que encolheu (o short) e não quero ter um surto. Não é pra emagrecer, não é pra me mostrar.
Pra pessoas como eu, é muito difícil simplesmente não pensar. E se você, assim como eu, achar uma coisa (e não uma pessoa) que te faça parar de pensar, você vai entender o que eu estou falando...
Corrida da Nike dia 31.08! A do ano passado foi animal! Não sei pq to fazendo propaganda, mas é bem legal mesmo! 10km, lá na USP!